A Cidade Sinistra. Scott Kaelen

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A Cidade Sinistra - Scott Kaelen

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assim, caiu em um pântano, algo assim. Eu, eu não tenho tanta certeza. Lias era velhaco.”

      Alari moveu sua banqueta e esperou enquanto Jerrick pigarreava ruidosamente na mão retorcida. Quando ele terminou, ela se aproximou e disse, “Quem era a garota?”

      “Amaldiçoado se eu sei.”

      Maros balançou a cabeça. “Isso é novidade para mim.”

      “Nenhum motivo para você ter ouvido,” Henwyn comentou. “Um contrato entre milhares, de meio século atrás?”

      “Verifique os registros,” Alari sugeriu.

      “Não encontrará nada lá,” Maros disse. “Os arquivos aqui remontam a somente dez anos atrás. A sede em Brancosi tem todos os registros dos contratos mais antigos e dos membros.”

      Jerrick balbuciou outra crise de tosse, em seguida pegou um cachimbo de madeira e uma algibeira do que Maros sabia ser de tobah com nepente do seu casaco. Apesar das juntas retorcidas, ele enfiou habilmente as folhas úmidas no cachimbo, em seguida tomou um gole de cerveja. “Viva pela espada, morra pela espada, vocês jovens dizem, não é? Aye, bem, reconheço que estas são minhas espadas.” Ele brandiu seu cachimbo e caneca, tomou o resto da sua cerveja, em seguida se levantou da sua cadeira. “Foi muito bom conversar com vocês, rapazes.” Ele acenou com a cabeça para Alari. “E você, moça.”

      “Ei, Jerrick,” Maros chamou.

      Uma expressão intrigada atravessou o rosto do velho. “Ah, sobre o que estávamos falando?”

      Maros sorriu com tristeza. “Vida e morte, eu acredito.”

      “Ah, sim.” O velho deu um sorriso cheio de dentes. “Dois tópicos sobre os quais eu sei o suficiente. Bem, então.” Ele levantou uma mão com manchas hepáticas como se inclinando um chapéu, em seguida atravessou lentamente a sala comunal e saiu para a noite.

      Quando as portas da taverna se fecharam, Maros ficou sentado pensativo. A revelação de Jerrick o incomodou. Isso o incomodou muito.

      Henwyn estava olhando para ele. “Quando o mensageiro chegar, mande-o de volta com um pedido pelos arquivos de cinquenta anos atrás.”

      “O mensageiro não retornará por uma quinzena,” Maros disse. “Depois, ele terá rodadas para terminar antes de voltar para a Baía. E provavelmente serão mais algumas semanas até que ele retorne novamente. Isso é tempo demais.”

      “Tempo demais para que, chefe?” a garota ao lado de Henwyn perguntou.

      Maros franziu o cenho para ela. “Sinto muito, moça, esqueci seu nome.”

      “Leaf,” ela disse.

      “Hm. Bem, então, Leaf. O que você acharia de um pequeno contrato de mensageiro? Mostrar a Henwyn do que você é capaz.”

      Os olhos de Leaf arregalaram. “Um trabalho meu? É claro.”

      “Certo, então. Encontre-me aqui ao meio-dia amanhã. Terei o formulário de solicitação redigido então.”

      “Para onde vou?”

      “Sede da guilda em Baía Brancosi.”

      Leaf ficou de queixo caído. “Nunca estive na capital antes.”

      “Bem, agora é a sua chance. Mas não demore, porque quero aqueles documentos o mais rápido possível.”

      “Qual é a pressa?” Kirran perguntou, mantendo o tom de voz cuidadoso.

      Maros olhou para o novato. “A pressa, menino, é que eu tenderia a concordar com Jerrick, que seu amigo não morreu simplesmente na estrada. Se um freeblade é enviado em missão” — ele balançou a cabeça ao se pegar usando a palavra antiquada de Jerrick — “então a probabilidade é que ele ou ela seja um veterano – um oficial, pelo menos, se não um mestre espadachim.”

      “O que você está dizendo?” Henwyn perguntou.

      “O que estou dizendo, Hen, é que eu creio que este Eli encontrou a Cidade Sinistra. Mais precisamente, acredito que Jalis e os rapazes também irão encontrá-la e serei amaldiçoado se vou permitir que eles encontrem o mesmo destino.”

      Os últimos clientes da noite desapareceram pela porta da taverna na escuridão, deixando Maros sozinho enquanto duas atendentes esfregavam as tábuas e limpavam as mesas. A algazarra de panelas e frigideiras flutuava da cozinha onde Luthan, o cozinheiro, estava ocupado realizando suas próprias tarefas de fim de turno.

      Após alguns minutos, Maros ouviu um farfalhar e olhou para a passarela atrás do bar. Luthan tinha saído da cozinha e estava indo na direção de Maros. Seu avental esbranquiçado e bandana estavam tão imaculados como sempre quando ele entrou na área pública, mesmo se o lugar estivesse sem clientes. Mais do que apenas um cozinheiro, a famosa refeição whitesand de Luthan lhe dera uma espécie de nome nestas partes e ele tinha uma imagem a manter, algo que ele conseguia com um decoro tranquilo, no entanto, confiante.

      “Você gostaria de comer alguma coisa?” O cozinheiro disse. “Estou preparando algo para mim antes de ir para casa. Por que você não se junta a mim? Chefe?”

      “Hm?” Maros pegou o olhar de Luthan e estufou as bochechas. “Não, não para mim. É tarde demais.”

      O cozinheiro sem barba nenhuma puxou uma banqueta e apoiou-se nela. Seus olhos azuis estudaram o rosto de Maros. “Algo está preocupando você.” Não era uma pergunta; com Luthan, nunca era.

      “Estou preocupado sobre Jalis e os rapazes. Estava começando a pensar que eu os enviei para caçar dragões, mas agora reconheço que pode ser pior.”

      “Isso é sempre uma chance para um freeblade,” Luthan disse.

      “Verdade.” Maros cerrou o punho e esfregou os nós dos dedos com a outra mão. “Mas algo está começando a parecer inesperado sobre isso.”

      Na parte mais distante da sala comunal, as portas da taverna se abriram. Um homem entrou, parando na porta para alisar seu sobretudo e remover seu boné xadrez. Ele olhou para através da distância enquanto se dirigia propositalmente para o bar.

      Luthan pigarreou e desceu da banqueta para voltar rapidamente para a cozinha.

      “Estamos fechados durante a noite,” Maros disse ao recém-chegado. “A não ser que seja um quarto que você esteja procurando?”

      O homem suspirou quando alcançou o bar e colocou seu boné no balcão de carvalho. “Não estou aqui como um cliente, bom mestre taverneiro.”

      Maros o avaliou. O rosto flácido do estranho não tinha barba, seu traje amarrotado, mas bem cortado e com certeza ele não era o tipo que gostava de sujar as mãos. Maros imaginou que ele estivesse na casa dos quarenta e tantos. “Não posso dizer que já o vi por estas bandas, amigo. Você está aqui para oferecer um contrato?”

      “Não é bem assim.” O homem parecia cansado. “Estou aqui sobre um contrato, mas que infelizmente já foi acordado.”

      “Compreendo.” Um fiozinho de irritação surgiu aos poucos enquanto Maros desejava

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