Obcecada . Морган Райс

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Obcecada  - Морган Райс Memórias de um Vampiro

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Ela se sentia invencível.

      Não era apenas o poder. Havia algo mais se acumulando dentro dela. Raiva. Fúria. O desejo de causar dor. O desejo de vingança.

      Ela queria fazer Joe sofrer pelo que ele tinha feito com ela. Ela queria fazê-lo sofrer o tanto que ela estava sofrendo.

      Ela tinha apenas começado a caminhar em direção à mansão, determinada a juntar as peças e encontrá-lo, quando as portas do pátio se abriram. Ela parou assim que sua mãe, usando seus chinelos rosa de pompom, roupão de seda e óculos de sol Prada, a encarou. Era típico de que sua mãe usar óculos de sol mesmo quando estava escuro. Seu cabelo estava em rolos, um sinal de que ela estava se preparando para sair, provavelmente para uma de suas funções estúpidas na sociedade.

      Ao olhar para sua mãe, a recente raiva de Vivian começou a borbulhar até o limite. Ela apertou as mãos em punhos.

      "O que você está fazendo aqui fora?" sua mãe gritou, usando uma voz crítica e estridente que deixou os nervos de Vivian à flor da pele. "Você deveria estar se preparando para a festa dos Sandersons!" Ela fez uma pausa quando Vivian deu um passo para a luz. "Meu Deus do céu, parece que você está morta! Venha para dentro rapidamente para que eu possa ajeitar o seu cabelo.”

      O longo cabelo loiro de Vivian já fora seu orgulho e alegria, fonte de inveja entre seus colegas de escola e um poderoso ímã para meninos bonitos - mas, agora, Vivian não conseguia se importar menos com sua aparência. Tudo em que ela podia pensar eram as novas sensações ricocheteando através de seu corpo, a fome que corroía a boca do seu estômago e o desejo de matar que pulsava em suas veias.

      "Venha!" sua mãe chamou rispidamente, fazendo com que os rolos em sua cabeça balançassem. "O que você está esperando aí?"

      Vivian sentiu um sorriso se formar no canto da boca. Ela deu mais um passo lento em direção à mãe. Quando ela falou, sua voz era fria e sem emoção.

      "Eu não vou para a festa dos Sandersons."

      Sua mãe a encarar, seu olhar estava cheio de ódio.

      "Não vai?" Ela berrou. "Isso não é uma opção, mocinha. Este é um dos eventos mais importantes no calendário deste ano. Se você não for, todos os tipos de rumores vão começar a espalhar. Agora se apresse, temos apenas uma hora antes que o carro chegue. E olhe para as suas unhas! Parece que você esteve rastejando na sujeira!"

      Ela lhe lançou um olhar de incredulidade misturado com descrença e vergonha.

      A raiva de Vivian só aprofundou. Ela pensou na forma em que sua mãe a tratara durante toda a sua vida, sempre colocando suas premiadas funções da sociedade em primeiro lugar, só se preocupava se Vivian se encaixava na imagem perfeita que ela queria projetar para todo mundo. Ela odiava essa mulher, mais do que conseguia expressar.

      "Eu não vou para a festa os Sandersons," Vivian rosnou, se aproximando.

      Ela então percebeu que havia uma palavra para o que ela estava fazendo: cercando. Era o que grupos de animais faziam na natureza quando se aproximam de suas presas. Uma ansiedade de antecipação a percorreu enquanto observava a mudança de expressão de sua mãe passar de frustração para medo.

      "Eu não vou para a festa dos Sandersons," Vivian repetiu "ou dos Johnsons, dos Gilbertons, dos Smythes. Eu não vou mais para nenhuma festa."

      O olhar nos olhos de sua mãe era algo que Vivian não queria nunca esquecer.

      "O que deu em você?" ela questionou, desta vez, com um tremor nervoso em sua voz.

      Vivian se aproximou. Ela lambeu os lábios e estalou pescoço.

