Na cama errada. Penny Jordan

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Na cama errada - Penny Jordan Sabrina

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ar fresco e de perfume, uma sensualidade estonteante que Jodi emanava.

      Era a rapariga da entrada. Leo conseguiria reconhecê-la em qualquer lugar, pelo menos, o seu corpo conseguiria.

      Naquele momento, o seu cérebro enviou-lhe outra informação. A voz pegajosa de Jeremy Discroll a sugerir-lhe que Leo voltasse atrás no contrato. Será que aquela jovem seria a oferta que ele tinha em mente? Só podia ser. Leo não conseguia imaginar outro motivo para a presença dela ali, no seu leito.

      Bem, se Jeremy Discroll ousava pensar que ele era o tipo de homem que… Irritado, esticou-se, com a intenção de sacudi-la pelo braço.

      Jodi dormia o sono dos justos. Embalada pelo álcool, parecia estar a meio de um sonho maravilhoso, onde se via abraçada pelo homem mais lindo e sensual do planeta. Era moreno, alto, de olhos cinzentos e tinha músculos excitantes. Estavam deitados lado a lado, numa cama enorme, num quarto com vista para o mar, quando ele se aproximou, tocou-lhe nos braços e disse:

      – Que diabo está a fazer na minha cama?

      Ainda tonta, sob o efeito do cocktail de frutas, Jodi abriu os olhos adoráveis.

      Por que é que o seu amor estaria assim tão bravo? Sonolenta, sorriu, mas antes de conseguir formular a pergunta, a sua atenção desviou-se, e Jodi percebeu quão sensual ele era.

      Aquele corpo dourado e nu! Hum… Nu! Que delícia! Fechou os olhos, suspirou e abriu-os de novo, ansiosa, sem querer perder nada.

      Leo não acreditava no que via ou no que sentia. Aquela intrusa não só ignorara a sua questão, como ousava tocar-lhe! Não, não o tocava apenas. Explorava cada centímetro da sua anatomia, que reagia em total desacordo com as palavras que tinha intenção de dizer. Como poderia chamá-la de presença indesejada, se estava a adorar os seus movimentos? Céus! Ela estava a acariciá-lo!

      Dividido entre a vontade racional de rejeitá-la e o desejo visceral de abraçá-la, Leo lutava com todas as suas forças, para se agarrar à disciplina e ao autocontrolo, que sempre tinham sido os bastiões da sua existência, com o intuito de se defender daquela rapariga, que o atormentava até ao limite da sua resistência. Chocado, percebeu que perdera, não apenas a batalha, mas a guerra.

      No entanto, Jodi, impulsionada por alguma energia que não apenas a do álcool, muito mais intensa e poderosa, não percebia nada além do prazer que experimentava no sonho em que se encontrava mergulhada.

      Apesar da pouca luz, Leo via os contornos das curvas dela, a cintura fina, os quadris largos, as pernas bem torneadas, a pele delicada e o triângulo negro da sua púbis, tão tentadora que…

      Com a garganta seca de tensão, contorcendo-se de desejo, Leo estremeceu. Via o busto dela, redondo, macio, de pele clara, com os mamilos túrgidos. Sem controlo sobre si mesmo, cedeu à tentação de lhes tocar, sentindo o peso morno dos seios contra as suas mãos e os bicos erectos de volúpia a desafiá-lo.

      Jodi suspirou e tremeu de prazer, ao sentir que ele lhe beijava os seios, tocando nos mamilos com a língua.

      – Como isso é bom! – murmurou, entregando-se às sensações que ele lhe provocava.

      Leo deslizou a mão pela cintura de Jodi e puxou-a pelos quadris, que se acomodaram tão bem ao seu toque que pareciam ter sido feitos um para o outro.

      Decidiu ceder à paixão ardente e beijar cada centímetro do maravilhoso corpo dela, para em seguida começar tudo de novo, devagar, até que a irregularidade da respiração de Jodi se transformasse numa tortura insuportável para os seus sentidos. Enfim, permitiu-se penetrá-la com os dedos, através das curvas húmidas que o levavam às partes mais íntimas dela.

