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O único problema com o plano dele: amor não fazia parte da equação.
Chapter 1
Londres, Inglaterra, 1817
Lady Minerva Fox sentava-se impaciente na carruagem enquanto esperava sua cunhada, Carstine. As duas haviam feito compras na Rua Bond a tarde toda, e Minerva estava cansada. Ela afundou no assento e brincou com a ponta de sua peliça.
O que fazia Carstine demorar tanto?
Mais um minuto, e Minerva teria que ir buscá-la. Pelos Céus, Carstine estava na loja de tecidos há pelo menos trinta minutos. Ninguém deveria levar tanto tempo para comprar renda. Pelo menos, não quando sabem o que querem ao entrar.
Assim que Minerva decidiu ir atrás de Carstine, a porta da carruagem se abriu.
— O que quer… — suas palavras cessaram quando assimilou o homem que entrou. Um homem alto, moreno e incrivelmente bonito. Ela deveria gritar. Chamar o condutor e obter ajuda imediata.
No entanto, ela apenas o olhou.
Cobiçou o homem, como uma descarada, absorveu cada centímetro dele, desde os cabelos cor de mogno, escuros, e o nariz aristocrático até seus ombros largos e coxas musculosas. Em sua maioria, detalhes que uma moça de berço não deveria dar atenção. Mas como ignorar um espécime tão primordial?
Antes que pudesse se recompor, ele fechou a porta da carruagem e se acomodou no assento em frente a ela.
— Bom dia, senhora. — disse ele, um sorriso de menino puxando seus lábios.
Era o tipo de sorriso destinado a desarmar aqueles que o olhavam, e Minerva não podia negar funcionar bem, pois sorriu de volta.
— Acredito que o senhor está na carruagem errada. — ela disse.
Ele colocou as mãos nos joelhos e se inclinou para frente.
— Pelo contrário, estou exatamente onde pretendo estar.
O homem era ruim da cabeça? Talvez ele estivesse bêbado? Ela não podia dizer com certeza. Não importava, algo estava errado. Encontrou o olhar dele, olhou-o bem nos profundos olhos castanhos e apertou o queixo.
— Isso não seria possível porque esta é a minha carruagem, e eu não o conheço.
O sorriso dele se alargou, adquiriu um quê de libertino.
— Ah, sim, mas deveria.
— Eu deveria o quê? — ela perguntou, cautela em seu tom.
— Deveria saber quem sou.
O homem pingava confiança e masculinidade. Ambas as qualidades a intrigavam, contudo, era difícil ignorar a impropriedade da situação. Sem mencionar o perigo em que ela poderia estar. Minerva deslizou para mais perto da porta da carruagem, o olhar permaneceu nele.
— Devo insistir para que saia. Minha companheira voltará a qualquer momento, e isso, senhor, é muito impróprio.
— De fato. — ele falou devagar, enquanto também deslizava mais perto da porta da carruagem. — Não gostaria de causar um escândalo. Mesmo assim, não poderia deixar de passar um momento na companhia de uma mulher tão bonita.
Minerva sentiu calor percorrer suas bochechas.
Ele era bom. Muito bom, pois naquele momento ela ansiava por conhecê-lo melhor, quase mais do que queria que ele partisse. Ela engoliu em seco e forçou um pequeno sorriso.
— Agradeço o elogio, e agora devo insistir para que saia. Se não o fizer, chamarei meu condutor para retirá-lo.
O homem ergueu a mão impeditiva. Uma mão grande com dedos longos e um anel de sinete. Ela supôs, por suas roupas bem-feitas, que ele possuía dinheiro, mas não imaginou que fosse um lorde. O que tornava o comportamento dele muito mais estranho.
Talvez, ele estivesse entediado e procurasse divertimento. Um rapaz em busca de uma diversão, ou era uma aposta. A ideia só tornou a situação dela ainda mais precária. E se outras pessoas o vissem entrar ou sair da carruagem?
Quem diabos era ele?
— Não há necessidade para teatro. — ele disse enquanto abria a porta da carruagem.
Quanta ousadia.
— Teatro! Não pode estar falando sério, entrou na minha carruagem sem ser convidado, e nem ao menos me deu seu nome. Agora me acusa de fazer teatro?
— Não se alvoroce. Falei estar indo embora, e estou… — ele fez uma pausa, dando a ela outro sorriso libertino. —, embora eu prefira ficar.
Minerva apontou para a porta.
— Fora.
O homem saltou antes de olhar para ela, travessura em seus olhos, e disse:
— Até que nos encontremos outra vez, linda.
Ele fechou a porta antes que ela processasse as palavras. Minerva soltou um suspiro profundo enquanto se recostava no assento da carruagem.
— “Até que nos encontremos outra vez”.
Eles nem se conheciam. O que diabos o fez pensar que se encontrariam de novo? Para onde ele havia ido? E que diabo era o nome dele? Ela precisava saber.
Minerva abriu a porta da carruagem.
— Espere. — ela chamou enquanto olhava ao redor. Tarde demais. Ele havia desaparecido.
E agora ela causara um espetáculo.
Os transeuntes olharam na direção dela, e um trio de damas se virou para encará-la. Envergonhada, Minerva fechou os olhos e respirou fundo. Algum deles havia visto o homem? Ela rezava para que não, mas todos deviam pensar que ela está louca. Como ela se explicaria?
Ela abriu os olhos e fez um gesto de desprezo com a mão.
— Me perdoem. Receio ter ficado bastante sobrepujada.
Ela se encolheu de volta na carruagem e enterrou o rosto nas mãos.
Talvez ela estivesse louca.
Minerva deu um pulo quando a porta da carruagem se abriu, e Carstine entrou. Ela mal podia evitar se sentir tensa e mais do que um pouco envergonhada para falar. Ainda assim, ela tentou agir como se nada tivesse acontecido. Talvez sua cunhada não tivesse testemunhado a breve cena.
Carstine se sentou em frente a Minerva, então inclinou a cabeça, avaliando.
— O que foi aquilo?
Minerva deu um sorriso indiferente:
— Não tenho