Para Todo o Sempre . Sophie Love
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Читать онлайн книгу Para Todo o Sempre - Sophie Love страница 5
Emily sorriu. “Eu lhe disse para não olhar!” ela repreendeu Daniel enquanto Trevor caminhava até eles.
“Sabe, existe uma lei não-escrita”, Daniel sussurrou de volta, “que diz que se você diz 'não olhe agora' para alguém, a pessoa vai olhar”.
Era tarde demais para escapar. Trevor Mann já havia chegado até eles, emergindo da multidão como uma terrível besta bigoduda.
“Ah, não”, Emily disse, gemendo.
“Emily”, Trevor disse, com uma voz de falsete, “vocês não se esqueceram daqueles impostos atrasados que devem pela casa, não? Porque eu, certamente, não esqueci”.
“O prefeito prorrogou o prazo”, Emily replicou. “Você estava na reunião, Trevor, fico surpresa por não ter ouvido”.
“Não ligo para o que o prefeito disse, não depende dele. Depende do banco. E entrei em contato com eles para contar sobre sua ocupação ilegal da casa e do negócio ilegal que está operando nela agora”.
“Você é um idiota”, Daniel disse, endireitando os ombros para proteger Emily.
“Deixe para lá”, ela disse, descansando a mão no seu braço. A última coisa de que precisava agora era que Daniel perdesse a cabeça.
Trevor sorriu. “A prorrogação do prefeito Hansen não vai durar para sempre e com certeza não se sustenta legalmente. E farei tudo em meu poder para garantir que sua pousada afunde e nunca mais volte à superfície”.
CAPÍTULO TRÊS
Emily observou Trevor se afastar em meio à turba de gente.
Assim que sumiu de vista, Daniel se voltou para Emily, com uma expressão preocupada. “Você está bem?”
Emily não aguentou. Afundou em seu peito largo, pressionando o rosto na camiseta dele. “O que vou fazer?” falou, angustiada. “Os impostos vão arruinar minha pousada antes mesmo de começar”.
“De jeito nenhum”, Daniel disse. “Não vou deixar isso acontecer. Trevor Mann nunca demonstrou nenhum interesse em sua propriedade até você aparecer e transformar a casa em algo desejável. Ele está apenas com inveja do quanto sua casa está melhor que a dele”.
Emily tentou rir com a piada, mas só conseguiu dar um riso fraco. A ideia de deixar Daniel e voltar para Nova York como um fracasso pesava muito em sua mente.
“Mas ele está certo”, Emily disse. “Esta pousada nunca vai dar certo”.
“Não fale assim”, Daniel disse. “Vai ficar tudo bem. Eu acredito em você”.
“Acredita?” Emily disse. “Porque eu mesma quase não acredito em mim”.
“Bem, talvez agora seja a hora de começar”.
Emily olhou nos olhos de Daniel. Sua expressão sincera a fez sentir como se realmente pudesse fazer isso.
“Ei”, Daniel disse, seus olhos subitamente brilhando, como os de uma criança levada. “Quero lhe mostrar algo”.
Daniel não parecia desencorajado pela tristeza dela. Pegou sua mão e a puxou pela multidão, indo na direção da marina. Juntos, foram até as docas.
“Tcha-ran!” exclamou, apontando para o barco lindamente restaurado balançando na água.
A última vez que Emily havia visto o barco, quase não estava em condições de navegar. Agora, brilhava como novo.
“Não posso acreditar”, murmurou. “Você consertou?”
Daniel assentiu. “Sim. Custou muito suor e trabalho”.
“Imagino”, Emily disse.
Ela lembrou como Daniel havia lhe dito que encontrara algum tipo de barreira mental quanto à restauração do barco, que não sabia por que, mas não conseguia trabalhar nele.Vê-lo como novo agora deixava Emily muito orgulhosa, não apenas porque estava muito bem restaurado, mas também por Daniel ter conseguido lidar com as questões internas que o estavam impedindo. Sorriu para ele, sentindo um raio de felicidade iluminá-la por dentro.
Mas, ao mesmo tempo, também se sentia triste, porque ali estava mais um meio de transporte que poderia levá-lo para longe dela. De seus longos passeios de moto pelo alto dos penhascos, até suas voltas pelas cidades vizinhas dirigindo a caminhonete, Daniel estava sempre em movimento. Que ele queria ver e explorar o mundo era evidente para ela, não restavam dúvidas. Sabia que, cedo ou tarde, Daniel precisaria deixar Sunset Harbor. Se ela partiria com ele quando chegasse a hora era algo que Emily ainda não tinha decidido.
Daniel tocou-a de leve. “Preciso lhe agradecer”.
“Pelo quê?” Emily disse.
“Pelo motor”.
Emily havia comprado o novo motor, como agradecimento por toda a ajuda que havia lhe dado para deixar a pousada pronta, assim como numa tentativa de encorajá-lo a restaurar o barco.
“Sem problema”, Emily disse, perguntando-se agora se o presente havia sido como um tiro pela culatra para ela. Se, ao restaurar o barco, teria sido dada a partida para o desejo de Daniel ir embora.
“Então”, Daniel disse, apontando para o barco, “como agradecimento, acho que deveria me acompanhar em sua primeira viagem”.
“Ah!” Emily disse, atônita com a proposta. “Quer passear de barco? Agora?” Ela não quis parecer tão chocada.
“A não ser que você não queira”, Daniel disse, coçando o queixo, um pouco sem graça. “Achei que podíamos ter um encontro”.
“Sim, claro”, Emily disse.
Daniel saltou para dentro do barco e estendeu-lhe a mão. Emily a pegou e se deixou guiar até embaixo. A embarcação balançou sob eles, oscilante.
Daniel ligou o motor e o barco partiu do porto. Eles cruzaram o oceano cintilante sob o sol. Emily respirou profundamente o ar marinho, observando Daniel manejar o barco pela água. Ele estava tão à vontade dirigindo o barco, assim como sua moto parecia se tornar uma extensão do seu corpo. Daniel era o tipo de homem que parecia adequado ao movimento perpétuo, e enquanto olhava para ele agora, Emily via como ficava feliz e cheio de vida ao partir em busca de aventura.
O pensamento a deixou ainda mais melancólica. O desejo de Daniel de explorar o mundo era mais que apenas um sonho; era uma necessidade. Não havia como ele permanecer em Sunset Harbor por mais tempo. Ela também ainda não tinha decidido por quanto tempo ficaria. Talvez, o relacionamento deles estivesse condenado. Talvez, fosse sempre algo fugaz, um momento perfeito, parado no tempo. A ideia fez o estômago de Emily revirar de desespero.
“O que foi?” Daniel perguntou. “Não está enjoada, está?”
“Talvez, um pouco”, Emily mentiu.
“Calma,