O Livro de Urântia. Urantia Foundation

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O Livro de Urântia - Urantia Foundation

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da vida interior daqueles mortais que, mais plenamente, obedecem aos guiamentos divinos.

      34:5.6 (379.6) Como indivíduos, não possuís pessoalmente uma porção separada ou entidade do espírito do Filho-Pai Criador, nem do Espírito Criativo Materno; essas ministrações não contatam, nem habitam, os centros de pensamento da mente do indivíduo, como o fazem os Monitores Misteriosos. Os Ajustadores do Pensamento são individualizações definidas da realidade pré-pessoal do Pai Universal, as quais residem realmente na mente mortal, como uma parte mesma dessa mente, e sempre trabalham em harmonia perfeita com os espíritos combinados do Filho Criador e do Espírito Criativo.

      34:5.7 (380.1) A presença do Espírito Santo, vindo da Filha do Universo do Espírito Infinito, a presença do Espírito da Verdade, do Filho do Filho Eterno, no Universo, e a presença do espírito-Ajustador do Pai do Paraíso, em um mortal evolucionário ou com ele, denotam a simetria de dom espiritual e de ministração, e qualificam esse mortal a compreender, e conscientemente transformar em realidade, o fato-fé da filiação a Deus.

      34:6.1 (380.2) Com o avanço da evolução de um planeta habitado e a posterior espiritualização dos seus habitantes, outras influências espirituais podem ser recebidas por tais personalidades amadurecidas. À medida que os mortais progridem no controle da mente e na percepção do espírito, essas ministrações espirituais múltiplas têm uma atuação cada vez mais coordenada; e tornam-se crescentemente harmonizadas com a superministração da Trindade do Paraíso.

      34:6.2 (380.3) Embora a Divindade possa ser plural em manifestação, na experiência humana, a Deidade é singular, e sempre é uma. E, também, o ministério espiritual não é plural na experiência humana. Independentemente da pluralidade da sua origem, todas as influências espirituais são unas, na sua atuação. De fato, elas são uma, constituindo a ministração do espírito de Deus, o Sétuplo, às criaturas do grande universo, nelas e para elas; e, à medida que as criaturas crescem na apreciação e na receptividade dessa ministração unificadora do espírito, ela torna-se, na experiência delas, a ministração de Deus, o Supremo.

      34:6.3 (380.4) Das alturas da glória eterna, o Espírito divino desce, em uma longa série de passos, para encontrar-vos como estais e onde quer que estejais e, então, no compartilhamento da fé, abraça amorosamente a alma de origem mortal, para que ela embarque no caminho da re-ascensão certa e segura, retomando aqueles passos de condescendência, e nunca parando até que a alma evolucionária esteja a salvo, e elevada, até as alturas mesmas da bênção da qual o Espírito divino originalmente saíra nessa missão de ministração e misericórdia.

      34:6.4 (380.5) As forças espirituais infalivelmente procuram e alcançam os seus próprios níveis originais. Havendo saído do Eterno, é certo que elas retornem para lá, levando consigo todos aqueles filhos do tempo e do espaço que esposaram a orientação e ensinamentos do Ajustador residente; aqueles que são verdadeiramente “nascidos do Espírito”, os filhos de Deus pela fé.

      34:6.5 (380.6) O Espírito Divino é uma fonte contínua de ministério e de encorajamento para os filhos dos homens. O vosso poder e o vosso êxito estão “de acordo com a misericórdia Dele, mediante a renovação do Espírito”. A vida espiritual, tanto quanto a energia física, consome-se. O esforço espiritual resulta em relativo esgotamento espiritual. Toda a experiência ascendente tanto é real quanto é espiritual; e por isso, está em verdade escrito: “É o Espírito que vivifica”, “O Espírito dá a vida”.

      34:6.6 (380.7) A teoria morta, mesmo a das mais elevadas doutrinas religiosas, é impotente para transformar o caráter humano ou para controlar o comportamento dos mortais. O que o mundo de hoje necessita é da verdade que o vosso mestre de outrora declarou: “Não apenas em palavras, mas também em poder e no Espírito Santo”. A semente da verdade teórica torna-se morta, os mais elevados conceitos morais tornam-se sem efeito, a menos que, e até que, o Espírito divino sopre sobre as formas da verdade e vivifique as fórmulas da retidão.