      Sua mãe recuou, horrorizada.

      "Vivian...," ela começou.

      Mas ela não teve a chance de terminar.

      Vivian atacou, mostrando os dentes e estendendo as mãos. Ela pegou sua mãe, forçou a cabeça dela para trás e afundou os dentes em seu pescoço. Seus óculos de sol Prada voaram para o chão e ela os esmagou sob seus pés.

      O coração de Vivian acelerou quando o gosto metálico de sangue invadiu sua boca. E, quando sua mãe caiu molemente em seus braços, Vivian sentiu uma enorme sensação de triunfo.

      Ela a soltou e o corpo sem vida de sua mãe caiu no chão, não era nada mais que um monte de membros torcidos e roupas de grife. Seus olhos mortos olhavam diretamente para Vivian, sem enxergar. Vivian olhou para baixo e lambeu o sangue de seus lábios.

      "Adeus, mãe," disse ela.

      Ela se virou e correu pelo jardim sombrio, correndo cada vez mais rápido, a próxima coisa que ela sabia era que ela estava voando, para o ar da noite, sobre sua propriedade imaculada, adentrando a fria noite. Ela iria encontrar o homem que fizera isso com ela e iria despedaçá-lo membro a membro.

      CAPÍTULO QUATRO

      A lua cheia brilhava acima de Kyle, fazendo com que as árvores que ladeavam a rua suburbana de Vivian parecessem com silhuetas de esqueletos. Ele lambeu o sangue seco de seus lábios, saboreando seu delicioso assassinato, recordando a expressão de medo e terror de Vivian. Isto o sustentou. Ela iria, ele resolveu, ser a primeira de muitos, a primeira vítima no exército de vampiros que ele estava prestes a construir.

      O colégio. Lá seria o próximo lugar. Ele tinha um desejo ardente de encontrar a menina que o tinha transformado - Scarlet. Talvez ela estivesse lá - ou alguém que soubesse onde ela estava.

      Se não, tudo bem de qualquer forma - haveria uma fonte infinita de crianças e jovens se transformando. Desde o seu banquete com Vivian, ele tinha começado a apreciar o sabor dos adolescentes e ela gostava da ideia de ter um pequeno exército obediente seguindo-o por aí. Mais do que isso, ele gostava da ideia de causar estragos naquela cidade - e no mundo.

      Kyle começou a correr pela calçada, então ele parou de repente e riu para si mesmo. Lembrou-se de que era um vampiro agora, com força e habilidade acima do sonho de qualquer ser humano - e, mais importante, tinha a capacidade de voar. Era a única coisa que ele ainda não tinha tentado totalmente. E agora ele queria sentir tudo, sentir tudo plenamente. Ele queria subir para o céu e olhar para aquelas formigas insignificantes que viviam suas monótonas vidas abaixo dele. Ele queria mergulhar no ar e caçá-los como uma águia escolhendo sua presa.

      Ele sorriu para si mesmo ao dar dois grandes passos e se levantar para o ar.

      Foi emocionante. O vento passava correndo por ele, despenteando seu cabelo enquanto ele voava mais e mais alto no céu. Abaixo dele, ele podia ver as pequenas luzes cintilantes da cidade. Ele pensou em todas as pessoas em suas casas, ignorantes ao inferno que ele estava prestes a desencadear. Ele riu para si mesmo, imaginando o caos que criaria em breve. Nada lhe daria mais alegria do que arruinar todas aquelas vidas.

      Logo Kyle viu o colégio ao longe, muito abaixo. A polícia tinha montado um bloqueio em torno de uma grande área do bairro, incluindo cada estrada que levava para a escola. Cada rota tinha filas de carros de polícia.

      Idiotas, Kyle pensou ao voar bem acima deles, despercebido.

      Eles estavam sendo ignorantes. Claramente, a ideia de um assassino vampiro à solta era demais para os seus pequenos cérebros processarem, então

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