Codigo Civil (Portugal). Portugal

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Codigo Civil (Portugal) - Portugal

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porém, pendente contra o menor, ao atingir a maioridade, acção de interdição ou inabilitação, manter-se-á o poder paternal ou a tutela até ao trânsito em julgado da respectiva sentença.

      Artigo 132.º

      (Emancipação)

      O menor é, de pleno direito, emancipado pelo casamento.

      Artigo 133.º

      (Efeitos da emancipação)

      A emancipação atribui ao menor plena capacidade de exercício de direitos, habilitando-o a reger a sua pessoa e a dispor livremente dos seus bens como se fosse maior, salvo o disposto no artigo 1649.º

      Artigo 134.º

      (Emancipação por concessão dos pais ou do conselho de família)

      (Revogado pelo Decreto-Lei n.º 496/77, de 25 de Novembro).

      Artigo 135.º

      (Emancipação resultante de decisão judicial)

      (Revogado pelo Decreto-Lei n.º 496/77, de 25 de Novembro).

      Artigo 136.º

      (Emancipação restrita)

      (Revogado pelo Decreto-Lei n.º 496/77, de 25 de Novembro).

      Artigo 137.º

      (Revogação da emancipação)

      (Revogado pelo Decreto-Lei n.º 496/77, de 25 de Novembro).

      SUBSECÇÃO III

      Interdições

      Artigo 138.º

      (Pessoas sujeitas a interdição)

      1. Podem ser interditos do exercício dos seus direitos todos aqueles que por anomalia psíquica, surdez-mudez ou cegueira se mostrem incapazes de governar suas pessoas e bens.

      2. As interdições são aplicáveis a maiores; mas podem ser requeridas e decretadas dentro do ano anterior à maioridade, para produzirem os seus efeitos a partir do dia em que o menor se torne maior.

      3. (Revogado pelo Decreto-Lei n.º 496/77, de 25 de Novembro).

      Artigo 139.º

      (Capacidade do interdito e regime da interdição)

      Sem prejuízo do disposto nos artigos seguintes, o interdito é equiparado ao menor, sendo-lhe aplicáveis, com as necessárias adaptações, as disposições que regulam a incapacidade por menoridade e fixam os meios de suprir o poder paternal.

      Artigo 140.º

      (Competência dos tribunais comuns)

      Pertence ao tribunal por onde corre o processo de interdição a competência atribuída ao tribunal de menores nas disposições que regulam o suprimento do poder paternal.

      Artigo 141.º

      (Legitimidade)

      1. A interdição pode ser requerida pelo cônjuge do interditando, pelo tutor ou curador deste, por qualquer parente sucessível ou pelo Ministério Público.

      2. Se o interditando estiver sob o poder paternal, só têm legitimidade para requerer a interdição os progenitores que exercerem aquele poder e o Ministério Público.

      Artigo 142.º

      (Providências provisórias)

      1. Em qualquer altura do processo pode ser nomeado um tutor provisório que celebre em nome do interditando, com autorização do tribunal, os actos cujo adiamento possa causar-lhe prejuízo.

      2. Pode também ser decretada a interdição provisória, se houver necessidade urgente de providenciar quanto à pessoa e bens do interditando.

      Artigo 143.º

      (A quem incumbe a tutela)

      1. A tutela é deferida pela ordem seguinte:

      a) Ao cônjuge do interdito, salvo se estiver separado judicialmente de pessoas e bens ou separado de facto por culpa sua, ou se for por outra causa legalmente incapaz;

      b) À pessoa designada pelos pais ou pelo progenitor que exercer o poder paternal, em testamento ou documento autêntico ou autenticado;

      c) A qualquer dos progenitores do interdito que, de acordo com o interesse deste, o tribunal designar;

      d) Aos filhos maiores, preferindo o mais velho, salvo se o tribunal, ouvido o conselho de família, entender que algum dos outros dá maiores garantias de bom desempenho do cargo.

      2. Quando não seja possível ou razões ponderosas desaconselhem o deferimento da tutela nos termos do número anterior, cabe ao tribunal designar o tutor, ouvido o conselho de família.

      Artigo 144.º

      (Exercício do poder paternal)

      Recaindo a tutela no pai ou na mãe, exercem estes o poder paternal como se dispõe nos artigos 1878.º e seguintes.

      Artigo 145.º

      (Dever especial do tutor)

      O tutor deve cuidar especialmente da saúde do interdito, podendo para esse efeito alienar os bens deste, obtida a necessária autorização judicial.

      Artigo 146.º

      (Escusa da tutela e exoneração do tutor)

      1. O cônjuge do interdito, bem como os descendentes ou ascendentes deste, não podem escusar-se da tutela, nem ser dela exonerados, salvo se tiver havido violação do disposto no artigo 143.º

      2. Os descendentes do interdito podem, contudo, ser exonerados a seu pedido ao fim de cinco anos, se existirem outros descendentes igualmente idóneos para o exercício do cargo.

      Artigo 147.º

      (Publicidade da interdição)

      À sentença de interdição definitiva é aplicável, com as necessárias adaptações, o disposto nos artigos 1920.º-B e 1920.º-C.

      Artigo 148.º

      (Actos do interdito posteriores ao registo da sentença)

      São anuláveis os negócios jurídicos celebrados pelo interdito depois do registo da sentença de interdição definitiva.

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