Eu Sou. Aldivan Teixeira Torres

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Eu Sou - Aldivan Teixeira Torres

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a carta de meu pai e agora a presença de todos você aqui.Seria uma nova aventura,Rafael?(Divinha)

      —Exatamente.Viemos auxiliá-lo na continuidade de sua obra.(Rafael)

      —OK.Qual o primeiro passo?(O vidente)

      —Cabe a você decidir.Somente assim encontrará as respostas.(Uriel)

      A resposta de Uriel era razoável.Como ser humano,tinha livre escolha para decidir o melhor caminho e intuitivamente sabia que seria a escolha certa.O seu pai era maravilhoso e explicitava-se através de sua pessoa e isto até os anjos reconheciam.Em uma análise breve,toma uma decisão e comunica a seus amigos:

      —Está bem.Eu decidi.A experiência em Sodorra mostrou-me o sentido da minha verdadeira missão:Eu procuro os pecadores e sua libertação das trevas.Quero trazê-los para o meu reino onde terão paz,abundância,justiça,felicidade se me aceitarem como rei e irmão.“Eu sou” vos convida para uma viagem.

      —Eu estou á sua disposição.Desde a primeira vez,sou seu braço-direito e esquerdo para toda obra.(Renato)

      —Eu o acompanharei e o protegerei de todo mal.(Uriel)

      —Eu serei seu conselheiro para todas as horas.(Rafael)

      —Obrigado a todos.Sigam-me.(O vidente)

      Dito isto,o comboio partiu.A próxima parada seria a casa do vidente, onde iriam buscar comida,roupa e dinheiro para as despesas da viagem.O destino estava lançado.

       No caminho,tem a oportunidade de conversar um pouco e admirar o alvorecer do novo ano no povoado.A terra de Aldivan e Renato era um local tranqüilo e prazeroso de viver,cheio de pessoas aculturadas,simpáticas e acolhedoras.Este recomeço de vida deles prometia.

      Um pouco depois,o grupo chega ao destino.Com o auxílio do vidente,as malas são feitas e então eles reúnem-se e partem para o primeiro destino.Passam pelo centro do povoado,pegam a pista principal e cem metros depois já se encontram á beira da pista BR 232.Esperam um pouco conversando animadamente sobre os planos da viagem.

      Vinte minutos depois,a autolotação passa,eles embarcam e então se inicia um percurso de vinte quilômetros rumo a capital do sertão,a bela,a querida e importante Arcoverde.

      Dentro do carro,uma Kombi cor cinza negro com 15 lugares,eles tentam manter-se ocupados,seja puxando conversa com outros passageiros,escutando música ou ainda se deliciando com as encantadoras paisagens provincianas típicas do interior do nordeste brasileiro.Sem dúvida,um dos lugares mais bonitos do mundo.

      Com uma velocidade moderada,cumprem o trajeto em vinte minutos,descem no ponto da lotação,despedem-se,pagam a passagem e seguem o passeio a pé nas avenidas principais da cidade.

      Auxiliado pelos anjos,a primeira parada escolhida é a catedral do livramento.Sobem as escadarias,entram no vão principal e ajoelham-se perante o altar sacrossanto.Há outras pessoas ao redor mas cada qual tem a liberdade de fazer sua oração interior numa comunhão perfeita e individual com o criador.

      Ao finalizarem as orações,algo desperta a atenção dos integrantes do grupo:Uma jovem loira,1,75 m de altura,faces rosada,pernas e braços grossos, corpo esbelto,trajando um macacão cor de rosa que não parava de chorar.Eles resolvem se aproximar e abordar a infeliz criatura:

      —Em que posso ajudar,Senhorita?Algum problema?(O vidente)

      —Não.Nada que lhe diga respeito.(Jovem)

      —Não fale assim com ele.Ele só quer ajudar.(Rafael)

      —Desculpem-me.É que não entendo o interesse repentino de estranhos em minha pessoa.(Jovem)

      —Eu entendo.Qual é o seu nome?(O vidente)

      —Rafaela ferreira.E o de vocês?

      —Eu me Chamo Rafael Potester.

      —Meu nome é Uriel Ikiriri.

      —Chamo-me Renato.

      —Eu sou o Aldivan Teixeira Tôrres,também conhecido como filho de Deus,Divinha ou vidente.Quero dizer para você que ,independente do que esteja passando,para tudo há uma solução.Basta você ter mais confiança em si mesmo,no pai e em mim.Estou aqui para ajudá-la.

      Rafaela fica pasma.Quem era aquele louco que se julgava o filho de Deus?Em sua mente perturbada,nada nem ninguém poderia ajudá-la e seu destino era a perdição ou a primeira ponte que encontrasse para se jogar.Aquelas palavras apesar de tocá-la não significavam nada diante de sua dor particular.Resolve então mostrar-se firme e dura.

      —Está brincando!Você quer que eu acredite que és divino?Não me faça perder meu tempo.

      —Sério?Você não me parece aquela menina que brincava de boneca e se escondia na sacristia da Igreja com seus amigos.Naquela época sua ingenuidade e sua fé eram espelho para as outras pessoas.Agora,no entanto,percebo a escuridão de sua alma e me sinto consternado.Não quer minha ajuda?Depois não vá se arrepender quando tudo estiver perdido—Disse emocionado o filho de Deus.

      —Eu recomendo sinceramente que o escute.Depois que o conheci,minha vida se transformou de tal maneira que não consigo mais viver sem ele.Ele tem palavras de vida.(Renato)

      —Aldivan é um ser extraordinário.Nenhum poder,símbolo,entidade ou denominação é mais forte do que seu amor para com as pessoas.Escute-o sempre.(Rafael)

      —Eu não vivo sem ele.(Uriel)

      Rafaela ficou sem palavras.Era realmente incrível apesar de sua fé e crença não a permitirem acreditar em milagres.Os cinco ali na Igreja diante do altíssimo,os seus problemas que não paravam de martelar sua cabeça,a promessa de um estranho que se denominava o filho de Deus e que sabia do seu passado.O que estava acontecendo?Seria um complô do destino para afundá-la ainda mais na sua desgraça?Ou quem sabe seria sua salvação?Esta última hipótese tinha menor probabilidade em sua mente.

      Após uma análise rápida da situação,decide testá-los e ver aonde toda esta loucura iria parar.

      —Está bem.Eu permito que vocês me ajudem.Qual é o primeiro passo?

      —Vamos sair daqui.Lá fora,explico melhor.(O vidente)

      Todos obedecem ao chefe da equipe.Ao sair da matriz do livramento,seguem alguns metros em direção ao sul e depois dobram a direita na avenida principal do centro.No caminho,o vidente entra em contato.

      —Rafaela,poderia nos apresentar sua família?Você mora no bairro São Cristovão,não é isso?

      —Sim.Sem problemas.Há três meses estou a morar com meus pais após o rompimento do meu noivado- Responde ela cada vez mais impressionada.

      —Sei.Aproveitamos e fazemos um lanche.Estão com fome ,pessoal?(O vidente)

      —Eu estou.(Renato)

      —Eu não.Mas o acompanhamos.(Rafael)

      —Vocês nem perguntaram se a moça concorda.Folgados!(Uriel)

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