Atraídas . Блейк Пирс

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Atraídas  - Блейк Пирс Um Mistério de Riley Paige

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A cidade já estaria a dormir há muito. A praça era delimitada por passeios pelo que, dessa forma, o assassino não deixara pegadas.

      A polícia local tinha vedado a praça e mantinha os curiosos à distância. Mas Riley conseguia ver que alguns elementos da imprensa estavam reunidos junto às fitas amarelas que delimitavam o local onde o corpo havia sido encontrado.

      Riley estava preocupada. Até àquele momento, a imprensa ainda não tinha feito a ligação entre os dois homicídios anteriores e o desaparecimento de Meara Keagan. Mas com este novo crime, o mais certo era alguém conseguir fazer essa ligação. O grande público saberia mais tarde ou mais cedo. E depois a investigação seria bem mais dificultosa.

      Próximo deles estava o Chefe da polícia de Redditch, Aaron Pomeroy.

      “Como e quando é que foi encontrado o corpo?” Perguntou-lhe Riley.

      “Temos um varredor de rua que começa a trabalhar antes da alvorada. Foi ele que a encontrou.”

      Pomeroy parecia estar muito abalado. Era um homem envelhecido e com excesso de peso. Riley pensou que mesmo numa pequena cidade como aquela, o mais provável era que um polícia da sua idade já tivesse lidado com um ou dois casos de homicídio. Mas talvez nunca tivesse lidado com nada tão perturbador.

      A Agente Lucy Vargas ajoelhou-se junto ao cadáver e observou-o com atenção.

      “O nosso assassino é alguém tremendamente confiante,” Disse Lucy.

      “Como chegaste a essa conclusão?” Perguntou Riley.

      “Bem, ele está a exibir os corpos,” Disse Lucy. “Metta Lunoe foi encontrada num campo aberto, Valerie Bruner ao lado de uma estrada. Apenas cerca de metade dos assassinos em série transportam as suas vítimas para fora dos locais onde o crime é perpetrado. Dos que o fazem, cerca de metade esconde-as. E a maior parte dos corpos que são deixados à vista são despejados. Este tipo de apresentação sugere que ele é bastante convencido.”

      Riley ficou satisfeita pelo facto de Lucy ter estado atenta nas aulas. Mas sem saber bem porquê, julgava, por seu lado, que o objetivo deste assassino não estava minimamente relacionado com exibição de habilidades. Ele não estava a exibir-se ou a provocar as autoridades. O objetivo dele era outro e Riley ainda estava às cegas.

      Contudo, tinha a certeza que estava relacionado com a forma como o corpo estava deitado. Era tão estranho como propositado. O braço esquerdo da rapariga estava esticado bem acima da cabeça. O braço direito também estava esticado mas colocado de um lado do corpo. Mesmo a cabeça, com o seu pescoço partido, tinha sido endireitada para ficar alinhada tão bem quanto possível com o resto do corpo.

      Riley pensou nas fotos que vira das outras vítimas. Reparou que Lucy trazia consigo um tablet.

      Pediu-lhe, “Lucy, podes mostrar-me as fotos dos outros cadáveres?”

      Lucy demorou apenas alguns segundos a mostrá-las. Riley e Bill rodearam Lucy para ver as duas fotos.

      Bill apontou e disse, “O corpo de Meta Lunoe estava exatamente como este. Braço esquerdo levantado, braço direito ao lado do corpo. O braço direito de Valerie Bruner estava levantado mas o braço esquerdo estava ao longo do corpo apontando para baixo.”

      Riley abaixou-se, pegou no pulso do cadáver e tentou movê-lo. Todo o braço estava imóvel. O rigor mortis já se tinha instalado em pleno. Era necessário um médico-legista para determinar a hora exata da morte, embora Riley tivesse a certeza de que esta rapariga estava morta há pelo menos nove horas. E tal como as outras raparigas, tinha sido levada para aquele local pouco depois de ter sido morta.

      Quanto mais Riley olhava, mais algo a incomodava. O assassino dera-se a tanto trabalho para dispor o corpo. Tinha carregado o corpo pela praça, subido seis degraus e tinha-o manipulado meticulosamente. Ainda assim, a sua posição final, parecia não fazer sentido.

      O corpo não estava alinhado com nenhuma das paredes do mirante. Não estava alinhado com a abertura do mirante ou com o tribunal ou com o que quer que fosse que Riley estivesse a ver. Parecia estar colocado num ângulo casual.

      Mas este tipo não faz nada de forma casual, Pensou.

      Riley pressentiu que o assassino estava a tentar comunicar alguma coisa, mas não fazia a mínima ideia do que poderia ser.

      “O que te parecem as poses?” Perguntou Riley a Lucy.

      “Não sei,” Disse Lucy. “Não há muitos assassinos que disponham os corpos. É estranho.”

      Ainda está mesmo muito verde, Fez questão de se recordar Riley.

      Lucy parecia ainda não ter abarcado o facto de que eles eram precisamente chamados a resolver os casos mais estranhos. Era essa a sua rotina. Para agentes experientes como Riley e Bill, as coisas estranhas já se tinham há muito tornado parte da sua normalidade profissional.

      Riley disse, “Lucy, vamos observar o mapa.”

      Lucy mostrou o mapa onde era possível visionar os locais onde os outros dois corpos tinham sido encontrados.

      “Os corpos foram colocados numa área bastante restrita,” Disse Lucy, apontando novamente. “Valerie Bruner foi encontrada a menos de dezasseis quilómetros do local onde Metta Lunoe foi descoberta. E esta está a menos de dezasseis quilómetros do local onde Valerie Bruner foi encontrada.”

      Riley sabia que Lucy estava certa. No entanto, Meara Keagan tinha desaparecido a alguns quilómetros para norte em Westree.

      “Alguém vê alguma ligação entre os locais?” Perguntou Riley a Bill e a Lucy.

      “Nem por isso,” Disse Lucy. “O corpo de Metta Lunoe estava num campo à saída de Mowbray. O de Valerie Bruner na berma de uma autoestrada. E agora este está no meio de uma pequena cidade. Quase parece que o assassino está à procura de lugares que não têm nada em comum.”

      Naquele preciso momento, Riley ouviu alguém a gritar no meio dos curiosos.

      “Eu sei quem a matou! Eu sei quem a matou!”

      Riley, Bill e Lucy viraram-se. Um homem jovem acenava e gritava para lá da fita amarela da área reservada às equipas de investigação.

      “Eu sei quem a matou!” Gritou o homem novamente.

      CAPÍTULO OITO

      Riley olhou atentamente para o homem que gritava. Apercebeu-se que várias pessoas à sua volta faziam gestos de concordância com a cabeça.

      “Eu sei quem a matou! Todos nós sabemos quem a matou!”

      “O Josh tem razão,” Disse uma mulher que se encontrava ao seu lado. “Só pode ter sido o Dennis.”

      “Ele é estranho,” Disse outro homem. “Aquele tipo foi sempre uma bomba relógio.”

      Bill e Lucy apressaram-se para o local onde o homem gritava, mas Riley permaneceu imóvel. Chamou um dos polícias que se encontravam fora da zona restrita.

      “Traga-mo cá,” Disse, apontando na direção do homem que gritava.

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