Uma Jóia Para Realezas. Морган Райс

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Uma Jóia Para Realezas - Морган Райс Um Trono para Irmãs

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urrou, e no máximo Angelica podia dizer que suas palavras soavam um pouco enroladas. Estaria ele enfraquecendo? Estaria ele a empurrando um pouco menos?

      Ela estava tão para trás agora que podia ver o chão abaixo dela, e alguns criados e nobres espalhados. Mais um segundo, e ela estaria caindo, para colidir com as pedras do pátio e arrebentar-se tão certamente como uma taça derrubada.

      Naquele segundo, Angelica sentiu a garra do guarda enfraquecer. Não muito, mas o suficiente para ela conseguir se virar e escapar dele, o colocando com suas costas para o céu.

      “Você deveria ter aceitado o dinheiro,” ela disse, e se inclinou para frente, empurrando-o com toda sua força. O guarda balançou na beira por um segundo, então tombou para trás, seus braços se debatendo contra o ar.

      Não só o ar. Com um braço ele conseguiu agarra-la, e Angelica se encontrou empurrada para frente, sobre o parapeito. Ela gritou, se agarrando em qualquer coisa que conseguisse. Seus dedos encontraram pedaços de pedras, perderam o apoio, e depois o encontraram novamente enquanto o guarda continuou a cair abaixo dela. Angelica olhou para baixo apenas o tempo necessário para seguir sua queda até o chão. Ela sentiu um breve momento de satisfação quando ele atingiu o chão, rapidamente substituída pelo terror por estar dependurada na parede do castelo.

      Angelica arranhava a parede, tentando encontrar um apoio, algo a mais para se segurar. Seus pés pairaram no ar por um momento, e então conseguiram achar apoio no lado áspero de um escudo heráldico forjado em pedra. Angelica notou com ironia que era o brasão real, e não pode deixar de sentir alívio por encontra-lo. Sem ele, ela sem dúvidas agora estaria tão morta quando a Viúva desejava que ela estivesse.

      A escalada de volta ao telhado pareceu demorar uma eternidade, os músculos de Angelica queimando com o esforço inesperado. Lá embaixo, ela podia ouvir gritos agora, enquanto pessoas começavam a reunir-se em torno do guarda caído. Sem dúvidas, alguns deles estariam olhando para cima, a observando voltar ao telhado, cair e ficar ali deitada, respirando ofegante.

      “Levante-se,” ela disse a si mesma. “Você estará morta se ficar aqui. Levante-se.

      Ela se forçou a levantar, tentando pensar. A Viúva tinha tentado mata-la. A coisa óbvia a se fazer era correr, por que quem poderia se levantar contra a Viúva? Ela tinha que encontrar uma saída do palácio, talvez chegar até as docas e partir para as terras de sua família no exterior. Isso ou escapar através de um dos atalhos da cidade, evitando qualquer vigia que tivesse sido colocado a posto e saindo do país. Sua família era poderosa, com o tipo de amizades que poderiam fazer perguntas sobre isso na Assembleia dos Nobres, que iriam—

      “Eles farão o que a Viúva mandar,” Angelica disse a si mesma. Mesmo se eles agissem, seria tão devagar que ela sem dúvidas seria assassinada no meio tempo. O melhor que ela poderia fazer era correr e continuar correndo, nunca estando segura, nunca estando no centro das coisas novamente. Era uma solução inaceitável para tudo isso.

      O que a trouxe de volta à sua pergunta anterior: quem poderia se levantar contra a Viúva?

      Angelica se espanou cuidadosamente, arrumando seu cabelo do modo mais perfeito possível enquanto ela falava consigo mesma. Esse plano era… perigoso, sim. Desagradável, quase com certeza. Mas era a melhor chance que ela tinha.

      Enquanto as pessoas lá embaixo berravam, ela começou a correr de volta para o palácio.

      CAPÍTULO SETE

      Os olhos de Sebastian estavam começando a se acostumar à quase escuridão de sua cela, a umidade, e até o fedor dela. Ele estava começando a se adaptar ao leve gargarejo de água em algum lugar à distância e o som de pessoas indo e vindo de longe. Este era provavelmente um mau sinal. Haviam lugares com os quais ninguém deveria se acostumar.

