Uma esposa perfeita. Julia James

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Uma esposa perfeita - Julia James Sabrina

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da mãe. Pouco importava o que tivesse de fazer para conservar Greymont, faria o que fosse necessário.

      – Não há nada para discutir, Gerald. E quanto ao que vou fazer, não é evidente? – perguntou, fazendo uma pausa. – Vou procurar um milionário.

      Nikos Tramontes estava na varanda da sua casa luxuosa na Costa Azul, fletindo os seus ombros largos enquanto olhava para Nadya, que nadava languidamente na piscina.

      Uma vez, gostara de olhar para ela porque Nadya Serensky era uma das modelos mais bonitas do mundo e desfrutava de ser o único homem que tinha acesso exclusivo aos seus encantos. A sua relação com ela enviara um claro sinal ao mundo: Chegara ao topo. Adquirira a riqueza enorme que uma mulher como Nadya exigia dos homens.

      Contudo, agora, dois anos depois, os seus encantos começavam a aborrecê-lo e, por muito que comentasse que faziam um bom casal, ela com o seu cabelo ruivo e ele com os seus atributos impressionantes, a verdade era que perdera o interesse.

      Além disso, agora, Nadya estava sempre a dizer, contínua e descaradamente, que deviam casar-se. No entanto, não teria sentido casar-se com Nadya, pois, com isso, não obteria nada que não tivesse conseguido antes.

      Agora, queria mais do que o estatuto de celebridade. Queria dar um passo em frente na vida, conseguir o seu próximo objetivo.

      Nadya fora um troféu, a celebração da sua chegada ao mundo dos mais ricos, mas o que queria agora era uma esposa que completasse a imagem que procurara durante toda a sua vida.

      A sua expressão toldou-se, como acontecia sempre que as lembranças o invadiam. A aquisição de uma fortuna vasta e de tudo o que vinha com ela, desde a casa no exclusivo Cap Pierre até à sua relação com uma das mulheres mais bonitas do mundo e todos os luxos que podia permitir-se, tinham sido apenas os primeiros passos na transformação do filho ilegítimo, um «inconveniente embaraçoso» dos pais odiados.

      Uns pais que o tinham concebido com a despreocupação egoísta de uma aventura adúltera para o rejeitarem quando nascera e o deixarem com uma família de acolhimento como se não tivesse nada a ver com eles.

      Bom, demonstrar-lhes-ia que não precisara deles e que conseguiria o que eles lhe tinham negado com o seu próprio esforço.

      Enriquecer demonstrara que era um filho digno do magnata naval grego que o concebera, mas decidira que o seu casamento devia demonstrar que estava à altura da sua mãe francesa aristocrata, habilitando-o a viver nos mesmos círculos sociais do que ela, mesmo que fosse apenas um filho indesejado e ilegítimo.

      Virou-se abruptamente para entrar no quarto. Tais pensamentos e tais lembranças eram sempre tóxicos e amargos.

      Lá em baixo, na piscina, Nadya saiu da água e olhou para a varanda deserta, fazendo beicinho.

      Diana tentava disfarçar o seu aborrecimento enquanto os oradores falavam sobre negócios e regras fiscais, assuntos de que ela não sabia nada e que lhe importavam menos. Fora àquele jantar num dos edifícios mais emblemáticos de Londres porque o seu acompanhante era um antigo conhecido, Toby Masterson.

      O homem com quem tencionava casar-se.

      Porque Toby era rico, muito rico. Herdara um banco, de modo que poderia financiar as reformas de Greymont. E também era um homem por quem nunca se apaixonaria.

      Os olhos cinzentos de Diana toldaram-se. Isso era bom porque o amor era perigoso. Destruía a felicidade das pessoas e arruinava vidas.

      Destruíra a vida do pai quando a mãe os trocara por um magnata australiano. Aos dez anos, Diana descobrira o perigo de amar alguém que não se importaria de lhe partir o coração, como a mãe partira o coração do pai.

