Uma Justa de Cavaleiros . Морган Райс

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Uma Justa de Cavaleiros  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

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style="font-size:15px;">      "Sim," ele responde. "Nossa conversa foi interrompida ontem e ainda há muito a discutir."

      Ele se vira e faz um gesto para que ela o siga; ambos caminham juntos e seus passos ecoam pela sala à medida que eles a atravessam em silêncio. Gwen olha para cima e, enquanto eles avançam, admira os tetos abobadados e o brasão, troféus, armas e armaduras pendurados nas paredes. Gwen admira a ordem daquele lugar e o orgulho com o qual aqueles cavaleiros enfrentam suas batalhas. Aquele lugar a faz pensar em tudo que havia existido no Anel.

      Eles atravessam a sala e, ao alcançarem o lado oposto e passarem por outro conjunto de portas duplas feitas de madeira espessa, eles chegam até uma sacada enorme, adjacente à sala do trono, com vinte metros de largura e profundidade e cercada por uma balaustrada de mármore.

      Ela segue o Rei até a beirada e, apoiando as mãos no mármore macio, e põe-se a observar a paisagem. A cidade do Cume se desdobra diante dela, pontuada pelos telhados angulosos das antigas casas construídas em diferentes formatos, próximas umas das outras. Aquela é certamente uma cidade que havia crescido ao longo dos anos, aconchegante, íntima e marcada pelo tempo. Com seus picos e pináculos, o lugar parece uma cidade de contos de fadas, sobretudo por causa das águas azuis que brilham sob o sol e, atrás delas, os cumes altíssimos da serra, erguendo-se em círculos em torno da cidade como uma grande barreira de proteção.

      Protegida do mundo exterior, Gwen não é consegue imaginar qualquer mal capaz de atingir aquela cidade.

      O Rei suspira.

      "É difícil imaginar que este lugar esteja morrendo," ele fala. Gwen percebe que eles estão pensando na mesma coisa.

      “É difícil imaginar,” ele continua, “que eu esteja morrendo.”

      Gwen vira na direção do rei e percebe que seus olhos azuis estão cheios de tristeza. Ela sente uma onda de preocupação.

      "Qual é o problema, meu senhor?” ela pergunta. "Certamente, seja o que for, há algo que seus curandeiros possam fazer?”

      Lentamente, ele balança a cabeça.

      "Já me consultei com todos eles," o rei responde. "Os melhores do reino, é claro. Eles não têm uma cura. O câncer está se espalhando pelo meu corpo."

      Ele suspira, olhando para o horizonte, e Gwen é invadida por uma onda de tristeza por causa do rei. Por que será, ela se pergunta, que as pessoas do bem são frequentemente afetadas por uma tragédia, enquanto as pessoas do mal, de alguma forma, conseguem prosperar?

      "Eu não sinto pena de mim mesmo," continua o Rei. "Aceito o meu próprio destino. O que me preocupa não é o meu bem-estar, mas o meu legado. Meus filhos. O meu reino. É só isso que me importa agora. Não posso planejar o meu próprio futuro, mas posso planejar o deles."

      Ele olha para ela.

      "E é por isso que a chamei até aqui."

      Gwendolyn sente por ele e sabe que fará qualquer coisa para ajudá-lo.

      "Por mais que eu esteja disposta," ela responde, "não sei o que posso fazer para ajudá-lo. Você tem o reino inteiro ao seu dispor. O que eu posso lhe oferecer que os outros também não possam?”

      Ele suspira.

      "Compartilhamos os mesmos ideais," ele fala. "Você quer ver o Império destruído, assim como eu. Você sonha com o futuro de sua família e do seu povo, anseia por um lugar seguro, longe das garras do Império, assim como eu. Temos um lugar assim aqui, na proteção do Cume. Mas esse não é um lugar de verdade. Pessoas livres podem ir para onde bem quiserem e isso não é possível aqui. Não estamos vivendo em liberdade aqui, estamos simplesmente nos escondendo. Há uma diferença importante entre essas duas coisas."

      Ele suspira.

      "Obviamente, vivemos em um mundo imperfeito e é possível que este seja o melhor que o nosso mundo tem a oferecer. Mas eu acredito que não."

      Ele fica em silêncio por um longo tempo e Gwen começa a se perguntar onde ele pretende chegar com tudo aquilo.

      "Vivemos nossas vidas com medo, assim como meu pai fez antes de mim," ele finalmente continua, "medo de sermos descobertos, medo que o Império nos encontre aqui no Cume, medo que eles cheguem até aqui e tragam a guerra até nossos lares. E guerreiros não devem viver com medo. Há uma linha tênue entre proteger o seu castelo e ter medo de andar livremente. Um grande guerreiro é capaz de fortificar seus portões e proteger o seu castelo, mas um guerreiro ainda maior pode deixá-los abertos e enfrentar qualquer pessoa que se aproxime."

      Ele olha para ela e Gwen percebe a determinação em seu olhos, sentindo a força que emana dele. Naquele momento, ela percebe por que ele é o Rei.

      "É melhor morrer enfrentando o inimigo com coragem do que esperar em segurança que ele se aproxime de nossos portões."

      Gwen fica atônita.

      "Então você pretende," ela diz, "atacar o Império?”

      Ele a encara e Gwen ainda não consegue compreender sua expressão e o que está passando pela cabeça dele.

      "Sim," ele responde. "Mas essa não é uma decisão muito popular. Da mesma forma que não foi uma decisão popular no tempo dos meus ancestrais, o que explica por que eles nunca agiram. Você vê, a segurança e a abundância costumam acalmar as pessoas, deixando-as relutantes em abrir mão do que possuem. Se eu tivesse começado uma guerra, teria tido o apoio de muitos bravos cavaleiros, mas também teria enfrentado a relutância de muitos cidadãos. E, talvez, até mesmo uma revolução."

      Gwen observa os picos do Cume, cobrindo todo o horizonte, com os olhos de uma Rainha, da estrategista profissional que ela havia se tornado.

      "Parece praticamente impossível que o Império seja capaz de atacá-los," ela responde, "mesmo que eles consigam de alguma forma encontrá-lo. Como eles conseguirão escalar aquelas paredes? Atravessar o lago?”

      Ele coloca as mãos nos quadris e estuda o horizonte ao lado dela.

      "Nós certamente teríamos uma vantagem," ele responde. "Poderíamos matar cem soldados do Império para cada um dos nossos homens. O problema é que eles têm milhões em seu exército e nós temos apenas alguns milhares de homens. Eventualmente, eles venceriam."

      "Você acredita que eles sacrificariam milhões de pessoas para conquistar um canto pequeno do Império?” ela pergunta, sabendo a resposta antes mesmo de terminar de pronunciar as palavras. Afinal, ela havia testemunhado em primeira mão o que eles tinham feito para atacar o Anel.

      "Eles são absolutamente implacáveis quando a questão é a conquista," ele diz. "Eles são capazes de sacrificar qualquer coisa. É assim que eles agem. Eles nunca desistirão. Sei disso com absoluta certeza."

      "Mas como eu posso ajudá-lo, meu Rei?" ela pergunta.

      Ele suspira, observando a paisagem em silêncio por um longo tempo.

      "Eu preciso que você me ajuda a salvar o Cume," ele finalmente responde, olhando para ela com uma expressão de seriedade nos olhos.

      "Mas como?” ela pergunta confusa.

      "Nossas profecias falam da chegada de um forasteiro," ele fala. "De uma mulher. Uma mulher de outro reino, vinda do outro lado do oceano. As profecias dizem que ela salvará o Cume, liderando

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