A corda do Diabo . Блейк Пирс
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Читать онлайн книгу A corda do Diabo - Блейк Пирс страница 3
- Se você quer devolver algo, desculpe, mas vai ter que voltar amanhã.
O homem com o rosto machucado murmurou:
- Não, mas...
Então ele riu em silêncio, ainda olhando para ela. Hope não conseguiu manter contato visual com ele. E, de certa maneira, sentiu que ele percebeu.
A julgar por seu sorriso, ele parecia estar até gostando.
Hope arrepiou-se ao pensar que ele poderia sentir prazer ao provocar desconforto em outras pessoas.
Então, o homem disse um pouco mais alto e claro:
- Venha ver.
Ele apontou para sua picape velha, que estava estacionada próxima à calçada, ali perto. Depois, virou-se e começou a caminhar em direção ao veículo. Hope ficou parada ali por um momento. Ela não queria segui-lo, e sabia que não tinha motivos para isso.
Seja o que for, pode esperar até amanhã.
Mas ela não conseguiu simplesmente se virar e ir embora.
Novamente, estava com medo de ser rude com ele.
Caminhou atrás dele até os fundos da picape. O homem abriu a tampa do veículo e ela pode ver um emaranhado de arame farpado por toda a carroceria.
De repente, ele a agarrou por trás e colocou um trapo molhado em seu rosto.
Hope tentou escapar, mas ele era mais alto e mais forte do que ela.
Ela não pode sequer livrar sua boca para gritar. Estava encharcada com um líquido espesso, que cheirava forte e tinha um gosto ligeiramente doce.
Então, uma estranha sensação tomou conta dela.
Tontura e euforia, como se tivesse usado algum tipo de droga.
Por alguns segundos, aquela euforia fez com que fosse difícil para Hope entender que ela estava em perigo. Depois, ela tentou lutar novamente, mas sentiu-se cada vez mais fraca.
Seja lá o que aquele homem quisesse fazer, ela já não conseguia lutar contra ele.
Sentindo-se quase que fora de seu próprio corpo, Hope percebeu o homem colocando-a na carroceria da picape, no emaranhado de arame farpado. Ele seguia segurando o trapo em seu rosto, e ela não conseguia parar de respirar o líquido espesso.
Hope Nelson mal pode sentir a dor em seu corpo e perdeu a consciência pouco a pouco.
CAPÍTULO UM
Preparando-se para assar dois bifes, Riley Sweeney pensou mais uma vez:
Quero que essa noite seja especial.
Ela e seu noivo, Ryan Paige, andavam ocupados demais para se divertir nos últimos tempos. O cansativo cronograma de Riley no Programa de Estágio de Honra do FBI e o novo trabalho de Ryan como advogado iniciante estavam tomando todo seu tempo e energia. Ryan estava trabalhando há muitas horas inclusive naquele dia—um sábado.
O aniversário de vinte e dois anos de Riley havia sido quase duas semanas antes, e simplesmente eles não tiveram tempo para comemorar. Ryan a presenteara com um lindo colar, e só—não houve festa, nem jantar, nem bolo. Ela esperava que o jantar especial daquela noite fosse uma compensação.
Além disso, aquele era o único momento possível para um bom jantar, até onde ela sabia. Um dia antes, Riley havia completado seu estágio com sucesso. No dia seguinte, ela iria para a Academia do FBI em Quantico, Virginia. Ryan ficaria em Washington. Ainda que a distância entre as duas cidades fosse de apenas uma hora de carro ou trem, os dois teriam muito trabalho pela frente. Ela não sabia quando teria outros momentos como aquele com Ryan novamente.
Seguindo detalhadamente a receita, Riley terminou de temperar dois bifes com sal, pimenta, cebola, polvilho, mostarda, orégano e tomilho. Depois, olhou em volta da cozinha e para todo seu trabalho. Ela havia feito uma linda salada, cortado cogumelos, prontos para assar junto com a carne, e duas batatas já estavam assando no forno. Na geladeira, um cheesecake comprado, pronto para a sobremesa.
A pequena mesa da cozinha estava quase toda arrumada, inclusive com um vaso cheio de flores que ela havia comprado na mercearia. Uma garrafa de um vinho tinto, nada caro, mas muito bom, esperava para ser aberta.
Riley olhou seu relógio. Ryan havia dito que chegaria em casa por volta daquele horário, e ela esperava que ele não se atrasasse. Não queria assar a carne antes que ele chegasse.
Enquanto esperava, não conseguiu lembrar de nada mais que precisasse ser feito naquele momento. Havia passado o dia inteiro lavando roupa, limpando seu pequeno apartamento, comprando e preparando a comida—tarefas domésticas para as quais raramente tinha tempo, desde que ela e Ryan haviam ido morar juntos, no começo do verão. Ela até gostava daquelas tarefas, bem diferentes de seu tempo na faculdade.
Mesmo assim, não podia deixar de se perguntar...
É assim que vai ser a vida de casada?
Se alcançasse a meta de se tornar uma agente do FBI, ela passaria mesmo dias inteiros deixando tudo perfeito para quando Ryan chegasse do trabalho? Não parecia muito provável.
Mas naquele momento, Riley tinha dificuldades em imaginar aquele futuro—ou qualquer outro futuro específico.
Ela jogou-se no sofá.
Fechou os olhos e percebeu que estava muito cansada.
Nós dois precisamos é de férias, pensou.
Mas tirar férias não era algo que aconteceria em um futuro próximo.
Sentiu-se um pouco sonolenta e quase cochilou, quando uma memória invadiu sua mente a força...
Ela estava amarrada nas mãos e nos pés, por um louco com uma fantasia e maquiagem de palhaço.
Ele segurava um espelho na cara dela e dizia...
“Tudo pronto. Veja!”
Ela viu que ele havia passado maquiagem no rosto dela e que, agora, ela parecia um palhaço também.
Então ele colocou uma seringa na frente dela. Ela sabia que se ele injetasse aquele conteúdo mortal, ela morreria de puro terror...
Os olhos de Riley abriram-se de repente ela olhou por tudo em volta.
Fazia apenas alguns meses que ela havia escapado das mãos de um criminoso famoso conhecido por “Palhaço Assassino”. Ainda tinha pesadelos com o episódio.
Ao tentar tirá-lo de sua memória, escutou alguém descendo os degraus do prédio até o corredor do subsolo.
Ryan! Ele chegou!
Riley pulou do sofá e olhou o forno para ter certeza de que estava na temperatura mais alta. Depois, apagou as luzes do apartamento