Esquecidas . Блейк Пирс
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Os alunos ficaram surpreendidos.
“Agora vamos ver o Maberly Inn,” Disse Riley.
Surgiram mais fotos. O motel parecia tão sujo como Lucy o havia imaginado – não muito antigo, mas ainda assim em mau estado.
Riley riu-se um pouco.
“Parece não coincidir bem com aquilo que imaginaram,” Disse ela.
A turma riu nervosamente em concordância.
“Porque é que visualizaram as cenas como as visualizaram?” Perguntou Riley.
Solicitou a uma jovem com a mão no ar para falar.
“Bem, disse-nos que o assassino abordara primeiro a vítima num bar,” Disse ela. “Isso aponta para ‘bar de solteiros’ na minha opinião. Um bocado foleiro, mas tentando parecer ter classe. Não imaginei um lugar do tipo classe trabalhadora.”
Outro aluno disse, “Com o motel a mesma coisa. O assassino não a levaria para um lugar agradável, nem que fosse só com o intuito de a enganar?”
Lucy agora sorria amplamente.
Agora percebo, Pensou.
Riley reparou no seu sorriso e devolveu-lho.
Disse, “Agente Vargas, onde é que tantos de nós se enganaram?”
Lucy disse, “Todos se esqueceram ter em consideração a idade da vítima. Tilda Steen tinha apenas vinte anos. As mulheres que frequentam bares de solteiros são geralmente mais velhas, rondam os trintas ou a meia idade, muitas vezes divorciadas. Por isso é que visualizaram o bar de forma errada.”
Riley concordou.
“Continue,” Disse ela.
Lucy pensou por um momento.
“Disse que ela vinha de uma família de classe média de uma pequena cidade. A julgar pelas fotos que nos mostrou anteriormente, ela era atraente e duvido que tivesse dificuldades amorosas. Então porque é que ela se deixou engatar num lugar como o Salão Patom? A minha hipótese é que estava aborrecida. Ela foi deliberadamente para um lugar que podia ser um pouco perigoso.”
E encontrou mais perigo do que aquele que procurava, Pensou Lucy.
“O que podemos todos aprender do que acabou de acontecer?” Perguntou Riley à turma.
Um aluno levantou a mão e disse, “Quando estamos a reconstruir um crime mentalmente, temos que nos assegurar que enquadramos toda a informação que temos em nossa posse. Não devemos deixar nada de fora.”
Riley parecia agradada.
“Exato,” Disse ela. “Um detetive tem que possuir uma imaginação vívida, tem que conseguir entrar na mente do assassino. Mas isso é complicado. Ao descurar um simples detalhe, pode perder-se. Pode fazer a diferença entre resolver o caso e não o resolver.”
Riley calou-se por momentos e depois acrescentou, “E este caso nunca foi resolvido. Se alguma vez irá ser… bem, duvido. Passados vinte e cinco anos, é difícil apanhar-lhe novamente o rasto. Um homem matou três jovens – e são grandes as probabilidades de ainda andar por aí.”
Riley deixou as suas palavras embrenharem-se na audiência durante alguns instantes.
“É tudo por hoje,” Disse por fim. “Sabem o que devem ler para a próxima aula.”
Os alunos saíram da sala. Lucy decidiu ficar durante mais um bocado para conversar com a sua mentora.
Riley sorriu-lhe e disse, “Fizeste um excelente trabalho de detetive ainda há pouco.”
“Obrigada,” Disse Lucy.
Ficou feliz. Todo e qualquer elogio vindo de Riley Paige significava muito para ela.
Depois Riley disse, “Mas agora quero que tentes uma coisa um pouco mais avançada. Fecha os olhos.”
Lucy fechou-os. Em voz baixa e calma, Riley deu-lhe mais detalhes.
“Depois de matar Tilda Steen, o assassino enterrou-a numa campa rasa. Consegue descrever-me como é que isso aconteceu?”
Como fizera durante o exercício, Lucy tentara entrar na mente do assassino.
“Ele deixou o corpo na cama, depois saiu do quarto do motel,” Disse Lucy em voz alta. “Olhou cuidadosamente à sua volta. Não viu ninguém. Então levou o corpo para o seu carro e colocou-o no banco de trás. Depois conduziu até uma área florestal. Um lugar que conhecia bem, mas não muito próximo da cena do crime.”
“Continua,” Disse Riley.
Com os olhos ainda fechados, Lucy conseguia sentir a frieza metódica do assassino.
“Parou o carro onde não o poderiam ver. Depois tirou uma pá da bagageira.”
Lucy sentiu dificuldades por um momento.
Era noite por isso, como é que o assassino vaguearia pelo bosque?
Não seria fácil transportar uma lanterna, uma pá e um corpo.
“Era noite de luar?” Perguntou Lucy.
“Era,” Disse Riley.
Lucy sentiu-se encorajada.
“Ele apanhou na pá com uma mão e pendurou o corpo no ombro com a outra. Começou a percorrer o bosque. Caminhou até encontrar um lugar distante que sabia não ser frequentado por ninguém.”
“Um lugar distante?” Perguntou Riley, interrompendo a recriação de Lucy.
“Definitivamente,” Disse Lucy.
“Abra os olhos.”
Lucy abriu-os. Riley estava a arrumar a sua pasta para se ir embora.
Disse, “Na verdade o assassino levou o corpo para o bosque do outro lado da autoestrada perto do motel. Só carregou o corpo de Tilda durante alguns metros. Podia ter visto luzes vindas da autoestrada e provavelmente usou a luz de um candeeiro de rua para enterrar Tilda. E enterrou-a de forma descuidada, cobrindo-a mais com pedras do que com terra. Um ciclista que ia a passar reparou no cheiro uns dias mais tarde e chamou a polícia. O corpo foi fácil de encontrar.”
Lucy ficou surpreendida com este desfecho.
“Porque é que não se deu a mais trabalho para esconder o crime?” Perguntou. “Não percebo.”
Fechando a sua pasta, Riley franziu o sobrolho pesarosamente.
“Eu também não,” Disse ela. “Ninguém sabe.”
Riley