Duelo De Corações. Barbara Cartland

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Duelo De Corações - Barbara Cartland A Eterna Colecao de Barbara Cartland

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de Caroline aumentava cada vez mais.

      —Nem imagino. Fanny não iria escrever sobre isso, mesmo porque a finalidade da carta é perguntar-me se conheço uma pessoa detooa aparência, bem educada e de confiança para substituí-la. É uma pena... — Debby ficou pensativa.

      —A filha do advogado de seu pai estava procurando emprego mas já está trabalhando…

      —Já sei, Debby!— Caroline ficou de pé—, conheço alguém que aceitará o emprego.

      —Quem é?

      —É… uma ex-colega de escola, de quem eu gostava muito.

      —Acha mesmo que uma colega de escola iria sujeitar-se a trabalhar como dama de companhia?— Debby olhou para a prima com desconfiança—, digo isto, porque todas as garotas, eram orgulhosas e filhas de aristocratas.

      —Essa colega em quem estou pensando é simples e pobre.

      —Trata-se de uma jovem de boas famílias?

      —De família muito distinta. Por favor, recomende-a, Debby.

      —Bem… não sei… fale-me sobre essa amiga. Onde ela mora? Como você pode saber se o emprego a interessa?

      —Minha amiga é orfã e precisa trabalhar. Ela mora com um parente… o pastor da aldeia de Cuckhurst. Tanto ela como a filha do pastor foram minhas colegas. Quem pagava os estudos de ambas era o dono do Castelo de Brecon. Por favor, Debby, escreva para Fanny recomendando minha amiga para trabalhar no Castelo como dama de companhia da Condessa. Posso levar a carta de recomendação pessoalmente.

      —Realmente, Caroline, ainda não me decidi a escrever a carta, e mesmo que eu a escreva, não há necessidade de você fazer uma viagem longa como essa. Para que servem as diligências postais?

      —Eu adoraria rever essa amiga e Harriet… que é a filha do pastor. Oh, prima Debby, esta casa é muito triste sem papai e mamãe.

      —Você me coloca em cada situação… não sei o que pensar ou dizer. Não acho correto recomendar uma pessoa que nunca vi. Sua mãe concordaria comigo…

      —Mamãe conhece minha amiga e gosta muito dela— Caroline apressou-se em dizer.

      —É mesmo? Por que você não me disse logo que Serena a conhecia?— Lady Edgmont fez uma pausa e disse pouco depois—, acho melhor você escrever para sua mãe e pedir-lhe que ela mesma providencie a carta recomendando sua amiga.

      —Já imaginou quanto tempo levaria para termos essa carta de recomendação em mãos? Até mamãe responder a vaga já terá sido preenchida.

      —Sim, sim, claro! Como Serena ficou conhecendo sua amiga? Ela já esteve hospedada nesta casa?

      —Naturalmente. Mamãe e papai gostam muito dela e tratam-na como se fosse da família... como uma filha. Por favor, Debby, redija a carta, já. Enquanto isso, vou escrever um bilhete para Harriet avisando que irei visitá-la e um cavalariço o levará a Cuckhurst.

      —Você não pode viajar sozinha. Eu a acompanharei.

      —Não é necessário. Levarei Maria comigo.

      —Ainda acho que a carta poderia ser enviada pela diligência postal. Mas se a visita a sua amiga lhe dá tanto prazer, minha querida… além disso, Maria a acompanhará— lady Edgmont disse em voz baixa como se falasse consigo mesma.

      Caroline já estava saindo da sala quando a prima chamou-a.

      —Caroline! Caroline!

      —O que foi?

      —Você não me disse o nome de sua amiga. Harriet é a filha do pastor, mas como se chama a outra… a que precisa do emprego?

      —Ah, sim. Como pude me esquecer disso? Seu nome é Caroline Fry.

      —Caroline?! Vocês duas têm o mesmo nome?— admirou-se lady Edgmont.

      —Que coincidência, não, Debby?— Caroline assumiu um ar casual—, admito que sempre achei meu nome comum demais. Conheço várias pessoas chamadas Caroline.

      Por fim, Caroline deixou a salá. Em seu quarto escreveu uma cartinha endereçada a Harriet Wantage, colocou-a no envelope, lacrou-o e desceu com ele, indo até o pátio das cocheiras.

      —Precisa de alguma coisa, milady?— Harry indagou ao vê-la.

      —Quero que você mande um cavalariço levar esta carta, imediatamente, a Cuckhurst. Deverá ser entregue na casa paroquial. Diga ao rapaz que volte em seguida. Aqui está meio guinéu para ele tomar uma cerveja no caminho de volta.

      Harry coçou a cabeça grisalha.

      —E uma longa viagem para ser feita de uma estirada, milady.

      Não dando atenção à reclamação do velho, Caroline voltou para a casa. Sabia que suas ordens seriam executadas com rigor. Quando entrou no quarto já começava a sentir-se empolgada só de pensar na nova aventura que iria viver.

      Perdera o sono na noite anterior por se preocupar com lorde Brecon e agora, milagrosamente, surgia a oportunidade de ajudá-lo. O plano que tinha em mente, apesar de envolver riscos, parecia possível de ser executado. Por um momento ela lembrou que prometera aos pais ficar comportada.

      «O que estou fazendo não é errado», refletiu, tranquilizando a consciência. «Só quero ajudar alguém. Portanto, estou sendo bondosa, altruísta e, na condição de dama de companhia, serei exatamente como mamãe quer que eu seja; bem comportada, dócil, mansa e suave».

      Diante do espelho Caroline fez uma careta. Nem de longe parecia uma dama de companhia. Pegou a escova de cabelos e tentou alisar os graciosos cachos que lhe emolduravam o rosto. Acabou desistindo diante da rebeldia dos cabelos que teimavam em se enrolar novamente. Atirando a escova sobre a penteadeira puxou o cordão da campainha com violência.

      Maria apareceu em alguns segundos.

      —O que aconteceu milady? Não está se sentindo bem? Quase morri de susto ao ouvir a campainha tocar tão forte.

      —Arrume a minha bagagem.

      —Vai viajar, milady?

      —Vou. Quero que me acompanhe.

      —Que bom, milady! Para mim foi uma humilhação não tê-la acompanhado a Londres.

      —Compreendo, Maria, mas não vamos para Londres.

      —O importante é que a acompanharei, milady. Quantos dias pretende ficar fora de casa?

      —Ouça, Maria— Caroline abaixou a voz—, você é capaz de guardar segredo?

      —Sabe que pode confiar em mim, milady— a criada asseverou.

      —Posso contar com você para o que for preciso?

      A criada arregalou os olhos, ficou muito séria e prometeu em voz solene:

      —Darei

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