Kindred Lies: Sangue E Mentiras. Dawn Brower

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Kindred Lies: Sangue E Mentiras - Dawn Brower

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mal-educado do que estava se sentindo.

      – Este é o meu melhor amigo, Ben Anderson. Ben, esta é Amethyst Keane. Ela chegou à cidade hoje à tarde.

      Finalmente, Ben pareceu estar tirando as teias de aranha do cérebro, já que estava sorrindo para Amethyst. Ele ofereceu a mão para apertar a dela.

      – É um prazer conhecer você. Para onde está indo? Talvez eu possa ser de alguma ajuda? Afinal das contas, acontece que eu sou a melhor pessoa da cidade, para passeios turísticos.

      Cooper teve que reunir toda a sua força de vontade para não estrangular o amigo. O impulso homicida estava se tornando proeminente. Ele rilhou os dentes enquanto os dedos apertavam a beirada do balcão. Ele rezou para que ela não dissesse a ele o que tinha planejado.

      – Oh, bem, não quero companhia, mas obrigada pela oferta. Quando chego a uma cidade pela primeira vez, gosto de descobrir tudo por mim mesma. Talvez um dia desses… pode ser que eu precise de um guia em algum momento.

      Um sorriso cheio de más intenções cresceu no rosto de Ben. As intenções dele estavam claras como o dia. Ele fez uma mesura na frente de Amethyst e respondeu:

      – Ao seu dispor. É só pedir que concederei o seu desejo. Deixe-me saber e estarei completamente à sua disposição.

      Ãrã. Cooper decidiu que assim que Amethyst saísse, ele teria mesmo que matar o melhor amigo. Quem precisava de um melhor amigo, afinal das contas?

      Uma gargalhada animada e gutural preencheu a sala. Amethyst deu um sorriso confuso para ele.

      – Então, até a próxima.

      Ben não podia parecer mais animado mesmo se tentasse.

      – Esperarei ansiosamente para que você me procure, se quiser a minha atenção é só perguntar pro Coop como me encontrar.

      Ela fez que sim e começou a ir em direção à porta.

      – Manterei a sua proposta em mente. Se me derem licença, estou morrendo de ansiedade para dar uma volta pela cidade. Boa tarde para vocês.

      Amethyst atravessou a porta e saiu da pousada. Tanto Cooper quanto Ben encararam enquanto ela saía, incapazes de afastar o olhar até que ela sumiu de vista.

      Ben levou a mão ao peito enquanto assoviava:

      – Aquela é a mulher mais sexy que eu já vi na vida.

      – Ela é minha, cai fora. Eu vi primeiro. – Cooper não podia afastar o tom de frustração da voz ou a irritação que se espalhava pelo seu rosto enquanto olhava feio para Ben.

      – Vem com tudo, cara. A decisão é da dama e eu pretendo me assegurar de que ela me escolha. – Os lábios dele formaram um sorriso maligno.

      Cooper começou a acreditar que o assassinato seria bom demais para ele. Queria que Ben sofresse de cada forma imaginável. Eles nunca tinham brigado por causa de mulher, mas havia uma primeira vez para tudo.

      – Ótimo, que ganhe o melhor. E nós dois sabemos que esse sou eu, então se quiser se poupar da vergonha, entenderei. – Ele deu um passo para trás, afastando-se do balcão enquanto um olhar convencido preenchia o seu rosto.

      – Sem chance, Coop. A partida começou. Certifique-se de dar o meu número para Amethyst. Eu sei que ela vai querer me procurar.

      – Confia tanto assim no seu taco? É bom pensar melhor. – Cooper respondeu, atônito com a arrogância dele. – Eu não sou seu empregado. Se quiser que Amethyst tenha o seu número, dê você mesmo para ela.

      Ben meneou a cabeça para Coop enquanto ia em direção à saída. Ele parou assim que chegou à porta e olhou para trás, dentro dos olhos de Cooper.

      – Eu posso resistir a qualquer coisa, menos à tentação… aquela garota é puro pecado. Não preciso da sua ajuda para conquistá-la. Ela já é minha. Até mais, Coop. – Ben riu enquanto saía da pousada.

