Chuva De Sangue. Amy Blankenship
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Recordou a primeira vez em que teve uma visão assustadoramente linda dele... na caverna, na mesma noite em que o símbolo apareceu na palma da sua mão.
Sua respiração acelerou quando baixou o olhar para seus lábios sensuais. Ao perceber que o desejava, recuou um passo rápido para trás, negando o fato. Assim que se libertou dos braços dele, Syn abaixou-os... seus olhos logo tornando-se escuros e melancólicos... um pouco perigosos; ela teve que conter um calafrio.
Livrando-se dessa recordação, Angélica ergueu a palma da mão, vendo que nada mudou desde o primeiro encontro deles... o símbolo ainda estava lá, em detalhe impecável. Já estava ali há algum tempo. Encolheu por dentro, quando lhe ocorreu que ela nunca tinha feito nenhum esforço real para removê-lo.
Syn lhe contou que havia lhe dado o símbolo para proteção e por alguma estranha razão, ela acreditou. Desde quando começou a confiar tanto nele?
No passado, ela teria questionado cada avanço, cada motivo de uma criatura tão poderosa quanto Syn. Mas nas últimas duas semanas, sua habitual natureza desconfiada ficou em segundo plano diante da curiosidade e do calor com que Syn a alimentava.
Os membros da PIT normalmente a descreviam como uma solitária, que não se interessava em fazer amizades. Esse era o modo como queria ser vista por todos... para manterem a distância. Desde o aparecimento de Syn na sua vida, ele a deixou se sentindo exposta. Ela estava começando a ficar obcecada por ele, tanto quanto ele parecia estar obcecado por ela, e queria que isso parasse... ou não? A dor em seu peito parecia se espalhar por alguns centímetros, ao pensar nisso.
— Bem-vinda à terra da confusão... população: 1 — informou ao silêncio da sala, depois fez uma careta ao ver como soava patética. Era mais forte do que isso.
Angélica olhou a marca na palma da mão, imaginando se não era ela a causa das sensações estranhas que estava tendo por ele... da mesma forma que um feitiço de vampiro funcionava. Afinal... Syn não era o progenitor da raça dos vampiros? Precisava parar de ignorar esse pequeno fato negativo. Ele já havia admitido que não ligava para a guerra contra os demônios... então por que estava aqui, a distrai-la? Por que estava ajudando somente ela?
— Isso começou com você — acusou o símbolo.
Levantando a outra mão, levou-a sobre o desenho complexo na palma da mão, pretendendo tratá-lo da mesma forma que trataria qualquer outra marca de demônio que havia removido de vítimas no passado.
A ponta do dedo indicador pairou sobre o formato da marca, sondando pelo menor sinal maligno para se conectar a sua procura. Seu rosto enrugou levemente, sem más intenções sob suas feições. Concentrando-se mais no complexo símbolo, mordeu o lábio inferior quando começou a seguir o caminho profundo, até poder finalmente superar sua barreira poderosa.
Seus lábios se abriram e inspirou fundo em face das sensações que logo a inundaram. Houve um momento de vertigem, seguido de um forte puxão vindo do selo, no mesmo instante em que seus poderes se conectaram a ele. A ação a surpreendeu tanto que ela de fato entrou em pânico e sacudiu seu poder de volta, sentindo a magia do símbolo açoitá-la e lamber sua pele, antes de desaparecer de volta da onde quer que tinha vindo.
Se ela não tivesse juízo, juraria que a maldita marca acabava de sentir seu gosto.
Syn surgiu silenciosamente por trás de Angélica, tendo sentido ela manipular a conexão que lhe possibilitava acessar o poder dele, para sua própria proteção. Pensou em deixá-la sozinha por algumas horas, para que pudesse recuperar a calma, depois de ver a rejeição dela mais uma vez. Porém, por ela violar o selo dele na palma da sua mão, inconscientemente invocou-o para lá para presenciar sua tentativa inútil de quebrar o vínculo entre eles.
Isso fez a raiva dele ressurgir... será que ela estava ansiosa de se livrar dele para poder parar de mentir a si mesma? Depois de procurar por tantos milênios e finalmente encontrá-la, não iria deixá-la romper nem mesmo a mais leve conexão que conseguiu reformular com ela.
— Covarde — Angélica se autocriticou sobre sua reação e abriu a mão em punho para tentar de novo. Tomou um fôlego profundo quando o selo instantaneamente começou a reluzir com poder revigorado.
— Por que você não tenta descontar sua frustração naquele que a causou? — perguntou Syn, logo atrás dela.
Angélica se encolheu diante da proximidade imediata dele e girou para colocar o olhar fixo em seu perseguidor. Era difícil segurar o olhar, uma vez que ele parecia muito mais bravo do que ela.
Antes de perceber as intenções dele, ele a fisgou pela cintura com um dos braços e a puxou contra seu corpo rijo. Ela prontamente pressionou a palma da mão contra o peito dele, para manter alguma réstia de distância entre eles. Francamente, se ele estava tentando deixá-la maluca, então faria uma viagem curta.
— Você está certo. Devo descontar em você — ela disse sugestivamente e empurrou-o para longe, surpreendida quando ele soltou tão facilmente, que quase perdeu o equilíbrio. Cerrou os dentes, tentando esquecer a decepção bizarra que estava sentindo porque ele a soltara tão depressa.
Fechando a mão em volta da marca na palma da mão, ela disse a primeira coisa que lhe veio à mente. — Que diabos você fez comigo?
— Eu te assusto? — perguntou Syn, encostando contra a cabeceira da cama dela e cruzando os braços sobre o peito.
Angélica foi tomada de surpresa pela pergunta, fazendo com que enrugasse a testa levemente ao ver os braços cruzados dele, antes de erguer o olhar para encontrar seus luminosos olhos de ametista. Estavam brilhando de um jeito que ela juraria que era de raiva, mas ele parecia tão calmo que foi sereno.
— Não tenho medo de você — ela lhe informou com audácia, depois recuou rápido, quando ele se moveu da cabeceira e se dirigiu em sua direção.
— Não fiz nenhum mal a você — Syn defendeu-se, com um rosnado contido de maneira insatisfatória, sabendo que já tinham vivido essa situação. Ela lutou com ele no passado até perder a sanidade, antes de finalmente admitir derrota, e ele não estava interessado na repetição desse fato. Ele sentiu uma estremecida mental ao lembrar como essa história terminou. — Você é a única razão de eu estar aqui.
Angélica sacudiu a cabeça, rejeitando a responsabilidade de ser a razão de qualquer coisa para qualquer um. Colocou tantos muros a sua volta que o único que esteve perto de rompê-los foi Zachary. Ou, para ser honesta, foi o alter ego Zach que os atravessava sem piedade. Entristeceu-se momentaneamente pelo fato de agora sentir falta da amizade e dos conselhos indesejados dele.
Os olhos de Syn entrecerraram, ouvindo o luto dela por causa da intimidade que tivera com a fênix. Era lamentável ela ter esquecido que ele, Syn, era um homem muito possessivo e jamais dividiria ela com outros. Ele havia matado para ficar com ela antes, e mataria de novo, sem hesitar.
Empurrou seu poder para dentro quando ele tentou incidir na recordação, e Syn percebeu que estava próximo do seu limite. Como teria ela o reduzido a esse estado impaciente tão depressa?
— Você não veio aqui por minha causa — Angélica amarrou a cara, enfatizando o que