Revelando O Rei Feérico. Brenda Trim

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Revelando O Rei Feérico - Brenda Trim

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melhor do que pensava. Fazendo que sim, Ryker foi até a porta.

      – Concordo. Dormi na mesma cama a vida toda. E talvez minha mãe também tenha dormido nela por muito mais tempo. – Ter uma cama nova ou macia era um luxo com o qual a maior parte dos moradores da Edge não podia arcar. Então ter uma confortável era um puta privilégio.

      Ryker desceu as escadas e os ouviu falar sobre as diferenças dos dormitórios e de casa. Estava prestes a concordar com eles, dizendo que o peito doía menos a cada fôlego, e que o estômago tinha se acalmado com o ambiente mais limpo, mas Maurelle saiu aos saltos de um quarto bem abaixo do dele.

      Os pés falharam e ele mal conseguiu segurar o corrimão antes de descer rolando o próximo lance de escadas. Deslumbrante era um eufemismo, pensou quando olhou para ela. Com o cabelo limpo e brilhoso, e sem a palidez doentia, a beleza dela era inegável.

      Os colegas de quarto perceberam a sua demora e se viraram para ele. Ryker abriu a boca, mas Brokk o interrompeu.

      – Oi, Maurelle. Parece que você está se sentindo melhor.

      A fêmea em questão se ruborizou levemente e sorriu.

      – Obrigada. Eu me sinto bem melhor.

      – E, porra, você está muito gata – prosseguiu Brokk, enquanto percorria o corpo dela de alto a baixo. Aquilo fez Ryker querer dar um soco naquele rosto bonito dele. O que era totalmente descabido. Deveria encorajar aquela paquera. Faria com que fosse menos provável que ele mesmo fosse ceder aos seus desejos pela fêmea.

      Admitiu que gostaria de beijar aqueles lábios carnudos e sentir o corpo voluptuoso, mas se segurou.

      – Chega – ladrou, severo. Com um estremecimento, abrandou a voz e prosseguiu. – Maurelle não precisa ser assediada. Como está se sentindo? Não a vi por aí.

      – Meu próprio cavalheiro de armadura brilhante – provocou-o ela. Ele franziu o cenho, embora gostasse daquele humor irônico e que tenha sorriso um pouco demais, diga-se de passagem. – Mas não é necessário. Elogios são uma boa distração da perspectiva de começar a estudar. A escola e eu nunca fomos grandes amigos quando eu era mais nova, então, estou nervosa. Além do mais, eu estou me sentindo bem melhor. Eles me mantiveram na enfermaria até a noite passada e me deram vários tônicos e fizeram outros tratamentos.

      Ryker se manteve afastado enquanto todos eles desciam as escadas juntos.

      – Como está lidando com a perda da sua mãe? Já que não está gritando nem socando ninguém, acho que está se sentindo melhor.

      A cabeça dela se virou meio que bruscamente. Sacudindo a cabeça, Maurelle parou enquanto Sol abria a porta que levava para fora dos dormitórios.

      – Está sendo pavoroso. Eu sinto mais saudade dela do que tudo, mas… bem. Queria que ela não tivesse interferido na coleta.

      Aquela atitude era diferente demais da raiva que ela vomitou quando chegou. Brokk se moveu para a direita e Sol foi na frente deles. Maurelle era esperta o bastante para não se abrir completamente. Ele gostava o suficiente dos colegas, mas confiar neles era algo completamente diferente. E Ryker nunca tinha dado razão para que ela confiasse nele. Seria melhor mantê-la à distância.

      – O que aconteceu com você foi bastante traumático – mencionou Ryker, enquanto eles caminhavam. Chamar a experiência dela de traumática era suavizar demais as coisas. Ela pressentiu sua cautela e a parede que ele construíra entre os dois. Maurelle não tinha certeza do porquê de ele estava agindo daquele jeito, e não tinha energia para tentar adivinhar agora.

