Cativeiro. Brenda Trim

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Cativeiro - Brenda Trim

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apenas os resultados do que os outros cientistas encontraram nas amostras de sangue dele.

      Infelizmente, ela não viu nada além de um borrão devido ao seu desconforto, mas manteve o foco em qualquer lugar, menos nele. Os penetrantes olhos cinzentos do shifter a atingiam e brincavam de esconde-esconde. Liv jurou que ele podia ver diretamente em sua alma e isso a fez cruzar e descruzar as pernas enquanto mordia o lábio. Muito enervante. Ela tinha segredos escondidos como qualquer outra pessoa e certamente não precisava daquele homem dissecando seus erros e falhas.

      Respire fundo e volte ao seu objetivo, disse a si mesma. Precisava ganhar a confiança dele. Do contrário, ele nunca mudaria de forma e eles precisavam do sangue da forma animal dele. Ela se perguntou em que animal ele se transformava. Urso? Leão? Era impossível dizer apenas olhando para ele, e ela se sentia péssima vendo os múltiplos ferimentos cobrindo o corpo dele.

      O que quer que tivesse acontecido entre ele e seu chefe na noite anterior não foi a favor do shifter. Sim, ele matou dois homens, mas eles o estavam espancando sem piedade. Ela viu, com seus próprios olhos. Eles o estavam atacando enquanto ele permanecia indefeso, tentando se proteger.

      Agora, o rosto dele estava inchado a ponto de parecer desfigurado. Um olho estava fechado e o outro não estava muito melhor. A parte superior do tronco estava coberta de vergões e a pele, aberta em vários pontos. Seu coração se condoeu pelo abuso que ele suportou.

      Julgando pelos músculos enormes, Liv sabia que o homem era incrivelmente forte, mas mesmo um shifter devia ter limitações. Ele parecia que as tinha excedido.

      Novamente, sua mente se perguntou sobre o lado animal dele. Ela ouviu que, quando eles se transformavam, não tinham controle sobre as ações de sua fera. Como isso deveria ser primitivo e duro para eles. Parte dela reconhecia que poderia ser libertador, também. A curiosidade sobre o animal dele a estava consumindo. Liv reconheceu que estava um pouco excitada com isso.

      Afastando os pensamentos inadequados, ela considerou por onde começar em sua recapitulação de vida nada interessante.

      — Então, sou do Tennessee. Cresci não muito longe de Chattanooga e fui para a faculdade comunitária aqui na cidade. Meu pai desapareceu quando eu era muito jovem. Para ser sincera, mal me lembro dele. Não tenho irmãos ou irmãs, mas minha mãe e eu somos muito próximas. Ela é minha melhor amiga. Você tem algum irmão? — divagou ela, finalmente encontrando os olhos dele mais uma vez.

      Nenhuma resposta, mas Liv viu algo faiscar nas orbes cinza-aço do shifter. Seria porque ela falou sobre a família dele? Ele tinha uma família, e eles o estavam procurando? Muitas perguntas passaram por sua mente.

      Há quanto tempo ele vinha sendo mantido em cativeiro? Como havia sido capturado? Por que era tão resistente? Parecia que ele deveria querer ajudar a salvar vidas, se pudesse. Ela precisava fazer com que ele se abrisse, se quisesse descobrir o que estava acontecendo em seu local de trabalho.

      — De qualquer forma… tenho trinta anos, não tenho filhos e nunca me casei. Hmmm, minha cor favorita é rosa, gosto de dançar, amo comida italiana, não bebo muito álcool, mas tomo chá doce como se estivesse para acabar e… oh, o mais importante, vou dominar o mundo, assim que descobrir o segredo de como ganhar dinheiro em tubos de ensaio — declarou ela, com naturalidade, e começou a rir. Sim, essa última parte foi uma piada. Ela e Cassie diziam que elas viviam um dia de cada vez.

