Uma Justa de Cavaleiros . Морган Райс

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Uma Justa de Cavaleiros  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

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que aquilo tinha sido mais do que apenas um sonho – aquilo tinha sido uma premonição. Guwayne, onde quer que ele esteja, está em perigo. Ele está sendo raptado por alguma força maligna oculta. Ela pode sentir isso.

      Gwendolyn fica em pé, sentindo-se agitada. Mais do que nunca, ela sente urgência em encontrar seu filho e seu marido. Não há nada que ela queira mais do que voltar a vê-lo e segurá-lo em seus braços. Mas ela sabe que isso é impossível.

      Enxugando as lágrimas que escorrem pelo seu rosto, Gwen coloca seu roupão de seda, atravessa o chão frio de pedras de seu quarto e para diante da grande janela arqueada. Ela empurra o painel de vidro e, quando ela faz isso, deixa entrar a suave luz do amanhecer enquanto o dia amanhece lá fora, iluminando a paisagem com tons escarlate. A visão é de tirar o fôlego. Gwen olha para fora, apreciando o Cume, a impecável capital e os imensos campos, colinas e vinhedos que a cercam; aquele é o lugar mais abundante que ela já tinha visto. Além da capital, o azul do lago está iluminado pelo sol da manhã e, além dele, Gwen vê os picos do Cume cobertos de névoa, formando um círculo perfeito que protege o lugar. Aquele lugar parece inatingível.

      Gwen pensa em Thorgrin e em Guwayne, perdidos em algum lugar além daqueles picos. Onde eles podem estar? Ela voltará a vê-los algum dia?

      Gwen vai até a cisterna, lava o rosto e rapidamente se veste. Ela sabe que não encontrará Thorgrin e Guwayne sentada ali naquele quarto e, mais do que nunca, sente que é isso que ela deve fazer. Se há alguém que pode ajudá-la, essa pessoa é o Rei. Ele deve saber o que fazer.

      Gwen recorda a conversa que tinha tido com ele ao caminharem pelo Cume para assistir a partida de Kendrick e se lembra dos segredos que ele havia revelado. Sua morte. A morte do Cume. Há mais segredos, mais informações que ele havia pretendido revelar-lhe, mas eles tinham sido interrompidos. Seus conselheiros o tinham levado para tratar de assuntos urgentes e, ao se afastar, o Rei havia prometido contar-lhe mais coisas e pedir-lhe um favor. O que pode ser esse favor? Ela se pergunta. O que ele quer que ela faça?

      O Rei havia pedido que ela se encontrasse com ele na sala do trono ao amanhecer e Gwen se apressa em vestir-se, sabendo que já está um pouco atrasada. Seus sonhos a tinham deixado grogue.

      Ao atravessar o quarto, Gwen sente uma pontada de fome, ainda afetada pela travessia do Grande Deserto, olha para a mesa de iguarias que haviam sido servidas para ela – pães, frutas, queijos e pudins – e rapidamente pega algumas coisas, comendo enquanto caminha. Ela pega mais do que realmente precisa e, enquanto avança, estica o braço e oferece metade de sua comida para Krohn, que geme ao seu lado, pegando a comida das mãos dela, ansioso para acompanhá-la. Ela se sente grata por toda aquela comida, abrigo e conforto, tendo a sensação de estar de volta ao Anel, no castelo da Corte do Rei onde havia passado a sua infância.

      Guardas ficam a postos quando Gwen sai dos seus aposentos, empurrando a pesada porta de carvalho. Ela passa por eles, caminhando pelos corredores de pedra do castelo, ainda iluminados pelas tochas que tinham sido acesas na noite anterior.

      Ela alcança o final do corredor e sobe uma escada em espiral feita de pedras, seguida por Krohn, até chegar ao andar superior, onde fica a sala do trono do Rei, já se sentindo familiarizada com o lugar. Ela atravessa outro corredor e está prestes a passar por uma abertura na parede pedras quando sente um movimento pelo canto do olho. Gwen se assusta, surpresa ao ver uma pessoa parada no meio das sombras.