      As coisas poderiam ficar piores? Ele finalmente tinha encontrado a mulher dos seus sonhos e seu melhor amigo já estava cobiçando a garota. Tinha que ter um jeito de ele fazer com que Ben desistisse de sair com ela. Inferno, a quem ele estava enganando? Ben nunca desistia de qualquer coisa depois que enfiava aquilo na cabeça. E ele não ia começar a desistir agora. Além do mais, ele tinha razão. A decisão era da dama. Cooper só precisava se certificar que ela tomasse a decisão certa e escolhesse a ele.

      A primeira coisa que Cooper pretendia fazer era descobrir tudo sobre Amethyst S. Keane. No check-in ela mencionou que assinava para uma revista, o que dava a atender que ela escrevia algum tipo de artigo para ganhar a vida. Esperava que isso lhe desse uma visão muito melhor do que ela gostava e do que ela não gostava. E, o mais importante, talvez lhe indicasse por que ela tinha escolhido a sua pousada para passar as férias.

      Não demorou muito para que ele a encontrasse na internet. Encontrou vários artigos escritos por ela na ASK Magazine… A maior parte era sobre cultura pop, mas havia uma sessão de viagens em cada edição mostrando uma cidade ou um país que Amethyst tinha visitado. Em cada artigo, ela escrevia algo sobre a história da cidade e o que mais ela tivesse achado curioso ou encantador no local. Não tinha descoberto a razão para ela estar em North Point, hospedando-se na Trenton-Hill Inn, mas sabia que algo fascinante podia estar atraindo-a na direção dele…

      Se ele estivesse certo sobre Amethyst, então Cooper tinha tudo o que precisava para chamar a atenção dela. Um bom romance fantasmagórico iria conduzi-la pelo caminho certo. Um que Cooper sabia que a traria direto para ele. Easton Hill tinha morrido ali na cidade e diziam por aí que ele ainda assombrava os corredores da pousada.

      CAPÍTULO TRÊS

      Amethyst caminhava devagar pela calçada, perdida em pensamentos. Quando saiu da pousada, notou que havia uma ponte que levava a um muro quebrado. Então, sem pensar demais sobre para onde queria ir, ela se virou naquela direção, precisando do efeito calmante que o lago tinha sobre ela. Por alguma razão, ela sempre ia em direção aos corpos d’água para poder pensar. Depois do encontro com Cooper e Ben ela precisava mesmo refletir sobre tudo aquilo.

      O encontro a tinha deixado inquieta, algo que normalmente deixaria para lá. Ben Anderson tinha uma aparência maravilhosa, as cores totalmente opostas às do seu melhor amigo. Onde os cachos de Cooper puxavam para o escuro, os de Ben puxavam mais para o claro com o cabelo louro e os olhos azuis. Ele escancarou que estava interessado nela, tudo o que precisaria fazer era ir em frente e aceitar. Agora ela podia escolher entre dois caras maravilhosos e não tinha ideia de qual gostava mais.

      Assim que ela chegou à ponte estaiada na praia de areia, seu celular começou a tocar, revirando a bolsa, Amethyst o pegou. Ela fez careta quando olhou para o identificador de chamadas: Lyoness Keane, também conhecida como sua mãe, estava tentando falar com ela. Algo pelo qual Amethyst não ficava ansiosa, nunca. A mãe podia ser tão avoada quanto um bando de pombos voando pelo céu. Não podia ignorá-la porque ela nunca desistia. Ela ia continuar ligando de novo e de novo até que Amethyst cedesse e atendesse. Ela podia muito bem ver o que a mãe queria. Colocaria um ponto final na conversa o mais rápido possível. Além do mais, não seria mais fácil lidar com o acontecido mais tarde. Amethyst pressionou aceitar e levou o celular à orelha.

      – Oi, mãe. – Ela tentou manter a irritação afastada da voz, mas falhou. Por que falar com a mãe tinha que ser tão custoso?

      – Querida,

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