      Pela primeira vez em quase uma semana, o corpo e o coração não se apertaram com aquela dor insuportável. Inclinando a cabeça para trás, permitiu que o sol aquecesse o seu rosto enquanto a brisa do oceano soprava o seu cabelo. Maurelle amou a área do conservatório. Entre a fauna, o ar puro e a água, sua alma era alimentada com uma abundância de energia que nunca experimentou antes.

      Na Edge, os feéricos eram rodeados por pouquíssimas plantas e muitos prédios de pedra. Tudo coberto de sujeira e fuligem. Para coroar, a poluição fazia a pele e os pulmões queimarem. Com a conexão dos feéricos e a dependência que tinham dos elementos, era crucial ter um ambiente livre de poluição e outras toxinas.

      Encontrou os lindos olhos verdes de Ryker e afastou rapidamente os dela quando viu a raiva no rosto do macho. Não tinha ideia da razão para ele estar tão bravo, mas já tinha coisa demais para lidar e não iria tentar consertá-lo também.

      – Então, em qual ligas vocês estão, meninos? Estou atrás de detalhes e conselhos sobre a liga do ar, para ser precisa – perguntou Maurelle.

      Os trabalhos escolares a enlouqueceram quando ela era criança e fizeram parte dos seus pesadelos enquanto crescia. Agora, adulta, estava sendo forçada a reviver os medos. Esperava que Ryker, ou um dos amigos dele, se provasse um aliado, alguém em quem pudesse confiar enquanto estava ali. Embora, pelo desdém com o qual a tratava, duvidava muito de que o macho fosse contribuir com muita coisa.

      Ele podia ser lindo, mas tinha uma péssima postura. Presumiu que poderiam ser aliados, baseada na tentativa de fuga dele, mas foi ilusão. Doía ser rejeitada por ele, mesmo que não entendesse o motivo.

      – Eu também estou na do ar – respondeu Ryker, com uma careta. Por que ele não poderia parecer um trol quando fazia aquela cara? Seria tão mais fácil se não estivesse tão atraída por ele. O macho tinha um temperamento ruim, ao que parecia. E não era lá muito legal.

      – Ficará feliz em saber que estou na do ar também – adicionou Brokk.

      – Mais para cheio de ar quente – provocou Ryker.

      Com um sorrisinho, Maurelle se virou para Sol e Daine.

      – E vocês?

      – Estou na do fogo. Muito mais do que ar quente – respondeu Sol, agitando as sobrancelhas.

      Daine se virou e andou de costas e as asas dele brilharam enquanto falava.

      – Eu sou da água, mas acho que podem ter escolhido errado. Comecei um terremoto ontem enquanto voltava para o dormitório quando um dos guardas gritou comigo por eu estar atrasado para o jantar.

      – Idiota – xingou Sol. – Eles sentem uma satisfação perversa ao nos atormentar.

      – Minha mã… mãe me disse que era comum que os feéricos tivessem habilidades em mais de um elemento – disse Maurelle, tentando afastar a ardência dos olhos e ignorar o nó em sua garganta. A agonia em seu coração estava entorpecida o que a deixou tanto perplexa quando aliviada.

      – A minha mãe também disse – concordou Ryker, deixando-a chocada. Presumiu que ele fosse ignorá-la. – E, se tiver esse tanto de poder, acabará chamando mais atenção dos humanos que comandam o castelo.

      – Alguém se lembra de como era quando o rei e a rainha viviam e governavam do castelo? – Daine atirou enquanto movia uma pedrinha com um aceno da mão. Todo mundo se encolheu e tentou parecer estar fazendo outra coisa quando a pedra foi de encontro à cabeça de outro estudante.

      Felizmente, ele virou para a esquerda e seguiu para o campo de treinamento da terra.

      – Cara, foi por pouco – avisou Ryker a Daine.

      – Eu

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