Destinada . Морган Райс

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Destinada  - Морган Райс Memórias de um Vampiro

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sente o ódio percorrer seu corpo. Os Jogos. Claro. Era só isso com que estes velhos vampiros doentes se preocupavam.  Eles convertiam o Coliseu em uma arena para suas brincadeiras, colocando vampiro contra vampiro, vampiro contra humano, vampiro contra monstros, – e adoravam assisti-los despedaçarem uns aos outros.  Isso era cruel e, ao seu modo, Kyle os admirava.

      Mas não é o que ele tem em mente para Caitlin.  Ele a quer morta, e ponto final.  Não que ele se importasse em vê-la sendo torturado. Mas ele não quer perder tempo, não quer tentar a sorte.  Naturalmente, ninguém jamais havia sobrevivido aos Jogos. Mas ao mesmo tempo, ninguém podia prever o que poderia acontecer.

      “Mas, caros mestres,” Kyle protesta, “Caitlin, como vocês mesmos disseram, vem de uma linhagem poderosa, e é muito mais perigosa e ardilosa do que mesmo vocês podem imaginar. Peço suas permissões para matá-la instantaneamente; há muita coisa em risco.”.

      “Você ainda é jovem,” diz outro juíz, “portanto lhe perdoaremos questionar nosso julgamento. Qualquer outra pessoa já estaria morta.”.

      Kyle abaixa a cabeça, percebendo que foi longe demais. Ninguém nunca discutia com os juízes.

      “Ela está em Assis; é pra lá que você vai agora. Mas corra, e não demore muito. Agora que você tocou no assunto, mal podemos esperar para vê-la morrer diante de nossos olhos.”

      Kyle começa a ir embora.

      “E Kyle,” chama um dos juízes.

      Ele se vira de novo.

      O juíz líder remove o capuz, revelando o rosto mais grotesco que Kyle já tinha visto, coberto de caroços, rugas e verrugas. Ele abre a boca em um sorriso horroroso, mostrando dentes amarelos e afiados e olhos negros brilhantes. Ele força ainda mais o sorriso: “Da próxima vez que aparecer aqui sem ser anunciado, quem morre é você.”

      CAPÍTULO SEIS

      Caitlin sobrevoa a idílica região do interior da Úmbria, passando sobre montanhas e vales e observando a imensa paisagem sob a luz clara da manhã.  Ela voa sobre pequenas comunidades rurais, – pequenas cabanas de pedra, cercadas por centenas de metros de terra, com fumaça saindo pelas chaminés.

      Enquanto ela voa para o Norte, a paisagem muda para as colinas e vales da Toscana.  Até onde ela pode ver há vinícolas, plantadas nas montanhas com seus trabalhadores já envolvidos com as plantas desde cedo.  A região é extremamente bonita, e uma parte de Caitlin gostaria de descer ali mesmo, fixar residência e criar um lar em uma das pequenas cabanas.

      Mas ela tem um trabalho a fazer, e então continua, voando em direção ao norte.  Ela segura Rose com força, enrolada dentro de sua camisa.  Caitlin pode sentir que Veneza se aproxima, e sente-se atraída por ela como um ímã. Quanto mais perto ela chega, mais seu coração se acelera de ansiedade; ela já consegue sentir a presença de pessoas lá que ela um dia havia conhecido – ela só não sabe quem. Ela ainda não consegue distinguir se Caleb está lá, ou mesmo se ainda está vivo.

      Caitlin sempre tinha sonhado em visitar Veneza. Ela já tinha visto fotos de seus canais, das gôndolas, e sempre tinha se imaginado visitando o lugar um dia, talvez com alguém de quem gostasse. Ela tinha até mesmo sonhado em ser pedida em casamento em uma daquelas gôndolas.  Mas ela nunca tinha imaginado isso.

      Enquanto voa sem parar, Caitlin se dá conta de que a Veneza que visitaria agora, em 1790, provavelmente seria diferente das fotos que ela tinha visto no século XXI. Ela imagina que talvez fosse menor, menos desenvolvida e mais rural. Ela também imagina que também não seria muito lotada.

      Mas ela logo se dá conta de que não poderia estar mais enganada.

