Uma Justa de Cavaleiros . Морган Райс

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Uma Justa de Cavaleiros  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

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vasculha o horizonte e, quando ela faz isso, Koolian, seu feiticeiro, vestindo um manto preto com capuz, com os olhos verdes brilhantes e seu rosto coberto de verrugas, a criatura que a tinha ajudado a assassinar sua própria mãe e um dos únicos membros de seu círculo mais íntimo em quem ela ainda confia, se aproxima, pondo-se a observar o horizonte junto com ela.

      "Você sabe que eles estão em algum lugar lá fora," ele diz. "Que eles estão vindo atrás de você. Posso senti-los nesse exato momento."

      Ela o ignora e continua olhando para a frente.

      "Eu também," ela finalmente comenta.

      "Os Cavaleiros dos Sete são muito poderosos, Deusa," Koolian fala. "Eles viajam com um exército de feiticeiros, um exército que nem mesmo você é capaz de enfrentar."

      "E não se esqueça dos homens de Romulus," completa Rory. "Há relatos de que eles estão próximos de nossa costa, tendo finalmente retornado do Anel."

      Volúsia não se move e um longo silêncio paira no ar, interrompido apenas pelo uivo do vento.

      Por fim, Rory diz:

      "Não é possível manter o controle desse lugar. Ficar aqui resultará na morte de todos nós. Quais são as suas ordens, Deusa? Devemos abandonar a capital? Devemos nos render?”

      Volúsia finalmente se vira na direção dele e sorri.

      "Temos que comemorar," ela responde.

      "Comemorar?" ele pergunta com surpresa.

      "Sim, vamos comemorar," ela responde. "Faremos isso até o fim. Reforcem os portões da cidade e abram a grande arena. É meu desejo que os cem próximos dias sejam passados com comemorações e jogos. Podemos morrer," ela conclui com um sorriso, "mas faremos isso sorrindo."

      CAPÍTULO SEIS

      Godfrey corre pelas ruas de Volúsia acompanhado de Ario, Merek, Akorth e Fulton, ansioso para alcançar os portões da cidade antes que seja tarde demais. Ele ainda está exultante por ter tido sucesso ao sabotar a arena, envenenando o elefante, encontrando Dray e soltando-o no estádio no momento em que Darius mais havia precisado dele. Graças a ajuda de Godfrey e de Silis, a mulher Finiana, Darius havia vencido; ele tinha salvado a vida de seu amigo, o que o deixa um pouco aliviado da culpa que carrega por ter deixado que Darius caísse em uma armadilha; Obviamente, o papel de Godfrey havia sido executado nos bastidores, onde ele é capaz de dar o seu melhor, e Darius não teria sido o vencedor sem sua própria coragem e habilidade. Ainda assim, Godfrey o tinha ajudado.

      Mas agora, tudo está saindo errado. Após o duelo, Godfrey havia pensado que encontraria Darius no portão da arena quando ele estivesse sendo levado e que poderia libertá-lo. Ele não tinha previsto que Darius seria escoltado pela saída traseira da arena para desfilar pela cidade. Após a vitória de Darius, toda a multidão do Império havia começado a gritar o seu nome e os capatazes do Império haviam se sentido ameaçados por aquela popularidade inesperada. Inadvertidamente, eles haviam criado um herói e, então, decidem levá-lo para fora da cidade antes que uma revolução comece.

      Agora, Godfrey corre com os outros para alcançar Darius antes que ele saia pelos portões da cidade e seja tarde demais. A estrada que leva até a capital é comprida e bem protegida, atravessando o Grande Deserto; quando Darius deixar a cidade, eles não terão como ajudá-lo. Godfrey precisa salvá-lo ou seus esforços terão sido inúteis.

      Respirando com dificuldade, ele corre pelas ruas da cidade seguido por Merek a Ario, que ajudam Akorth e Fulton com suas grandes barrigas abrindo caminho.