      Tocou-lhe ao de leve, e depois com mais ímpeto. Era tão macia, quente e delicada, que Leo, ignorando os gemidos de Jodi, preferiu amá-la devagar e com cuidado.

      Sentia-a a contorcer-se num perfeito frenesim, pronunciando palavras e frases incompletas que o atingiam como descargas eléctricas. Jodi dizia, sem acanhamento, o que queria e como queria. De alguma forma, conseguia manipular os dois corpos ao mesmo tempo, de tal maneira que Leo acabou por penetrá-la, sem se conseguir conter por mais tempo.

      Jodi escutava os sons que Leo fazia, mexendo-se dentro dela. O prazer de sentir o próprio corpo a expandir-se para acomodá-lo era tão sensacional que ela gritava de felicidade. Adorava a sensação de o envolver, de conter e proteger, de algum modo, a sua essência masculina.

      Leo pressentia que alguma coisa muito especial estava para acontecer e que o seu corpo deveria estar a avisá-lo de alguma forma, através da sua percepção. Mas, diante da urgência e da intensidade das suas sensações, era incapaz de formular algum pensamento coerente.

      Sentiu o êxtase dela, vezes seguidas, com tanto vigor que Leo também atingiu o auge, experimentando uma sensação completa totalmente nova para ele.

      Ao vê-la nos seus braços, ainda trémula de deleite, com os cabelos encaracolados e macios sobre o seu peito, Leo ouviu-a a sussurrar:

      – Foi delicioso, meu amor, meu incrível amante.

      Então, ao olhar para ela de novo, percebeu que caíra no mais profundo sono, com a inocência de uma criança.

      Observou-a com cuidado. Para Leo, não havia a menor dúvida: aquela mulher fora encomendada e contratada por Jeremy Discroll. E ele caíra como um idiota na armadilha que lhe fora armada.

      No dado momento em que já tinha condições para pensar melhor sobre o assunto, desconfiava se tudo aquilo não era apenas uma armação de Jeremy Discroll. Afinal, um homem daquele tipo não poderia ser tão altruísta assim. Claro que não, de forma alguma, e Leo sabia que não se enganara ao notar a maneira invejosa como Jeremy olhara para ele naquela tarde.

      Jeremy sabia que Leo não voltaria atrás no negócio, a menos que acreditasse possuir algum meio para o forçar a desistir.

      Agora, era tarde demais, pensou Leo ao lembrar-se do artigo de jornal que Jeremy Discroll estivera a ler, enquanto conversavam.

      Para um homem solteiro, um escândalo sexual publicado na grande imprensa do país não teria um efeito tão devastador. No entanto, Leo, um empresário respeitado, seria motivo de piada, e poderia perder credibilidade no mundo dos negócios. Se isso acontecesse, correria o risco de não ser mais considerado como sério. Nenhum executivo, nem mesmo de tanto sucesso como Leo, desejava isso.

      Levantou-se da cama, lançando um olhar ressentido em direcção a Jodi. Como é que ela conseguia dormir com tanta tranquilidade? Como se… como se…

      Sem se conter, Leo desviou o olhar para os lábios dela, ainda curvados num sorriso de satisfação.

      Até mesmo nos sonhos aquela rapariga era capaz de continuar a fingir, como se o que tivesse acontecido entre eles fosse mesmo algo muito especial! Sem dúvida era uma actriz talentosa. Só podia ser isso.

      O seu comportamento era tão incompreensível que não conseguia entender muito bem o que se passara. Era como se tivesse sido possuído pelo espírito de outra pessoa. Como é que fora capaz de deixar as coisas fugirem tanto ao seu controlo?

      Então, por que é que ainda continuava ali, ao lado da cama, a olhar para ela, quando o mais sensato seria tomar um banho tão quente quanto possível, até que tivesse eliminado da sua pele o perfume dela, o seu gosto e todas as sensações que ela lhe tivesse

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