      "Gwendolyn?" ele diz com uma voz suave e forçada, emergindo das sombras com um sorriso presunçoso nos lábios.

      Gwendolyn, surpresa, pisca os olhos e precisa de um tempo para reconhecê-lo. Ela havia conhecido tantas pessoas nos últimos dias, que suas lembranças estão confusas.

      Mas aquele é um rosto que ela não teria sido capaz de esquecer. Afinal, ele é o filho do rei, o outro gêmeo, que havia se pronunciado contra ela durante o banquete.

      "Você é o filho do Rei," ela diz, pensando em voz alta. "O terceiro mais velho."

      Ele sorri, uma expressão astuta da qual Gwen não gosta, e dá um passo adiante.

      "O segundo mais velho, na verdade," ele a corrige. "Somos gêmeos, mas eu nasci primeiro."

      Gwen o observa quando ele dá mais um passo adiante e percebe que ele está impecável, com a barba feita, os cabelos penteados, usando perfumes e óleos e vestindo as roupas mais finas que ela já tinha visto. Ele exibe uma expressão presunçosa, exalando arrogância e vaidade.

      "Eu prefiro não ser considerado apenas um dos gêmeos," ele continua. "Sou um homem independente. Meu nome é Mardig. Ter um irmão gêmeo é apenas um detalhe do destino, algo que eu não pude controlar. O destino, diga-se de passagem, da coroa," ele conclui filosoficamente.

      Gwen não gosta de estar na presença dele, ainda afetada pelo tratamento que havia recebido dele na noite anterior, e sente Krohn tenso ao seu lado quando os pelos do pescoço dele ficam eriçados. Ela está impaciente para saber o que ele deseja.

      "Você tem o costume de se esconder nas sombras desses corredores?" ela pergunta.

      Mardig sorri ao dar mais um passo adiante, chegando perto demais dela.

      "Esse é o meu castelo, afinal," ele responde territorialmente. "Costumo andar por aí."

      “Seu castelo?” Ela pergunta. "E não o castelo do seu pai?"

      Sua expressão se torna mais sombria.

      "Tudo no seu devido tempo," ele responde enigmaticamente, dando mais um passo adiante.

      Involuntariamente, Gwendolyn dá um passo para trás, incomodada com a presença dele. Krohn começa a rosnar.

      Mardig olha para Krohn com desdém.

      "Você sabia que animais não dormem em nosso castelo?" ele comenta.

      Gwen faz uma careta, sentindo-se irritada.

      "Seu pai não me pareceu incomodado."

      "Meu pai não faz cumprir as regras," ele responde. "Eu faço questão disso. E a guarda noturna está sob o meu comando."

      Gwen fica frustrada.

      "É por isso que você está aqui?" ela pergunta. "Para fazer o controle de animais?"

      Ele também faz uma careta, percebendo, talvez, que havia encontrado alguém a sua altura. Ele a encara, olhando dentro dos olhos dela como se a estivesse avaliando.

      "Não há uma única mulher em todo o Cume que não me deseje," ele declara. "Entretanto, não vejo paixão em seu olhar."

      Gwen fica boquiaberta e horrorizada, finalmente percebendo o motivo de tudo aquilo.

      “Paixão?” Ela repete, estupefata. "E por que eu sentiria isso? Sou casada e o amor da minha vida voltará em breve para o meu lado."

      Mardig cai na gargalhada.

      "É mesmo?" ele pergunta. "Pelo que ouvi, ele já morreu há muito tempo. Ou está tão perdido, que jamais conseguirá voltar até você."

      O rosto de Gwendolyn se contorce à medida que sua raiva se acumula.

      "E mesmo que ele jamais retorne," ela fala, "eu jamais amarei outra pessoa. E muito menos você."

      Sua expressão se torna mais sombria.

      Ela se

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