      Olhando para o Sr. Conversa Fiada, ela pensou ter notado uma leve curvatura em seu lábio superior. Ele estava ouvindo. O problema era que isso não significava que ele estava falando. Talvez ele questionasse os motivos dela. Quem sabe quanto tempo estava preso ali, naquela cela horrível? Ela presumia que ninguém havia lhe demonstrado um grama de bondade. Provavelmente, ele precisaria saber onde estava a lealdade dela.

      — Então, o negócio é o seguinte. Quero ajudá-lo. Por mais que eu queira destravar as algemas e libertá-lo, isso não é uma opção. Você tem algo de valor para este centro de pesquisa, e eles não vão deixá-lo partir sem concedê-lo. Mas o que posso fazer é ser uma espécie de mediadora e prevenir qualquer abuso futuro contra você. Se você me ajudar, farei o que puder para ajudá-lo. Mas você precisa confiar em mim. Meu chefe não gostou da minha vinda até aqui, mas concordou em dar uma chance — admitiu ela, abertamente.

      Jim não iria deixá-la continuar aquelas visitas se ela não fizesse nenhum progresso. Para ele, era perfeitamente adequado bater naquele homem até a sua submissão. Liv não queria que isso acontecesse. Estava propensa a ajudar aquele homem, se ele a deixasse ajudá-lo.

      Olhando para o relógio, ela entrou em pânico quando viu há quanto tempo estava com ele. Seu tempo estava quase acabando. Jim esperava que ela se reportasse a ele após aquela primeira reunião. Se fosse de mãos vazias, ele poderia cancelar o acordo.

      — Vamos. Ajude-me. Qualquer coisa, por favor — pediu ela, ficando de joelhos e implorando. Era dramático demais, mas ela estava tentando provar seu ponto de vista. O homem apenas a olhou, sem expressão. Ele não iria ceder um centímetro.

      Exalando derrota, ela enfiou a mão na bolsa e tirou seu velho iPod Nano e um conjunto de fones de ouvido. Pelo menos, ela poderia deixar alguma música para ele. Se estivesse acorrentada a uma parede, a música seria sua salvação. Um meio de escapar de sua infelicidade.

      — Quero que você fique com isso, caso eu não tenha permissão para voltar. Certifique-se de escondê-los dos outros, sob o colchão — aconselhou Liv, jogando o conjunto na direção dele.

      Ele o pegou sem desviar os olhos dos dela. Olhando para trás, ela sentiu o rubor retornar às suas faces, mas não desviou o olhar desta vez.

      Se nunca mais o visse, queria que ele soubesse que ela realmente se importava com ele. Esperava que ele o visse em seu íntimo, onde o olhar dele penetrava em sua alma.

      Forçando-se a interromper o controle que ele exercia sobre ela, ela se virou para sair da sala.

      — Lawson.

      O tom de barítono grave enviou um arrepio por sua espinha, e ela se virou para encará-lo. Olhos cinza-aço roubaram seu fôlego e enfraqueceram seus joelhos. Ele lhe disse o seu nome. Uma palavra, mas foi o suficiente.

      Sorrindo, ela respondeu:

      — É um prazer conhecê-lo, Lawson. — Outra curvatura no lábio superior dele lhe disse que o sentimento era mútuo.

      Saindo da sala e fechando a porta, Liv despencou no chão do corredor. Que Deus a ajudasse, estava ofegante. Exultante, triunfante, tonta. Estava em êxtase. Outra vitória para o Time da Liv

      Animada para contar a Jim sobre seu pequeno milagre, ela se dirigiu à sala de descanso, onde disse que o encontraria. Certamente haveria vários funcionários almoçando, o que significava que ela não estaria sozinha com ele. Ela não estava com humor para flertar ou lhe dar esperanças, e, com certeza, não estava com humor para seus avanços indesejados. Com sorte, a informação dela agradaria Jim, e ele concordaria que ela deveria continuar vendo Lawson.

      E logo após seu encontro com Jim, havia um velho amigo que ela precisava ver. Ele era a única pessoa que conhecia que tinha conexões influentes, para não mencionar bolsos profundos. Se alguém podia ajudar Lawson, era ele.

      Lawson.

      Só de pensar no nome dele, sentiu outro arrepio percorrer sua espinha.

      Capítulo

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