      34:6.7 (381.1) Aqueles que houverem recebido e reconhecido a presença de Deus, residente neles, são nascidos do Espírito. “Vós sois o templo de Deus, e o espírito de Deus reside em vós.” Não é suficiente que este espírito seja vertido sobre vós; tal Espírito divino deve dominar e controlar cada etapa da experiência humana.

      34:6.8 (381.2) É a presença do Espírito divino, a água da vida, que põe fim à sede devoradora do descontentamento mortal e àquela indescritível fome da mente humana não espiritualizada. Os seres motivados pelo Espírito “nunca têm sede, pois essa água espiritual será neles um manancial de satisfação, brotando permanentemente para a vida eterna”. As almas regadas pela água divina são todas como que independentes do ambiente material, quanto às alegrias do viver e às satisfações da existência terrena. Elas estão espiritualmente iluminadas e refrescadas, moralmente fortalecidas e dotadas.

      34:6.9 (381.3) Em cada mortal existe uma natureza dual: a herança das tendências animais e o elevado impulso do dom do espírito. Durante o curto período em que viverdes em Urântia, esses dois impulsos diversos e opostos raramente poderão ser conciliados por completo, dificilmente poderão ser harmonizados e unificados; contudo, durante o vosso tempo de vida, o Espírito solidário e combinado está sempre ministrando, no sentido de ajudar-vos a submeter, mais e mais, a carne ao guiamento deste Espírito. Ainda que devais viver a vossa vida material até o fim, ainda que não possais escapar do corpo nem das necessidades dele, não obstante, estareis, em propósito e ideais, cada vez mais fortalecidos em poder para submeter a natureza animal ao domínio do Espírito. Existe, realmente, dentro de vós uma conspiração de forças espirituais, uma confederação de poderes divinos, cujo propósito exclusivo é efetivar a vossa libertação final da escravidão material e das limitações finitas.

      34:6.10 (381.4) O propósito de toda essa ministração é: “Que possais estar fortalecidos em poder, por meio do espírito Dele, que vive dentro, no lado interno do homem”. E tudo isso não representa senão passos preliminares para a realização final na perfeição da fé e do serviço, a experiência na qual vós estareis “preenchidos da plenitude de Deus”, “pois todos aqueles que são guiados pelo espírito de Deus são filhos de Deus”.

      34:6.11 (381.5) O Espírito nunca constrange, apenas guia. Se fores um aprendiz de vontade forte, se quiseres atingir o nível do espiritual e alcançar as alturas divinas, se desejares sinceramente alcançar a meta eterna, então o Espírito divino guiar-te-á, suave e amorosamente, na trajetória da filiação e do progresso espiritual. Todo passo que deres deve ser o da tua boa vontade, de cooperação inteligente e alegre. O predomínio do Espírito jamais é matizado pela coação, nem comprometido pela compulsão.

      34:6.12 (381.6) E, quando essa vida de guiamento do espírito é livre e inteligentemente aceita, desenvolve-se gradativamente, dentro da mente humana, uma consciência positiva de contato divino e segurança na comunhão com o espírito; mais cedo ou mais tarde, “o Espírito dá o testemunho, por meio do vosso espírito (o Ajustador), de que vós sois um filho de Deus”. E o vosso próprio Ajustador do Pensamento já indicou o vosso parentesco com Deus, e as escrituras confirmam que o Espírito testemunha “com vosso espírito”; e não para o vosso espírito.

      34:6.13 (381.7) A consciência da predominância do espírito em uma vida humana, atualmente, é alcançada por uma demonstração sempre maior das características do Espírito, nas reações vitais de um mortal guiado assim pelo espírito, “pois os frutos do espírito são o amor, alegria, paz, resignação, doçura, bondade, fé, mansidão e temperança”. Tais mortais, guiados pelo espírito e divinamente iluminados, embora ainda trilhando os caminhos baixos do sofrimento e cumprindo, na fidelidade humana, os deveres dos compromissos terrenos,

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