Trabalho e prazer. Sandra Marton

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Trabalho e prazer - Sandra Marton Sabrina

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Era magnífica, com olhos onde um homem poderia perder-se. Boca feita para beijar, cabelos da cor do fogo.

      – És muito bonita – elogiou Demetrios, suavemente.

      Ela riu.

      – E tu és muito directo.

      – Tenho estado a observar-te e tu tens estado a olhar para mim. De que é que vale fingir? – Demetrios aproximou-se dela. – Desde que estou aqui, que tenho estado a tentar chegar ao pé de ti.

      Ela sorriu e ofereceu-lhe um copo. Até àquele momento, Demetrios não tinha reparado que trazia um copo em cada mão, os dois cheios de gelo e com um líquido pálido.

      – Para o caso de teres sede.

      Demetrios sorriu.

      – Caipirinha?

      Os dedos dele tocaram nos dela quando agarrou no copo que lhe oferecera e, imediatamente, sentiu uma corrente eléctrica a percorrer-lhe o corpo. A ela aconteceu-lhe o mesmo e viu-o nos seus olhos e na maneira como escureceram.

      – Não gosta do que lhe ofereci, senhor Karas?

      – Gosto – replicou ele, em voz baixa, com os olhos cravados nos dela e consciente de que ela não se referia à caipirinha. – Muito.

      – Muito bem – ela sorriu, levou o copo aos lábios e bebeu um gole.

      Era uma namoradeira, mas sabia o que queria e não dissimulava. Demetrios desejou abraçá-la e levá-la para a cama…

      – Demetrios – disse uma voz, atrás dele.

      – Um momento – desculpou-se Demetrios, enquanto se virava para a loira. – Desculpa, mas estou ocupado.

      Tinha sido mal-educado e sabia-o, mas não se importou. A única coisa que lhe importava era estar com aquela mulher…

      Tinha desaparecido. Onde é que estava? No terraço. Viu um movimento de seda verde na escuridão.

      Demetrios pousou o copo numa mesa e dirigiu-se para o terraço.

      Ali estava, sob as escadas que davam para a relva do jardim.

      – Espera!

      Ela acelerou o passo até que quase correu. Demetrios, praguejou e seguiu-a, alcançando-a num miradouro. Agarrou-a pelos ombros e fê-la virar-se. O luar iluminou o rosto da mulher.

      – Porque é que fugiste? Tens medo de mim? – com ternura, agarrou no rosto da mulher entre as suas mãos e com os dedos acariciou as suas faces. – Não precisas ter medo, não te vou magoar.

      Sam ficou a olhar para ele. Não lhe podia explicar. O que é que ia dizer? Que tinha começado como uma brincadeira, mas que agora queria ir para a cama com ele? Nem sequer ela ia para cama com um homem com tanta rapidez.

      Sam humedeceu os lábios.

      – Desculpa se te dei uma impressão errada a meu respeito. A verdade é que estou muito cansada e…

      – E não me conheces. É esse o problema, não é? – ele fitou-a nos lábios. – Poderias conhecer-me. Um beijo, é só isso que é preciso para saber tudo o que é preciso saber.

      – Penso que não…

      – Não penses… pelo menos esta noite.

      Devagar, ele baixou a cabeça. Apesar das suas últimas palavras, Sam sabia que lhe daria tempo antes que fosse demasiado tarde.

      Os olhos dele eram dois poços azuis, meio ocultos sob pestanas negras e espessas.

      «Poderia afogar-me nos seus olhos», pensou Sam. Então, a boca dele acariciou a sua, como um murmúrio à luz da lua até que, com um suspiro, Sam deixou de pensar, fechou os olhos e abriu os lábios.

      Ele sabia a vinho e a luar. A milhares de sonhos esquecidos e a uma procura que ainda não acabara. Enquanto a beijava, Sam percebeu que queria mais.

      – Mais… – murmurou Sam.

      Demetrios gemeu. Sim, dar-lhe-ia mais. Dar-lhe-ia tudo e aceitaria tudo dela. Apertou-a contra si, colocou as mãos na sua garganta e levantou-lhe o rosto.

      Samantha inclinou-se sobre ele, querendo sentir o corpo dele contra o dela. Ele acariciou-lhe os ombros e ela tremeu.

      Rodeou o pescoço dele com os braços e Demetrios percebeu que, ela acabara de se render à noite, à paixão, a ele. Mordiscou o lábio inferior dela e depois lambeu-o, sabia a caipirinha e a açúcar, sabia a desejo. Demetrios gemeu e apoiou-se contra a parede, arrastando a mulher consigo antes de lhe acariciar o corpo possessivamente, absorvendo o seu gemido quando o mamilo dela se ergueu contra a mão dele.

      – Matya mou – declarou ele, com voz grossa, ao mesmo tempo que se virava para a colocar contra a parede do miradouro.

      Ela esfregou-se contra ele e Demetrios percebeu que estava quase a perder o controlo.

      – Espera – murmurou ele.

      Mas aquela mulher estava a acariciar-lhe o peito e desabotoar-lhe a camisa. Conteve a respiração ao sentir os dedos frios dela na sua pele. Sentiu o desejo dela. Ele também o sentia, precisava de a tocar e saborear, mas não se permitiria perder o controlo até àquele ponto. Esperaria. Iria levá-la para algum lugar íntimo onde houvesse uma cama e pudessem ficar sozinhos sem o perigo de serem interrompidos.

      Demetrios beijou-a nos lábios e entrelaçou os dedos nos dela.

      – Vamos para o meu quarto – pediu Demetrios.

      Mas ela abanou a cabeça.

      – Não, em casa não posso…

      Ela não queria correr o risco de ser vista e ele também não queria.

      – Vamos para os estábulos – declarou Demetrios.

      Antes dela conseguir responder, ele puxou por ela e começou a andar.

      – Espera – pediu ela, parando para descalçar os sapatos.

      Demetrios agarrou nos sapatos dela e os dois correram pela relva húmida. Ela ria e ele parou para a abraçar e beijar.

      Uma nuvem cobriu a lua, deixando o céu só com o fogo das estrelas, mas Demetrios conhecia o caminho. Havia um pequeno gabinete num dos estábulos, onde ele e Rafe tinham feito um acordo. Não era um gabinete sofisticado, só tinha uma mesa, uma cadeira e um velho sofá de pele. O sofá não era grande, mas era suficiente para que um homem e uma mulher pudessem fazer amor.

      Ia levá-la para lá, ia despi-la e perder-se na voluptuosidade da sua boca e enterrar-se no calor do seu corpo. Depois de se saciar, apertá-la-ia contra os seus braços e acariciá-la-ia. E, quando a festa tivesse acabado, iria levá-la para casa, para o seu quarto, e ali perder-se-iam novamente nos braços um do outro, envoltos pela cálida noite brasileira.

      Os estábulos estavam às escuras e cheiravam a cavalo e ao couro das selas e arreios. Um animal relinchou quando a porta se abriu.

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