Eu Sou Seu Bicho Papão. T. M. Bilderback

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Eu Sou Seu Bicho Papão - T. M. Bilderback

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centro de um coração feito a partir do intestino. A maior parte do sangue de cada vítima havia sido drenada e o coração de todas estava faltando.

      E, nos três assassinatos, as mesmas palavras incorretas, escritas na parede com o sangue da vítima.

      Billy se perguntava se o erro de ortografia era intencional.

      Billy chamou Pirtle:

      — Ei, Kenny!

      Pirtle cumprimentou o xerife com um aceno enquanto passava ao fotógrafo os últimos ângulos que queria para as fotos da cena do crime. Quando terminou de explicar, Pirtle se aproximou de Billy.

      — Muito macabro, Billy — disse Pirtle.

      — Você não tem nada para mim ainda, por acaso?

      — Claro que sim, Billy, temos um sacão cheio de porcaria nenhuma para você. Não tem DNA, nem cabelo, nem pele sob as unhas da vítima. Nada. Talvez o laboratório encontre alguma coisa, mas se for como os dois últimos... — Pirtle deu de ombros.

      Billy balançou a cabeça, com os lábios apertados.

      — Kenny, você tem que encontrar algo que eu possa usar. Uma hora isso vai vazar pra imprensa, e as pessoas vão querer a minha cabeça se eu não descobrir quem é o responsável.

      — E você acha que eu não sei disso? Não houve nada que a perícia pudesse nos dar, e quando digo nada, é nada mesmo. Eu já trouxe o pessoal do laboratório estadual aqui, e mesmo assim ainda não tive sorte — ele balançou a cabeça em desgosto — é quase como se assassino fosse um fantasma, ou algo assim.

      Billy manteve a boca fechada. Ele sabia muito bem que poderia realmente ser algo sobrenatural ou relacionado a magia, mas ele mantinha suas opções em aberto. E sua boca fechada.

      Billy tinha visto em primeira mão o que acontece quando há magia envolvida, e nem sempre é bonito. Sua enteada, Mary, e Carol Grace, enteada de Alan (seu melhor amigo), tinham algum tipo de poder místico, e Alan era casado com Katie Ballantine Montgomery. Katie era descendente da família Sardis e era uma bruxa. Sua tia-avó, Margo Sardis, era uma bruxa igualmente poderosa. Katie dissera a Alan que Margo uma vez vendera um feitiço ao velho Ricky Jackson, e esse feitiço havia conjurado um Cão do Inferno. O pentagrama que restringia o Cão havia sido acidentalmente quebrado, o soltando... e deixando aberto um portal para o Inferno. De acordo com o que Margo dissera a Katie, muitos seres do Inferno cruzaram aquele portal e agora moravam no Condado de Sardis.

      E desde então ninguém viu o velho Ricky Jackson.

      Billy tinha visto Mary e Carol Grace unirem seus poderes contra os gângsteres da família criminosa Giambini quando estes invadiram a Fazenda Junior Ballantine, e achou incrível que essas coisas existissem neste mundo... sem que ninguém soubesse.

      Ninguém com um pingo de credibilidade, pelo menos.

      Mas Billy acreditava com todas as suas forças. Não tinha escolha, afinal convivia com isso.

      Phoebe insistiu para que Mary seguisse os ensinamentos de Margo Sardis sobre como controlar a magia que residia dentro dela e da amiga, e Bill teve que concordar. Mary precisava aprender como manter a magia confinada dentro de si.

      Agora, era possível que ele estivesse lidando com magia novamente... desta vez, no trabalho.

      E não era coisa boa. Não dessa vez. Pessoas estavam morrendo. Pessoas honestas que não mereciam tão terrível destino.

      Quando seus pensamentos saltaram de um assunto para outro, Billy percebeu que ele poderia ligar para Alan e pedir que viesse até o local. Era extremamente necessário.

      ***

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      — CAROL Grace! Você vai perder o ônibus, mocinha!

      — Sim, mamãe!

      — Desça já aqui, mocinha!

      Alan sentou-se à mesa da cozinha e sorriu diante da frustração de sua nova esposa.

      — Se tivermos que levar essa garota para a escola mais uma vez este mês, eu vou colocá-la de castigo, ou não me chamo Katie Blake!

      — Katie Blake. Eu definitivamente gosto do som desse nome — Alan sorriu — onde você o encontrou, Katie?

      Katie sorriu ao olhar para o marido.

      — Um policial me deu. Ele disse que não estava sendo usado corretamente e queria ver se eu poderia tomar conta dele.

      Ela se sentou à mesa, em sua cadeira.

      — Hmmm... e você está tomando conta dele direitinho?

      Katie sorriu.

      — Ainda não tive nenhuma reclamação.

      Alan se inclinou em direção ao rosto de Katie.

      — Nenhuma.

      Ele começou a beijá-la. Ao tocar de suas línguas, ele sentiu uma leve nota do sabor do pedacinho de bacon que Katie comera enquanto cozinhava, e sentiu também o sabor de menta da pasta de dente. Mais do que tudo, ele sentiu o sabor de Katie, e então eles perderam a noção do tempo.

      — Meu Deus, vocês dois podem parar com essa pegação na cozinha? É tão nojento!

      Alan se afastou e olhou nos olhos de Katie novamente.

      — Só uma, talvez...

      Ele olhou para Carol Grace.

      O pai de Carol Grace, Mark Montgomery, morrera alguns anos atrás por conta de um aneurisma cerebral. Ele deixara o dinheiro de um seguro de vida, e o rendimento desse dinheiro ajudou Katie a cuidar de Carol Grace. Mas, quando Katie foi demitida da empresa em que trabalhava, sua mente voltou-se à fazenda deixada para ela por sua avó, Nebbie Ballantine. Seu avô se chamava Arthur "Junior" Ballantine, e a fazenda recebera o nome dele. Ela manteve a Fazenda Junior todos esses anos e pagou todos os impostos. Era dela, e estava pronta para morar. Então, quando a demissão aconteceu, Katie empacotou suas coisas e as de Carol Grace e voltou para o Condado de Sardis.

      Após sua mudança, Alan Blake, ex-capitão do time de futebol americano da antiga escola de Katie, também se mudou de volta para o Condado de Sardis. No entanto, ele não teve escolha... ele era policial na cidade grande e prendera Moses Turley, o membro da família mafiosa Giambini encarregado de organizar jogos ilegais de pôquer, e seus homens por atentarem contra a vida dele e de outro policial. Mickey Giambini não queria ser vinculado a ele no julgamento, então ordenou que Turley e seus homens encontrassem e eliminassem os dois policiais. Os capangas de Giambini encontraram o parceiro de Alan, James Winstead, e o mataram... mas não antes que o homem revelasse aos criminosos que Alan poderia ser encontrado no Condado de Sardis.

      Velho amigo de Alan, o xerife Billy Napier também participara do time de futebol americano do Colégio de Perry e convencera Katie a dar a Alan um lugar para se esconder em troca de trabalho na fazenda.

      Nessa mesma época,

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