Cores. Patrizia Barrera

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Cores - Patrizia Barrera

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Mas era o batimento do teu coração que gostava de ouvir, tão misterioso e absorvido, e do seu único som nutria-me à espera que todo o meu corpo se formasse. E enquanto o sangue começava a escorrer-me as veias e meus olhos fechavam-se, esperando de abrir-se de novo diante de ti mais tarde, empregava a eternidade do meu tempo a imaginar o teu rosto e a fantasiar sobre a vida que teria tido, questionando-me se teria sido boa ou não. Era tão doce dormir sobre o teu seio e perceber a partir do teu ventre o bom aroma das flores, e escutar pingar intensamente a chuva nos vidros, e ver as horas passar embora estavas sempre triste e as tuas únicas palavras falavam-me de morte. O que sabia da vida? Nada. Todavia a amava e não desejava que entrar ali, e medir-me como homem nas minhas acções diante a presença de Deus.

      Mas tu agrediste-me com os teus discursos: que mesmo uma galinha come os seus ovos, que todos os animais matam os filhos que não podem nutrir. Que o peixe grande come o peixe pequeno e que não há espaço para as ovelhas num mundo de lobos. Que uma criança é criança só quando é nascido e que antes não existe nada.

      Nada? Mas então eu o que era? Eu existia. E sabia da existência desde o primeiro instante, desde quando uma força indescritível me arruinou da minha letargia, e dividiu a minha primeira célula, e ordenou ao meu coração “Palpita!” aquela mesma força que impede aos planetas de chocar-se, que impõe ao mar de permanecer confinado no seu berço, no verão de fazer crescer o grão e dirige enfim o curso dos rios. Aquela força que separou a mundo do caos e forçou todo o universo a nascer.

      Mãe, acreditas realmente que seja o querer do homem a mover o criado? Eu sei pelo contrário que tudo o que existe neste mundo é regido pelo Amor, e que só no seu nome no céu brilham as estrelas.

      Então tu falaste para mim das guerras que devastam a mundo, de fome e das pestes, e de todos aqueles males pelos quais não há mais remédio. Todavia, mãe, todo homem é um sopro de ar puro, um ponto interrogativo nas inumeráveis probabilidades do criado. E aqueles pintainhos que a galinha devora não são germes da próxima vida que se reencarnará um dia? E eu, se tivesse sido nascido, não poderia amar-te? Depois mais nada. A partir daquele dia não me dirigiste mais a palavra. Esperaste assustado o meu inevitável fim, uma palavra incompreensível para algo que nunca teve um começo.

      No fim ouvi uns passos à minha volta e vozes duras e ameaçadoras que me advertiam do meu inelutável destino. Tu adormeceste no momento em que as mãos invisíveis me arrancavam do teu ventre e instrumentos afiados cortavam-me as carnes. Tentaste resistir mas no fim cedeste àquela dor e me deixaste sair.

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