      "Não pare de andar!" Merek encoraja Fulton ao mesmo tempo em que o puxa pelo braço. Ario simplesmente dá cotoveladas nas costas de Akorth, fazendo-o gemer e forçando-o a se apressar quando ele diminui o ritmo.

      Godfrey sente o suor escorrendo por seu pescoço enquanto corre e se culpa, mais uma vez, por ter bebido tanta cerveja. Ele pensa em Darius e força suas pernas cansadas a continuarem se movendo, atravessando uma rua após a outra até que, finalmente, eles passam embaixo de um longo arco de pedras e entram na praça central da cidade. Assim que eles fazem isso, os portões da cidade surgem a cem metros deles. Quando Godfrey olha para a frente, seu coração se parte ao ver que os portões estão sendo abertos.

      "NÃO!" ele grita involuntariamente.

      Godfrey entra em pânico ao ver a carroça de Darius, levada por cavalos, protegida por soldados do Império e cercada por barras de ferro como uma jaula sobre rodas, atravessando os portões.

      Ele corre ainda mais rápido, mais veloz do que ele havia pensado ser capaz, desesperado para alcançá-lo.

      "Nós não vamos conseguir," diz Merek, a voz da razão, colocando uma mão no braço dele.

      Mas Godfrey se livra da mão de Merek e continua correndo. Ele sabe que aquela é uma causa perdida, a carroça está longe demais e protegida por muitos guardas, mas ele continua correndo até não ter mais forças para continuar.

      Ele fica ali parado, no meio da praça e segurado por Merek, e coloca as mãos nos joelhos enquanto tenta recuperar o fôlego.

      "Não podemos permitir que ele vá embora!" grita Godfrey.

      Ario balança a cabeça, aproximando-se dele.

      "Ele já se foi," ele fala. "Salve-se. Temos que sobreviver para lutar outro dia."

      "Vamos conseguir salvá-lo de outra forma," completa Merek.

      "Como!?" pergunta Godfrey, em desespero.

      Ninguém sabe a resposta para aquela pergunta enquanto observam os portões de ferro se fechando atrás de Darius.

      Godfrey pode ver a carroça de Darius através das grades dos portões, já bem afastado, dirigindo-se para o deserto e distanciando-se cada vez mais de Volúsia. A nuvem de poeira atrás deles fica cada vez mais intensa, obscurecendo-os, e Godfrey sente seu coração se partir ao pensar que havia decepcionado todas as pessoas que ele conhece e perdido sua última chance de redenção.

      O silêncio que se segue é interrompido pelo latido de um cão selvagem e Godfrey fica surpreso ao ver Dray surgir a partir de um dos becos da cidade, latindo e rosnando como um louco ao mesmo tempo em que corre atrás de seu mestre. Ele também está desesperado para salvar Darius e, ao alcançar os enormes portões da cidade, Dray salta e se joga contra eles, tentando inutilmente abrir caminho com suas presas.

      Godfrey, horrorizado, observa quando os soldados do Império responsáveis pela guarda dos portões veem Dray e fazem um sinal. Um deles saca sua espada e se aproxima do cachorro, claramente se preparando para matá-lo.

      Godfrey não sabe o que acontece em seguida, mas algo de repente toma conta dele. Aquilo tudo é muita injustiça para ele. Se ele não puder salvar Darius, ele deve, ao menos, salvar seu amado cão.

      Godfrey ouve seu próprio grito e sente que está correndo, mas tudo aquilo lhe parece uma experiência extracorpórea. Com uma sensação surreal, ele se vê sacando a sua pequena espada e correndo para cima do guarda desavisado. Quando o homem finalmente se vira, Godfrey se vê enfiando a sua arma no coração do guarda.

      O grande soldado do Império, incrédulo, olha para Godfrey com os olhos arregalados e fica parado no lugar por um instante. Em seguida, ele cai no chão, morto.

      Godfrey ouve um grito e vê os outros dois guardas do Império partindo para cima

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