Sonho de voar. Oswaldo Mendes
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Nestas circunstâncias, se admitíssemos outras opções, não teríamos jamais como empreender com sucesso algo que havíamos pensado já inimaginável e, que, por sinal, vínhamos consecutivamente a deixar para trás.
No actual estágio de desenvolvimento, o avião torna-se cada vez mais um meio de transporte regular, rápido e moderno. Por isso, justifica-se o esforço aqui vertido, para que nesta dimensão sejam recebidas as explicações, em plena concordância na órbita dos desafios.
Por isso, será necessário fazer uma maior familiarização com o tema, bem como a sua interiorização, para esbater todos os tabus e os receios, porque, afinal, não se trata de uma mera inquietação perante o desconhecido. A aviação também nos traz uma sensação de aventura.
Aqui fica o traço de incentivo e encorajamento, para que, de uma maneira geral, todos os passageiros possam ter simpatia pelo gosto de voar, e, sobretudo, para que se sintam descontraídos ao considerar o embarque numa viagem aérea e não tenham nenhuma dúvida, pânico ou medo a bordo dos aviões.
Buscamos o tema para permitir uma partilha cuidada e responsável, proporcionando um esclarecimento preliminar junto da sociedade civil, que, certamente, sendo mais cônscia, saberá, eventualmente, mostrar-se serena, capaz de enfrentar os próximos voos sem sobressaltos e até de aferir com detalhes a qualidade dos serviços prestados pelas companhias aéreas.
O propósito que norteou esta iniciativa procurou humildemente atender às várias inquietações na vivência e no posicionamento dos passageiros, bem como transmitir alguns conceitos que permitam a sua familiarização com os termos técnicos e cenários, que, uma vez abordados, ajudam a compreender e lidar melhor com a ansiedade e, por vezes, até com a extrema angústia que se observa geralmente nos passageiros no mundo inteiro.
Apesar da enorme expansão e evolução da aviação em todo o mundo, sobretudo nos países mais desenvolvidos, com a predominância do segmento comercial (pois o transporte aéreo ficou massificado), continuam reticentes e latentes as dúvidas e o medo, e apesar de, em muitos casos, se registar uma relativa frequência na utilização desse meio de transporte, os aviões ainda incutem apreensão no subconsciente das pessoas, indistintamente do sexo, da idade, do nível de escolaridade, etc.
CAPÍTULO I Aviação: Dados de referência
A história da aviação estende-se por mais de 2000 anos, desde as primitivas formas de aviação, com papagaios e tentativas de saltos, até o estado actual da aviação supersônica e hipersônica.
Leonardo di Ser Piero da Vinci, ou simplesmente Leonardo da Vinci, foi um polímata nascido na actual Itália. É uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento. Destacou-se como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquitecto, botânico, poeta e músico.
Desde os papagaios chineses, que remontam há vários séculos antes de Cristo, até a época de Leonardo da Vinci, no século XV, observavam-se sempre sonhos e ideias de expressões de voo, mas sem um contexto científico que permitisse a construção de qualquer máquina voadora.
A descoberta do gás hidrogênio, por volta do século XVIII, permitiu o aparecimento dos balões.
Acredita-se que o termo “aviação” é derivado da junção de avis, que em Latim quer dizer “pássaro”, e action, que vem de Inglês e significa “acção” ou “progresso”.
Os irmãos Wright usavam acessórios tais como trilhos e catapultas nas operações de descolagem que, sobretudo, seriam realizadas nos actos privados e nos recintos isolados (farms), enquanto para demonstração e registo desponta maior crédito o voo do 14-bis em Paris, porque desde logo o aparelho descolou por seus próprios meios, e tudo foi testemunhado pelo público e pelas rudimentares autoridades da aviação.
Para a aviação moderna, apesar da discussão e de alguma controvérsia (cada um puxa a brasa à sua sardinha), esta foi insofismável e, sem dúvidas, uma das mais maravilhosas experiências e invenções do século XX. É daí que vem o papel glorioso e memorável dos irmãos Wright e Santos Dumont. Esses vultos e pioneiros da história da aviação comercial são reconhecidos e tratados com grande honra a nível mundial.
Wilbur e Orville, conhecidos como os irmãos Wright, foram dois irmãos norte-americanos, inventores e pioneiros da aviação, aos quais foi concedido o crédito pelo desenvolvimento da primeira máquina voadora mais pesada do que o ar, que efectuou um voo controlado no dia 17 de Dezembro de 1903.
O 14-bis, também conhecido como Oiseau de Proie (que em Francês quer dizer “ave de rapina”), foi um avião construído pelo inventor brasileiro Alberto Santos Dumont.
Primeiro voo: 23 de Outubro de 1906 (há 113 anos).
Potência (por motor): 50 hp (37,3 kW).
Peso vazio: 160 kg (353 lb).
Altura: 4,8 m (15,7 ft).
CAPÍTULO II Desenvolvimento da aviação
A história da aviação teve impulso na paixão e na atracção pelo desconhecido e pelo aventureirismo. Ela acompanhou a evolução da humanidade desde os primórdios.
Vendo as aves, o homem sonhou e imaginou que, um dia, poderia superar desafios para poder igualmente flutuar, sem mesmo ter como perceber que seria uma empreitada muito acima de qualquer fácil desígnio.
O homem jamais imaginou como seria difícil a aventura de transpor e vencer a gravidade, e colocar no céu algo mais pesado do que o ar, nem como superar-se, a si próprio, na criação do engenho para se manter sustentável no ar, sem meios nem capacidade de avaliar e definir como e qual seria a forma geométrica que poderia apresentar. Claro que, talvez, já antevia algo que pudesse lembrar o voo de pássaros a si familiares no reino animal (com asas). Assim, com talento e invento, apesar de quase não possuir nenhum conhecimento, teria de tentar desenvolver modelos, para poder vencer a resistência do ar e elevar-se.
Ao longo dos tempos, a partir de ensaios muito empíricos, na maioria desastrosos, muitos foram os fracassos, com perda total dos protótipos e sacrifício de vidas humanas, inclusive as dos próprios pioneiros.
Os papagaios foram a primeira manifestação desses experimentos, que têm as suas origens no Extremo Oriente e, certamente, na China, onde teriam surgido aproximadamente há 3000 anos, sendo intimamente ligados à religião e à mitologia. Eles chamavam muito a atenção das pessoas, e, muitas vezes, tinham a forma de um pássaro.
Um protótipo de papagaios que surgiu por volta de 1901. Foi desenvolvido por Francis