O Mistério Do Lago. Serna Moisés De La Juan

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O Mistério Do Lago - Serna Moisés De La Juan

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pouco que sei sobre o assunto, ainda não foi possível chegar a uma explicação por unanimidade, esclarecedora o suficiente para responder como ou por que esse fenômeno misterioso ocorre, permitindo assim o surgimento de várias tentativas de uma explicação mais ou menos convincentes, cada uma mais incomum que a anterior.

      Da ciência mais conservadora, há autores que defendem a posição de que é um fenômeno fácil de explicar; seria como uma espécie de autoilusão do cérebro, provavelmente devido a certas disfunções nas conexões neurais que alterariam o processamento normal do cérebro. Uma falha que confunde o que está sendo armazenado na memória naquele momento com a experiência de recuperação de informações, tornando possível sentir como familiar tudo o que está sendo vivido pela primeira vez.

      Uma explicação que, ao meu entender, é bastante complexa e até complicada, e que deixa perguntas tão importantes sem resposta, já que algumas pessoas são capazes de fornecer detalhes exatos de lugares, edifícios ou objetos, mesmo antes de chegar ao local e, portanto, sem ter tido a experiência prévia de vê-los.

      Os parapsicólogos, enquanto isso, tentam resolver esse enigma, afirmando que ainda se está longe de ser capaz de desvendar os limites das capacidades do nosso cérebro. Uma prova confiável disso seria justamente este caso, onde há evidências da existência de um tipo de capacidade que não compreendemos, questionando tudo o que acreditávamos até então. Seria um tipo de sexto sentido, que nos alertaria com antecedência, impedindo-nos de nos aproximar do perigo muito antes que ele ocorra. E é precisamente, graças a esse sentido, que podemos conhecer os detalhes de lugares que não conhecemos. Em que a pessoa, através deste sentido, teria visitado o local em momento anterior, de alguma forma, para saber se algum tipo de perigo ronda o local antes da visita propriamente dita, e, portanto, é capaz de reconhecer estes lugares ao visitá-los fisicamente pela primeira vez.

      Por outro lado, há que considere isso uma prova inevitável da existência de um tipo de segunda vida, que chamam de reencarnação, algo que milhões de pessoas no mundo acreditam, como os seguidores do hinduísmo. Por meio dessas crenças, afirma-se que, depois de que esta vida se finde, o corpo seria deixado e algo dentro dele passaria para uma nova vida, no ventre de uma mulher grávida. Apesar de ser um novo ser que nasce, acredita-se que ele retenha parte do modo de ser e de pensar da pessoa anterior, há quem afirme que pode até transmitir claramente características físicas identificáveis. E é nessa experiência de ser, quando um tipo de má conexão entre a pessoa que viveu antes e a pessoa que agora vive que, de alguma forma, se pode acessar essas experiências passadas, a pessoa torna-se capaz de se lembrar lugares e de detalhes vividos nessa outra vida.

      Existem aqueles que, baseados na premissa de que pode haver uma transmissão de informações de uma vida para outra, não admitem que ocorra entre estranhos que nada têm a ver um com o outro, admitindo apenas a possibilidade de que ocorra entre pais e filhos de maneira descendente, pois consideram que essas memórias estão contidas no DNA e, portanto, farão parte das novas gerações. Esse fenômeno seria explicado porque um parente direto esteve no mesmo lugar em algum momento do passado.

      Qualquer que seja a explicação para esse fenômeno, tenho certeza de que, neste exato momento, está acontecendo comigo. Enquanto continuo a caminhar, reconheço cada um dos lugares por onde passo, o que me causa uma sensação de estranheza e até inquietação, com uma convicção tão profunda que me faz parar. Eu não tinha mais certeza do que via, tudo era tão vívido, cheio de luz e cor como eu havia experimentado no sonho tido na pedra que não podia ter certeza se continuava a sonhar ou não, então fiz a única coisa que me ocorreu para conferir: me beliscar.

      A forte dor que me causou até me fez surgir lágrimas e me permitiu me certificar de que eu estava ali no meio daquelas casas e não em frente ao lago, algo que não deixou nada além de um sentimento agridoce de desconfiança sobre o motivo de eu reconhecer tal lugar. Depois de alguns instantes e vendo que, se eu não seguisse em frente, não chegaria a lugar algum, continuei subindo a ladeira até chegar ao topo, onde o último edifício da cidade, na parte mais alta, e sem surpresas lá estava a igreja de paredes brancas, com o grande campanário, exatamente como no sonho.

      Ninguém ficaria indiferente a isto, e minha estranheza aumentou, porque não me lembrava de ter chegado tão alto no dia anterior, dada minha exaustão naqueles momentos da tarde em que apareci nas proximidades da cidade, completamente perdida e sem noção.

      — Boa tarde. — cumprimentei o primeiro aldeão que vi que estava colhendo alguns galhos.

      — Boa noite, senhorita. — ele respondeu com óbvios sinais de surpresa. — O que a traz aqui?

      — Eu me perdi e estou procurando um lugar para passar a noite antes de continuar o meu caminho. — eu disse com um sorriso tímido enquanto colocava minha carga pesada de sempre no chão.

      — Vai ficar na cidade? — ele perguntou, estranho, enquanto deixava cair a pilha de lenha que havia coletado.

      — Sim, claro. — eu disse sem entender a reação dele.

      — Quanto tempo? — ele me perguntou novamente e sem reagir à perda dos itens coletados.

      — Eu ainda não sei, pelo menos hoje à noite. — respondi, tentando ser o mais gentil possível, apesar do cansaço acumulado e das pernas começando a vacilar.

      — Siga-me. — ele respondeu e começou uma caminhada frenética até a cidade.

      Naquele momento, pensei em deixar minha mochila lá e buscá-la depois, porque não tinha vontade de levá-la às costas outra vez, mas como não sabia para onde estava indo, preferi carregar, dada a falta de cortesia daquele homem que nem sequer ofereceu-se para levá-la para mim.

      Posso ter me acostumado a galanteria, algo que, por outro lado, não me incomoda muito, mas quando alguém é tão abrupto e desatento me incomoda, o que custa às pessoas terem um pouco mais de cuidado?

      Tentei alcançá-lo quando, de repente, ele entrou em uma casa em cuja porta parei para esperar por informação, não sabia o motivo da entrada dele, pois deveria me levar a um lugar para dormir, um hotel mesmo modesto, ou pelo menos um abrigo, mas não havia indicação de qualquer tipo de acomodação naquela casa.

      Olhei em volta, com a pouca luz que ainda existia e pude supor que havia duas fileiras de casas, uma de frente para o outra, formando um corredor no que seria a rua principal. Sem uma palavra, o homem saiu quase que correndo e foi para outra casa na frente daquela, e depois de um breve momento, ele disse:

      — Aqui!

      — disse o homem ao sair da segunda casa, me dando instruções com a mão.

      Aproximei-me sem saber muito bem o que estava acontecendo e, quando estava prestes a chegar, um homem mais velho saiu da casa, e eu o cumprimentei.

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