      Quando finalmente chega aos arredores de Veneza, ela fica chocada ao perceber que, mesmo de tão longe, a cidade abaixo dela se parece assustadoramente semelhante às fotos dos tempos modernos.  Ela reconhece a famosa arquitetura histórica do lugar, reconhece as pequenas pontes e as curvas e voltas dos canais.  De fato, ela fica chocada ao perceber que a Veneza de 1790 não é, pelo menos nas aparências, tão diferente da Veneza do século XXI.

      Quanto mais ela pensa a respeito, mais tudo faz sentido.  A arquitetura de Veneza não tinha apenas 100 ou 200 anos: ela tinha centenas e centenas de anos.  Ela se lembra da aula de História, em uma de suas muitas escolas, sobre Veneza, sobre algumas de suas igrejas, construídas no século XII. Agora, ela gostaria de ter prestado mais atenção. A Veneza abaixo dela, uma massa de prédios amontoados, não é uma cidade nova.  Mesmo em 1790, a cidade já tinha centenas de anos de idade.

      Caitlin se sente confortada por isso. Ela tinha imaginado que o ano de 1790 seria como um planeta diferente, e ela fica aliviada ao constatar que algumas coisas, na verdade, não tinham mudado tanto. Esta parece ser essencialmente a mesma cidade que ela teria visitado no século XXI. A única diferença que ela pode imediatamente identificar é que seus canais não possuem sequer um barco motorizado, obviamente. Não há lanchas, grandes balsas ou navios. Ao invés disso, os canais estão lotados de enormes barcos à vela, com mastros de muitos metros de altura.

      Caitlin também se surpreende com a quantidade de gente. Ela mergulha mais baixo, apenas alguns metros acima da cidade, e pode ver que mesmo a esta hora, o começo da manhã, as ruas estão lotadas de gente. E os canais absolutamente congestionados pelo tráfego de barcos. Ela está chocada; a cidade é mais movimentada que o Times Square. Ela sempre havia imaginadp que voltar no tempo significaria encontrar menos pessoas, grupos menores – e imagina que estivesse errada a respeito disso, também.

      Ao sobrevoa-la, circulando diversas vezes, o que mais a surpreende, na verdade, é que Veneza não é apenas uma cidade, uma ilha – ela se estende por diversas ilhas, dezenas de ilhas em todas as direções, cada uma com seus próprios prédios, sua pequena cidadezinha. A ilha em que Veneza se encontra claramente possui mais prédios, a maior concentração de pessoas. Mas as dezenas de outras ilhas parecem interligadas, como uma parte vital da cidade.

      A outra coisa que a surpreende é a cor da água: um azul brilhante. É tão clara, tão surreal; o tipo de água que Caitlin esperaria encontrar em algum lugar do Caribe..

      Ao circular sobre as ilhas repetidas vezes, tentando se orientar, descobrir onde pousar, Caitlin se arrepende de nunca tê-la visitado no século XXI. Bem, ao menos ela teria uma oportunidade agora.

      Caitlin também se sente um pouco oprimida. O lugar é tão grande, tão extenso. Ela não faz ideia de onde descer, onde começar a procurar pelas pessoas que pode ter conhecido – se é que elas estavam ali. Ela tinha inocentemente imaginado que Veneza fosse menor, mais pitoresca. Mesmo a esta altura, ela já pode ver que poderia andar pela cidade por dias e não chegar de um lado a outro dela.

      Ela se dá conta de que não teria um lugar em que pudesse descer de maneira imperceptível na ilha central de Veneza. Ela está muito lotada, e Caitlin não poderia se aproximar sem ser vista. Ela não quer chamar a atenção para si, – ela não faz ideia de quantos covens existem lá embaixo, se eram territorialistas ou não; não faz ideia se eles são bons ou ruins, ou se os humanos daqui, como os de Assis, estariam à procura de vampiros, se a caçariam. A última coisa que ela precisa é outro grupo atrás dela.

      Caitlin decide descer no continente, distante da ilha. Ela vê dois grandes barcos, lotados de gente, que parecem estar se dirigindo ao continente, e decide que este seria seu ponto de partida. Ao menos o barco a levaria direto ao coração da cidade.

      Caitlin aterrissa discretamente atrás de um monte de árvores, no continente, não muito longe dos barcos. Ela

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