Amor o maior tesouro. Barbara Cartland

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Amor o maior tesouro - Barbara Cartland A Eterna Colecao de Barbara Cartland

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      Mas, ao olhar para seu corpo e para o vestido de viagem em seda azul que trajava, conforme a última moda, percebeu as curvas perfeitas de seus seios e o desenho delicado de sua cintura.

      Sir Neville era… muito persistente— disse a moça—, ele não aceitava uma negativa como resposta… e não sei o que aconteceria se o destino não tivesse enviado o senhor para me salvar.

      —Como já disse, não estou entendendo nada— respondeu Tyson—, mas, tendo salvo você, creio que posso ficar sabendo um pouco mais, se for possível!

      —Oh… obrigada… obrigada!— exclamou a garota—, posso ver que é bondoso e que posso confiar no senhor!

      —Como pode ter certeza disso?— perguntou Tyson.

      Ela fez um pequeno gesto com as mãos.

      —Não sei, mas confio… e além disso o senhor me salvou, quando pensei estar completamente perdida. . . Eu teria feito o que sir Neville queria, pois ele ameaçou…

      Ela corou e pareceu confusa.

      —Ouvi o que ele ameaçou. Esqueça!

      A garota olhou para a figura caída, com um olhar de apreensão.

      —E se ele se levantar?

      —Acho que ele está “fora do jogo”— disse Tyson.

      —Por favor, leve-me para algum lugar seguro… algum lugar onde possa me esconder.

      —Por que quer fazer isso?

      —Porque meu tio e minha tia estão me levando para Londres… para que eu me case com um homem que odeio… e detesto!

      —E você tem que fazer isso?

      —Eles são meus tutores! E eu tenho apenas dezenove anos.

      Tyson se esquecera de que as mulheres com menos de vinte e um

      anos e, frequentemente, até mais velhas, estavam sob completa guarda de seus tutores, mesmo que estes fossem o pai ou um tio.

      Achava, também, extremamente improvável que uma criatura indefesa como aquela ousasse desafiar alguém, não fazendo o que a obrigavam.

      —Pensei que preferia me matar, a casar-me com alguém que eu detesto— disse a moça, com voz trêmula—, mas não sei como fazer isso. Seria terrível se a arma negasse fogo… ou a faca apenas me cortasse.

      —Não deve falar dessa maneira!— disse, asperamente, Tyson—, você é jovem e muito bonita, e deve haver alguém com quem queira se casar, ao invés desse que você não gosta!

      —Nunca me deixaram conhecer muitos rapazes… somente aqueles que recebiam a aprovação de meu tio. Ele mandou sir Neville embora… e agora você viu o resultado.

      —Nem todos os homens são tão desagradáveis— assegurou-lhe Tyson—, e, talvez, quando seu tio se recobrar de seu sono, você possa conversar com ele e convencê-lo a mudar de atitude.

      —Nunca… nunca!— gritou ela—, ele colocou na cabeça que tenho que me casar com o cavalheiro com quem irei me encontrar em Londres, e a minha tia, que não gosta de mim, concorda que isso é a coisa certa a ser feita.

      Tyson permaneceu olhando para aqueles olhos suplicantes voltados para ele.

      Disse a si mesmo que, se tivesse alguma sensatez, pararia por ali. Já tinha salvo a garota de ser raptada. Agora deveria cair fora, e deixar que o destino cuidasse de tudo.

      A moça, como que percebendo a indecisão que lhe ia pela mente, reforçou seu pedido:

      —Por favor… por favor… o senhor é a minha única esperança. Se não me ajudar, realmente eu acho que me matarei. Não posso fazer o que eles querem… realmente não posso!

      —Por quê?

      —Porque, quando aquele homem me toca, sinto que há algo errado… algo de mau. Isso está em meu coração, mas quando tento explicar, dizem que é imaginação minha!

      Tyson ficou em silêncio e ela chegou-se mais perto dele.

      —Se pudesse me esconder por um dia ou dois… até saber o que tenho que fazer. Preciso de tempo para me lembrar se há alguém a quem possa recorrer. Eu lhe agradeceria durante toda a minha vida, do fundo do coração! Se o senhor se recusar… tentarei ir embora sozinha. Crê que seja possível alugar aqui uma carruagem que me leve até Londres?

      —Você não pode ir sozinha para Londres!

      —Então, para qualquer outro lugar. Dover não é longe daqui.

      Tyson pensou em Dover, onde es tivera naquela manhã, que estava

      cheia de soldados procedentes do canal, homens bêbados excitados com sua recém conquista da liberdade!

      Os oficiais estavam comemorando a vitória no Lord Warden Hotel, com qualquer tipo de vinho que conseguissem.

      —Você não deve ir a Dover— disse ele, asperamente.

      —Deve haver… outros lugares. Por favor, me ajude!

      —Considere isso por um momento. Você, obviamente, está acostumada a viver no luxo e conforto, tendo tudo o que quer. Está sendo forçada a um casamento que não deseja, mas daqui a algum tempo talvez você ache aquele homem melhor do que esperava, e acabará amando-o!

      —Nunca! Nunca! Eu já lhe disse que ele me… desgosta! Preferiria morrer... a deixar que ele se aproximasse de mim!

      Tremia ao falar e levava as mãos às faces, onde as lágrimas, talvez imaginárias, eram reais para ela.

      Mais uma vez uma voz dentro de Tyson avisou-o de que deveria cair fora enquanto era tempo.

      Mas isso era difícil. Não sabia como deixar aquela moça adorável, com seu rosto lindo e roupas caras, que mostravam ser ela de um meio social de certa importância.

      —Por favor. . .— disse ela, suplicante— juro que não serei um estorvo. Irei embora tão logo seja possível. Mas preciso de tempo para saber o que fazer.

      Talvez em decorrência de os olhos dela estarem tão embaciados pelas lágrimas não derramadas, Tyson mudou de ideia.

      Não podia ver uma mulher chorar, e, embora uma parte crítica de sua mente lhe dissesse que era louco, voltou-se para ela e falou:

      —Muito bem. Eu a ajudarei, mas, como você disse, até que tenha tempo para pensar.

      Toda a face dela pareceu se iluminar e os olhos brilharam.

      —Obrigada! Obrigada!

      —Tenho uma sensação desconfortável de que estou me metendo em uma grande confusão, mocinha!

      —Se isso acontecer, de uma forma ou de outra… eu o recompensarei. Tudo o que quero é sumir daqui.

      Tyson

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