Conquista Da Meia-Noite. Arial Burnz
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Читать онлайн книгу Conquista Da Meia-Noite - Arial Burnz страница 14
Eu perdi a cabeça!
Ela deveria estar apavorada a ponto de perder os sentidos nos braços de seu agressor, mas ainda assim se perguntava se ele era o homem por quem ansiava desde a juventude.
O perigo nos olhos dele se transformou em confusão quando o estranho escuro examinou o rosto dela. Agarrando-a pelos cabelos, ele puxou a cabeça dela para trás. Um grito escapou de seus lábios quando ele puxou o cabelo contra o caroço em sua cabeça. Ela foi forçada a ficar boquiaberta para o céu negro e a lua cheia acima. Ela prendeu a respiração quando a boca dele se fechou em sua garganta, e dentes afiados perfuraram a pele tenra. Uma breve dor… então um inesperado fluxo quente de prazer fluiu por suas veias, e ela desabou contra ele com um gemido, caindo em euforia.
Este homem — esta criatura — sondou sua mente, uma invasão sedutora em seus pensamentos, enquanto bebia, ele descobriu tudo que poderia ser desvendado. Em poucos instantes, ela reviveu os prazeres da infância, as frustrações da juventude e as fantasias com o amante cigano em seus sonhos. Essas memórias distantes de Broderick vieram correndo e a cercaram… o aroma exótico do incenso, a presença inebriante do calor dele, a vibração que sentiu por dentro ao vê-lo.
Davina reviveu a noite em que conheceu Broderick.
— O que vê, senhor?
Seus rostos estavam muito próximos enquanto a voz profunda a advertia.
— Não posso mentir para você, moça. Seria um desastre.
— Um desastre?
— Sim. — aqueles olhos cor de esmeralda perfuraram os dela. — Tempos nada agradáveis estão para chegar. Mas não deve perder a fé. Você possui muita força. Use essa força e segure com firmeza o que lhe é mais caro, pois é isso que a ajudará a atravessar os tempos difíceis que estão por vir.
— O que está para acontecer, senhor? — ela o pressionou.
— É desconhecido para mim. Não sei os detalhes. As linhas na palma da mão não revelam detalhes mais específicos, apenas dizem que há conflitos em seu futuro. Basta lembrar o que falei. Mantenha-se firme em sua força.
O resto das memórias dela que levaram a este momento no tempo, aceleraram e a trouxeram de volta ao desespero que ela experimentara hoje.
Até agora. Deixe esse estranho beber a vida que flui pelo meu corpo. Deixe-o fazer o que não consigo fazer. Enfim terei paz e morrerei nos braços do homem que imagino, no momento, ser aquele que amo. Nos segundos desde o momento em que ele agarrou a garganta dela até este instante, serenidade a envolveu.
O estranho se separou dela e a jogou no chão. O pescoço de Davina latejava. Sua cabeça se agitou com as memórias rápidas que giravam em sua mente, exibindo sua própria vida como uma peça mal interpretada.
Examinando a imagem nebulosa dele começando a clarear, ela o viu inclinar a cabeça para trás e rir como um louco.
— Após duas décadas de procura, eu enfim encontrei o que queria! — ele se ajoelhou diante dela e envolveu o rosto dela com as palmas das mãos. — Deus não vê bem a minha espécie, então só posso dar crédito ao próprio Lorde das Trevas por me trazer tal prêmio! — ele respirou fundo, o sorriso crescendo. — Tão doce quanto o seu sangue é você, minha querida senhora. — o homem lambeu o sangue dos lábios. — Eu a deixarei com sua vida trágica.
O brilho de prata derretida desapareceu dos olhos dele.
As perguntas girando em sua mente desapareceram no desespero familiar movendo-se por ela e agarrando seu coração. Que jogos distorcidos os destinos estavam jogando com ela? Por que reviver todos aqueles momentos, com a Morte tão perto em seus braços, apenas para ter sua chance de liberdade arrancada dela. Ela estendeu a mão para ele, mas a fraqueza dominou seu corpo.
— Não. — ela tentou dizer mesmo com o nó em sua garganta, sufocando as lágrimas ardendo em seus olhos. — Não pode me deixar assim. Por favor… termine.
Ele passou um dedo sob o queixo dela.
— Tudo ficará bem.
Ele colocou a palma da mão na testa dela, e a mente de Davina se tornou uma névoa. Tudo ficou preto.
* * * * *
Estrelas borrifavam o céu acima com a lua no alto. Davina sentou-se, a cabeça girando e tocou o caroço latejante na parte de trás do crânio.
— Graças a Deus! — uma voz de homem, grave, exclamou. Uma figura nebulosa ajoelhou-se ao lado dela, e ela lutou para clarear a visão e tentar identificá-lo. — Em que estava pensando?
Ela franziu as sobrancelhas em confusão, sua mente uma bagunça sem fim.
— O quê…?
— Peço desculpas. Posso ter sido um pouco zeloso ao tentar salvá-la de você mesma. — quando ela tentou se levantar, as mãos quentes dele em seus ombros a empurraram de volta para baixo. — Acredito que precisa ficar sentada por mais um momento. Sabe onde está?
Davina esquadrinhou a área, o mundo aparecendo.
Ela estava sentada no meio da floresta, na clareira que costumava buscar para ficar sozinha. Heather estava parada a certa distância, mordiscando algumas folhas de um arbusto. Por que ela estava aqui? Olhando para as mãos trêmulas, esperava encontrar as respostas. Seus olhos vagaram, e na mão do estranho, ela reconheceu a própria adaga. Ela viu o estranho, os olhos verde-esmeralda cheios de preocupação na luz prateada da lua. Quão familiar ele parecia. A respiração dela ficou presa na garganta. Muito parecido com amante cigano dos sonhos dele, mas não como ele.
— Você se lembra… — ele disse balançando a cabeça. — Tem muita sorte de eu ter vindo, senhora. O que a possuiria para tirar a própria vida, só Deus saberá, mas pelo bem de sua alma, espero que não tente repetir essa tarefa medonha.
— Senhor, por favor. — ela colocou uma das mãos no braço dele, implorando. — O que aconteceu?
— Ora, pensei que você se lembrava. — ele limpou a garganta. — Estava prestes a tirar a própria vida, e eu a impedi. No processo, você bateu com a cabeça. Espero que possa me perdoar. — ele revirou os olhos e murmurou: — Eu poderia ter terminado o processo por você dada a minha falta de jeito.
— Não gostaria de ser portadora de más notícias, senhor, mas eu gostaria que você tivesse terminado o que eu estava fazendo.
— Bobagem! — ele inspirou e pareceu ganhar controle da própria explosão. — Por que acha que estou aqui, jovem senhorita?
— Não tenho certeza se entendi o que quer dizer, senhor.
— Ousarei dizê-lo, por mais loucura que minhas palavras pareçam. — ele segurou as mãos dela e a olhou fixamente nos olhos. — Não foi por acaso que vaguei por esta floresta esta noite. Digo isso após ter salvado sua vida, mas duvidei da minha sanidade no início. Eu estava passando por sua humilde cidadezinha lá embaixo e essa floresta me chamava. Uma mensagem veio à minha mente enquanto eu procurava, sem saber o que