Escândalo em veneza. Caitlin Crews
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Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2019 Caitlin Crews
© 2021 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Escândalo em Veneza, n.º 109 - janeiro 2021
Título original: The Italian’s Twin Consequences
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
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I.S.B.N.: 978-84-1375-251-8
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Capítulo 1
– Sei que o seu conselho de administração lhe deu as condições destas sessões por escrito, senhor Combe, mas acho que precisamos de as examinar. Mesmo que conversemos, tenho de destacar que não é o meu cliente. Apresentarei as minhas conclusões ao conselho, não procurarei soluções terapêuticas consigo. Entende o que isso quer dizer?
Matteo Combe olhou fixamente para a mulher que estava sentada à frente dele na biblioteca da casa veneziana que fora da família da mãe desde os começos da História. Os San Giacomo eram aristocratas com um sangue tão azul como o mar. Até contavam com alguns príncipes italianos, o bisavô de Matteo entre eles… e Matteo sabia que uma das maiores deceções na vida do seu avô fora não ter passado o seu título.
Seria muito sortudo se pudesse preocupar-se com semelhantes deceções, mas tinha preocupações mais prementes nesse momento, como conservar a empresa que os antepassados do pai, de classe trabalhadora, tinham criado do zero no norte de Inglaterra durante a revolução industrial. O facto de ter escolhido tratar dessa situação na casa aristocrática, que tanto dizia de si próprio, era para a sua própria satisfação.
Além disso, talvez também tivesse pensado que, assim, podia intimidar a mulher, a psiquiatra, que estava com ele.
A doutora Sarina Fellows era, que ele soubesse, a primeira pessoa americana que punha um pé ali… e surpreendeu-o vagamente que a casa não se afundasse no Grande Canal como forma de protesto. Embora, claro, as casas de Veneza fossem tão famosas como ele pela tenacidade face às adversidades.
Sarina era tão enérgica e eficiente como as suas palavras tinham sido e isso não pressagiava nada de bom. Vestia-se de preto dos pés à cabeça, mas não parecia lúgubre devido ao que vestia. Reconhecia o estilo artesanal italiano assim que o via. O cabelo era como seda preta e estava apanhado num coque na nuca. Os olhos tinham um tom âmbar com um anel escuro nas íris. Os lábios eram perfeitos, como se rogassem a um homem que os saboreasse e, talvez por isso, não tinham cor.
Supôs que parecia o que era, a mão executora da sua destruição se os seus inimigos levassem a sua avante, embora não estivesse disposto a deixar que nada nem ninguém o destruísse. Nem essa mulher nem a morte inesperada dos pais com umas semanas de diferença e que a única coisa que tinham deixado para trás fora as consequências dos segredos que tinham guardado e que ele fosse, contra a sua vontade, o testamenteiro de tudo o que tinham escondido enquanto estavam vivos. Nem sequer as decisões desafortunadas da irmã mais nova, que o tinham levado diretamente àquela situação, a que o presidente do conselho das Indústrias Combe, o melhor amigo do seu falecido pai, quisesse ficar com as rédeas.
Nada o destruiria, não o permitiria.
No entanto, primeiro, tinha de esclarecer aquela situação tão absurda.
Sarina esboçou o que ele pensou que seria um sorriso compassivo, embora lhe parecesse desafiante, e ele nunca rejeitara um desafio e muito menos quando devia tê-lo rejeitado para manter a paz.
No entanto, já detestava todo esse processo e acabara de começar.
Lembrou-se de que lhe fizera uma pergunta e ele assentira, não fora? Dera a sua palavra.
Ficaria