Interseção Com Nibiru. Danilo Clementoni
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De repente, Preston voltou à sua mesa, pôs ambas as mãos nela, e olhando direto nos olhos do General, disse: — Vocês tinham um drone. Por favor, me diga que conseguiram filmar essa astronave.
O General se virou, procurando desesperadamente uma resposta afirmativa da dupla. O sujeito magro sorriu com desdém, e estufando o peito com orgulho, anunciou satisfeito: — Certamente, Senador, mais de uma vez. Enviarei imediatamente.
Sem a menor cerimônia, ele empurrou o General, e depois de mexer um pouco no teclado à frente, fez as fotos tiradas da instalação da Doutora Hunter aparecerem numa janela na tela do Senador.
Preston colocou ambos os cotovelos na mesa, inclinou o queixo nos punhos fechados das mãos e aproximou-se tanto quanto possível do monitor, para não perder uma única imagem passando na tela à sua frente. Primeiro, as imagens noturnas do recipiente de pedra descoberto enterrado sob o solo, depois as do misterioso globo negro dentro e o mesmo sendo transportado até a tenda do laboratório. Então a cena mudou para uma imagem de luz do dia. Uma estrutura circular e prateada, aparentemente apoiada em quatro feixes de luz avermelhados, vindos das arestas de um quadrado imaginário desenhado no chão, estava em plena vista. A estrutura inteira parecia ser um tipo de pirâmide truncada, e tinha uma espantosa semelhança com o Zigurate de Ur, que podia ser visto se erguendo majestosamente em segundo plano.
O Senador não conseguiu tirar os olhos da tela. Quando viu os dois personagens de aparência humana, definitivamente mais altos e volumosos que a média, aparecerem na abertura da estrutura prateada e se posicionarem, com as pernas separadas, no que seria uma plataforma de descida, não pode evitar um sobressalto ao sentir o coração bater freneticamente no peito.
O sonho que esteve perseguindo por toda sua vida finalmente se tornou realidade! Todos os seus estudos, sua pesquisa, acima de tudo, o capital considerável que investira nesse projeto estavam finalmente dando os resultados que esperava. Os personagens que estava observando na tela eram realmente dois alienígenas, que a bordo da astronave extremamente avançada, cruzaram o espaço interplanetário para voltar à Terra. Agora ele poderia mostrar, a todas as pessoas que sempre o criticaram, que seus cálculos eram absolutamente exatos. O décimo segundo misterioso planeta do sistema solar realmente existia! Depois de 3.600 anos, sua órbita estava prestes a cruzar a órbita terrestre novamente, e ali, diante dele, estavam dois dos seus habitantes, que aproveitando a "viagem" do planeta, retornaram para visitar, e mais uma vez, influenciar nossa cultura e nossas vidas. Já havia acontecido sabe lá quantas vezes no decorrer dos milênios e agora a história se repetia. Dessa vez, porém, ele também estava lá e certamente não deixaria escapar a oportunidade única.
— Bom trabalho — disse simplesmente o Senador para os três rostos que o olhavam apreensivamente. Então, depois de girar a cadeira, acrescentou: — O fato, General, de que você permitiu a descoberta, complicará as coisas um pouco. Não teremos mais a possibilidade de manter contato oficial dentro do ELSAD, mas neste momento, não estamos mais interessados...
— O que quer dizer, Senador?
— Nosso objetivo agora não é descobrir se as suposições da Doutora Hunter estavam corretas, nem ficar de posse do precioso "conteúdo".
— Sim, porque era tudo exceto precioso, de qualquer forma — sussurrou o sujeito gordo.
— Podemos passar diretamente para a fase dois — continuou o Senador, fingindo não ter escutado. — Estamos diante de uma tecnologia incrivelmente avançada e eles estão nos oferecendo de mãos beijadas. Tudo o que precisamos fazer é simplesmente tomá-la, antes que alguém mais se meta nisso.
— Permita-me, Senador — arriscou o General timidamente. — Meus dois ajudantes descobriram, às próprias custas, que nossos dois adoráveis alienígenas não pareciam de modo algum dispostos a cooperar.
— Vamos apenas dizer que nos deram uma surra — acrescentou o sujeito gordo, esfregando o joelho.
— Posso imaginar o tipo de abordagem que usaram — retorquiu o Senador, com um leve sorriso. — Sequer imaginaram como puderam estabelecer relações tão cordiais com a Doutora e o Coronel Hudson?
— Para dizer a verdade, pareceu realmente esquisito — respondeu o General. — Com eles, comportaram-se como se os tivessem conhecido a vida inteira.
— Em vez disso, acredito que se mostraram bem mais cordiais e agradáveis que vocês.
— Bem, para ser justo, não fomos exatamente delicados com eles.
— O que aconteceu, aconteceu — proferiu o Senador. — Agora somente tentem se concentrar na próxima missão. Vocês dois, rastreiem o Coronel e a sua amiga. Não quero que tirem os olhos deles nem um instante. Vocês têm meios e recursos disponíveis. Não admitirei erros desta vez.
— Agora, quem vai dizer a ele que os dois estão dando uma volta ao redor da Terra? — sussurrou o sujeito gordo no ouvido do magro, pouco antes de soltar um gemido fraco, provocado pelo chute na canela esquerda que seu cúmplice acabara de lhe dar.
— E você, General, virá me pegar no aeroporto.
— Está vindo para cá pessoalmente? — exclamou o oficial, surpreso.
— Não perderia esse evento por nada nesse mundo. Se essa é a base de pouso deles, terão de retornar, mas dessa vez haverá uma bela comissão de boas vindas para eles. Darei instruções quando estiver a caminho. Boa sorte a todos — e encerrou a conversa.
O Senador permaneceu imóvel por mais alguns instantes, olhando o monitor, que, após o fim da transmissão, agora mostrava uma série de fotos espetaculares do deserto do Arizona, sucessivamente. Então, como se algo o tivesse despertado repentinamente, pulou de pé, apertou o botão no comunicador na mesa e disse ao microfone embutido: — Arranje para que preparem meu avião e chame meu motorista. Quero estar em voo dentro de uma hora, o mais tardar.
Astronave Theos – O presente
— Devemos voltar e descer — disse o Coronel Hudson aos dois alienígenas. — Preciso fazer alguns telefonemas e realmente acho que daqui não será possível.
— Eu não teria tanta certeza — respondeu Azakis sorrindo. — Sabe, se o velho e bom Petri se empenhar seriamente, ele pode fazer coisas que você nem imagina — e deu ao seu colega uma palmada nas costas.
— Acalmem-se, por favor — respondeu Petri com as mãos no ar. — Antes de mais nada, defina o conceito de "telefonema".
Jack, pego de surpresa pela pergunta aparentemente trivial, virou-se para Elisa, que primeiro encolheu os ombros, e então, apontando para o bolso do Coronel, disse abertamente: — Mostre a eles o seu telefone, sim?
Com um movimento rápido, Jack retirou seu smartfone. Era uma tela de toque um pouco antiga. Ele nunca gostou de seguir a tendência absurda de sempre ter o último modelo de celular. Preferia familiar, sem precisar perder tempo aprendendo todas as novas funções.
— Não sou engenheiro — disse Jack, mostrando o celular para o alienígena, — mas com isto, é possível conversar com outra pessoa que tenha um semelhante, apenas digitando seu número neste teclado.
Petri tomou o celular e examinou-o cuidadosamente. — Deve ser um sistema de transmissão individual, parecido com os nossos comunicadores portáteis.