      Desde esse momento, o pai tornara-se muito protetor com ela. Perdera a mãe e não ia permitir que perdesse a casa que tanto amava, a sua querida Greymont, o único lugar onde se sentira segura depois do abandono da mãe. A vida mudara dramaticamente, mas Greymont era uma constante. O seu lar para sempre.

      O pai sacrificara a oportunidade de encontrar a felicidade num segundo casamento para que nenhum outro filho tivesse prioridade sobre ela, para se certificar de que ela herdava a casa familiar.

      Contudo, se quisesse deixar Greymont aos seus próprios filhos, teria de se casar e, embora não quisesse arriscar o seu coração, tinha a certeza de que conseguiria encontrar um homem suficientemente compatível com ela como para que o casamento fosse suportável.

      Sempre pensara que teria tempo para procurar esse homem, mas, agora, com a sua situação económica desesperada, precisava de um marido rico depressa e não podia ser exigente.

      Olhou para Toby enquanto ouvia o orador e sentiu um aperto no coração.

      Toby Masterson era afável e de bom caráter, mas também desesperadamente aborrecido e pouco atraente. Embora não se arriscasse a casar-se com um homem por quem pudesse apaixonar-se, gostaria que fosse um homem com quem o ato de conceber um filho não fosse… repulsivo.

      Sentiu um calafrio ao pensar no excesso de peso de Toby e nas suas feições roliças. Não era a sua intenção ser cruel, mas sabia que seria desagradável suportar os seus abraços trôpegos…

      «Serias capaz de suportar isso durante anos e anos, décadas?»

      Tentando pensar noutra coisa, olhou para os convidados do jantar, os homens de smoking e as mulheres com vestidos de noite.

      E, de repente, no meio do mar de pessoas, o olhar concentrou-se num em concreto. Um homem cujos olhos escuros estavam fixos nela.

      Nikos recostou-se na cadeira, com um copo de conhaque na mão, indiferente ao orador que falava sobre negócios e regras fiscais que ele já conhecia. Não estava a pensar nisso, mas na mulher que seria a sua esposa e um troféu. A mulher que, agora que conseguira uma fortuna que poderia rivalizar com a do pai odiado, seria o meio para entrar na elite social da mãe aristocrática, mas desalmada. Demonstraria a si próprio, ao mundo e, sobretudo, aos seus pais que o seu filho indesejado triunfara sem eles.

      Nikos franziu o sobrolho. O casamento devia ser um compromisso para o resto da vida, mas queria isso? Depois de dois anos, começara a cansar-se de Nadya. Queria um casamento para o resto da vida ou, quando conseguisse uma esposa e o seu lugar no mundo, poderia livrar-se dela?

      Não haveria amor na relação porque era uma emoção desconhecida para ele. Nunca amara Nadya e Nadya também não o amara, simplesmente, usavam-se um ao outro. O casal que o criara também não o amara. Não eram más pessoas, simplesmente, eram desinteressados e não tinha contacto com eles.

      Quanto aos seus pais biológicos… Nikos torceu o nariz. Teriam pensado que a sua aventura adúltera e sórdida era amor?

      No entanto, incomodava-o pensar neles e voltou a pensar na sua esposa troféu. Primeiro, pensou, teria de acabar a sua relação com Nadya, que estava num desfile de moda em Nova Iorque. Dir-lhe-ia com tato, agradecendo o tempo que tinham passado juntos. Dar-lhe-ia um presente de despedida, as suas esmeraldas favoritas, e desejar-lhe-ia o melhor na vida. Sem dúvida, ela estava preparada para esse momento e já teria um sucessor à espera.

      Como ele estava a planear escolher a próxima mulher da sua vida.

      Nikos relaxou os ombros e bebeu um gole de conhaque. Fora a Londres numa viagem de negócios e fora àquele jantar para fazer contactos. Olhava preguiçosamente

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