      A cela era pequena, só alguns metros em cada lado, com uma frente de grades de ferro, trancada por uma fechadura maciça. Essa não era qualquer prisão confortável em uma torre, onde a família de um homem poderia pagar para mantê-lo com estilo até que finalmente chegasse a hora de perder a cabeça. Esse era o tipo de lugar que um homem era jogado para que o mundo se esquecesse dele.

      “E se eu for esquecido,” sussurrou Sebastian, “Rupert fica com a coroa.”

      Isso tinha que ser o porquê disso. Sebastian não tinha dúvidas quanto a isso. Se seu irmão o fizesse desaparecer, se ele fizesse parecer como se Sebastian tivesse fugido para nunca mais voltar, então Rupert se tornaria o herdeiro do trono por definição. O fato de ele não ter matado Sebastian ainda sugeria que isso era suficiente para ele; que ele poderia soltar Sebastian uma vez que conseguisse o que queria.

      “Ou só quer dizer que ele quer me matar com calma,” disse Sebastian.

      Ele não conseguia ouvir outras vozes na quase escuridão do momento, embora de tempo em tempo elas eram carregadas de longe. Sebastian suspeitava que haviam outras celas aqui embaixo, talvez outros prisioneiros. Onde quer que aqui fosse. Essa era na verdade uma questão que merecia ser considerada. Se eles estavam embaixo do palácio em algum lugar, então havia uma chance de Sebastian conseguir atrair atenção suficiente para conseguir ajuda. Se eles estavam em qualquer outro lugar na cidade… bem, dependeria de onde, mas Sebastian acharia um jeito de conseguir ajuda.

      Ele tentou pensar no caminho que fizeram para chegar até lá, mas era impossível dizer com certeza. Não era o palácio, ele supôs agora. Nem Rupert seria arrogante o suficiente para jogar Sebastian ali. Seu irmão, sua família, tinham tanto dinheiro que ele podia ter comprado outra propriedade na cidade. Uma casa extra mantida para contatos ou negócios obscuros.

      “Provavelmente os dois, conhecendo Rupert,” disse Sebastian.

      “Cala a boca, você,” disse uma voz. Uma silhueta surgiu da escuridão: um homem indefinível que servia como um de seus carcereiros. O homem só descia algumas vezes ao dia, trazendo água salobra e pão velho. Agora, ele sacudia um bastão de madeira contra as barras da cela de Sebastian, fazendo-o assustar com o barulho repentino depois de tanto tempo no silêncio.

      “Você sabe quem eu sou,” disse Sebastian. “Eu sou o irmão de Rupert, o filho mais novo da Viúva.” Ele agarrou as barras. “Ela vai matar qualquer um envolvido em machucar seus filhos. Você sabe disso, você não é um idiota. Sua única chance de sobrevivência nesse momento é ser aquele que me liberta.”

      Sebastian não gostava de fazer essa ameaça. Era o tipo de coisa que seu irmão faria, mas também não era nada mais do que a verdade. Sua mãe iria revirar Ashton o procurando se ela acreditasse que ele tivesse sido preso, e quando ela o encontrasse, qualquer um que o tivesse machucado morreria por isso. Quando se tratava de sua família, sua mãe era cada centímetro a monarca cruel e implacável que as pessoas acreditavam ser.

      “Isso só importa se ela descobrir,” disse o guarda, golpeando as mãos de Sebastian quase que casualmente com o bastão. Sebastian franziu com a dor, mas conseguiu segurar o bastão, puxando o homem para perto de si, suas mãos indo de encontro ao cinto.

      Não era uma boa estratégia, afinal o outro homem estava armado, e Sebastian estava preso numa cela confinada, sem a capacidade de desviar, ou evita-lo. O guarda o golpeou com a mão livre, e então o socou na barriga com seu bastão. Sebastian sentiu o fôlego saindo de si. Ele caiu de joelhos.

      “Nobres arrogantes,” o homem exclamou, cuspindo no chão ao lado de Sebastian. “Pensam que tudo vai dar certo para eles, independente do que tentem. Bem, não vai. Sua mãe não vai vir por você, você não vai sair daqui, e eu estarei lá quando o seu irmão decidir começar a cortar partes suas.”

      Ele

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