Para Sempre, com Você . Sophie Love
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“Então, você gostaria que este fosse seu quarto?” Emily perguntou.
Estava de pé com Chantelle na porta de um dos quartos mais adoráveis de toda a pousada. Daniel estava logo atrás delas.
Emily observou Chantelle se encantar com o quarto. A menina largou a mão de Emily e caminhou lentamente pelo cômodo, cuidadosa, como se não quisesse quebrar ou tirar nada do lugar. Foi até a grande cama com seus lençois limpos, carmim, e tocou-os com os dedos, levemente. Então, foi até a janela e olhou pelos jardins até o mar, cintilante, acima dos topos das árvores. Emily e Daniel observavam com a respiração suspensa enquanto a garotinha caminhava em silêncio pelo quarto, pegando suavemente o abajur e então devolvendo-o, e em seguida espiando dentro dos guarda-roupas vazios.
“O que acha?” Emily perguntou. “Podemos pintar as paredes se não gosta delas brancas. Mudar as cortinas. Pendurar algumas fotos suas”.
Chantelle se virou. “Adorei, do jeito que está. Posso mesmo ter um quarto?”
Emily sentiu Daniel ficar tenso atrás dela. Soube imediatamente o que estava pensando: que Chantelle, aos seis anos, nunca teve seu próprio quarto; que a vida que teve até agora tinha sido cheia de dificuldades e marcada pela negligência.
“Claro que pode”, Emily disse, sorrindo. “Porque não traz suas coisas para cá? Então, vai começar a sentir que realmente é seu quarto”.
Chantelle concordou e foram todos juntos pegar as coisas dela, na antiga garagem. Mas ao chegarem lá, Emily ficou chocada ao descobrir que a menina havia trazido apenas uma mera mochila.
“Onde estão as coisas dela?” perguntou a Daniel discretamente, enquanto voltavam para a casa.
“É tudo o que havia lá”, Daniel replicou. “Ela não tinha quase nada na casa do tio de Sheila. Perguntei e me disse que havia deixado tudo para trás quando foram despejadas”.
Emily ficou sem palavras. Partia seu coração pensar sobre as coisas terríveis pelas quais Chantelle passou em sua curta vida. Mais do que qualquer outra coisa, queria garantir que a menininha agora teria a chance de florescer e deixar o passado para trás. Emily esperava que, com amor, paciência e estabilidade, Chantelle poderia se recuperar do terrível começo em sua vida.
No novo quarto de Chantelle, Emily pendurou as poucas roupas que ela tinha nos cabides. Só havia dois pares de jeans, cinco camisetas e três suéteres. Não tinha meias suficientes para uma semana inteira.
A menina ajudou a arrumar suas calcinhas nas gavetas da cômoda. “Estou muito feliz por ter pais agora”, Chantelle disse.
Emily se sentou na ponta da cama, disposta a encorajá-la a se abrir. “Fico feliz em ter uma menininha adorável como você para passearmos juntas”.
A criança corou. “Quer mesmo passear comigo?”
“É claro!” Emily disse, um pouco surpresa. “Mal posso esperar para levá-la até a praia, passear de barco, brincar de jogos e jogarmos bola juntas”.
“Minha mãe nunca quis brincar comigo”, Chantelle disse, com uma voz tímida.
Emily sentiu o coração apertar. “Sinto muito ouvir isso”, ela disse, tentando não deixar a dor em seu coração transparecer na voz. “Bem, poderá brincar de muitas coisas agora. O que gostaria de fazer?”
Chantelle apenas deu de ombros, e ocorreu a Emily que sua criação havia sido tão sufocante que nem podia pensar em coisas divertidas para fazer.
“Aonde o papai foi?” ela perguntou.
Emily olhou sobre o ombro e viu que Daniel havia desaparecido. Ela, também, ficou preocupada.
“Provavelmente só foi pegar mais café”, Emily replicou. “Ei, tenho uma ideia. Por que não vamos até o sótão trazer alguns ursinhos de pelúcia para seu quarto?”
Ela havia cuidadosamente empacotado e guardado todos os seus brinquedos antigos, e também os de Charlotte, retirados do quarto interditado após a morte da irmã. Chantelle estava numa idade próxima à delas quando o quarto foi fechado, então, muitos dos brinquedos seriam adequados para ela.
O rosto de Chantelle se iluminou. “Você tem ursos de pelúcia no sótão?”
Emily assentiu. “E bonecas. Estão todos fazendo um piquenique, mas tenho certeza de que vão gostar de mais uma convidada. Vamos, vou mostrar o caminho”.
Emily levou a garotinha até o terceiro andar e então pelo corredor. Puxou a escada do sótão. Chantelle olhou para cima timidamente.
“Quer que eu vá primeiro?” Emily perguntou. “Para garantir que não há aranhas?”
Chantelle sacudiu a cabeça. “Não tenho medo de aranha”. Parecia orgulhosa de si.
Elas subiram juntas e Emily mostrou-lhe a caixa de brinquedos. “Pode pegar o que quiser daqui”.
“O papai vai vir brincar?” Chantelle perguntou.
Emily também queria Daniel por perto. Não tinha certeza para onde ele tinha ido, ou por que havia sumido. “Vou perguntar a ele. Você ficará bem aqui por um momento, não é, já que não tem medo de aranhas?”
Chantelle assentiu e Emily deixou a menina brincando. Desceu pelo terceiro e segundo andares procurando Daniel, e depois foi até o térreo. Encontrou-o na cozinha, parado ao lado da cafeteira, sem se mexer.
“Você está bem?” Emily perguntou.
Daniel se virou, surpreso. “Desculpe. Desci para pegar café e fiquei assoberbado demais com tudo”. Ele olhou para Emily e franziu o cenho. “Não sei como fazer isso. Ser pai. É confuso demais para mim.”
Emily se aproximou e acariciou seu braço. “Vamos descobrir juntos”.
“Só ouvi-la falar acaba comigo. Queria ter estado lá para ela. Protegido-a de Sheila”.
Emily envolveu-o nos braços. “Não pode olhar para trás e se preocupar com o passado. Tudo o que podemos fazer agora é dar nosso melhor para ajudá-la. Vai ser ótimo, prometo. Você vai ser um pai maravilhoso”.
Ainda podia sentir um pouco de resistência em Daniel. Queria desesperadamente que ele relaxasse, que aceitasse seu abraço e se sentisse confortado, mas algo o detia.
“Ela já está começando a fazer perguntas”, ele disse. “Me perguntou por que nunca enviei cartões de aniversário para ela. Não sabia o que dizer. O que posso dizer a uma criança de seis anos, de modo que entenda?”
“Acho que só temos que ser sinceros”, Emily disse. “Segredos nunca ajudaram ninguém”.
Pensou na dureza de suas palavras. Seu pai havia mantido segredos durante toda a sua vida. Emily só havia descoberto a ponta do iceberg desde que chegara na casa.
Então, Chantelle entou correndo na cozinha. Estava