Um Conde Infame A Menos. Dawn Brower

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Um Conde Infame A Menos - Dawn Brower

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ela supusesse que pudesse ter interpretado as ações dele incorretamente.

      Ela não sabia nada sobre cavalheiros ou como flertar com eles. Esse era mais o forte de Samantha. Ela não tinha nenhum problema em obter a atenção de um cavalheiro. O problema de Samantha era seu irmão, o conde de Shelby. Ele assustava a maioria dos pretendentes e dificultava a procura de um marido para a amiga.

      – Não se preocupe com nada – disse Samantha com um aceno de mão. – Ajudarei com o que puder.

      – Sam – disse Marian com um tom chocado em sua voz. – Você é inocente. Não posso ter você perto dessa gravidez. Isto…

      – Não seja idiota – disse Samantha. – Eu li muitos livros sobre o assunto e Kaitlin também.

      Marian virou-se para Kaitlin. Porcaria. Por que Samantha tinha que entregá-la? Ela ficara curiosa e estudara algumas das revistas médicas de Marian. Elas eram fascinantes, e ela finalmente estava começando a entender por que Marian queria ser médica. Não que Kaitlin desejasse a mesma coisa. Algumas das coisas que aprendeu sobre o corpo humano eram… nojentas. Ela preferia não lidar com nada disso.

      – Não tenho certeza de que entendo o que Samantha está implicando. – Talvez ela pudesse fingir ignorância. Ninguém, exceto as duas damas com ela na sala, a questionaria. Porque eles não a notavam.

      – Não banque a esperta com a gente – Samantha a repreendeu. – Você pode ser tímida e extremamente quieta em público, mas vimos seu lado mais obsceno.

      Ela torceu o nariz.

      – Eu não sou obscena. Não seja ridícula, essa palavra descreve você mais do que jamais me definiria.

      – Eu sempre pensei nela como uma diabinha – disse um homem com um barítono profundo e rico ao entrar na sala.

      Todas elas se voltaram para o som. Três cavalheiros estavam na entrada. Um deles era lorde Harrington, marido de Marian. Os outros dois eram seus amigos mais próximos, lorde Shelby e lorde Asthey. Quem falou foi o irmão de Samantha, Shelby.

      – Você não pode me censurar de maneira alguma, considerando seu próprio comportamento maroto. – Samantha olhou para o irmão.

      – Bem – começou Shelby. Ele parou brevemente e piscou para Kaitlin. Ele a pegou olhando para ele. Por que ele tinha que ser tão lindo? Seu cabelo era tão escuro quanto o próprio pecado, e seus olhos eram tão azuis que quase brilhavam, provavelmente de todas as travessuras em que ele participava. —, por que devo parar de fazer algo que sou bastante competente? Isso devastaria as mulheres…

      – Não termine essa frase – Samantha ordenou enquanto caminhava em direção a Shelby.

      O conde de Harrington passou a mão pelas mechas castanhas e suspirou. – Guarde suas garras – disse ele. – Prefiro não ter derramamento de sangue ou qualquer tipo de distúrbio na frente de minha esposa.

      Samantha se acalmou com suas palavras.

      – Tudo bem. Admito que não é aqui que eu deveria ter essa conversa com meu irmão. – Os lábios de Shelby se torceram em um sorriso pecaminoso. O coração de Kaitlin se apertou um pouco. Ele era tão bonito e charmoso… Samantha não percebia o sorriso de seu irmão. Seria estranho se ela notasse. Ela apontou o dedo para ele, como se estivesse dando um sermão em uma criança pequena. – Afinal, eu não gostaria de ser responsável por qualquer coisa que possa acontecer com Marian ou o bebê.

      – Marian está tendo um bebê? – Asthey disse com um tom chocado. – Porque sou sempre o último a saber.

      Kaitlin suspirou. O chá da tarde deu uma guinada inesperada. Claramente, Jonas e Marian ainda não estavam prontos para anunciar suas boas novas. Samantha precisava aprender quando segurar a língua e quando falar. Algo que Kaitlin duvidava que ela dominasse.

      Gregory gemeu interiormente. Se Harrington seria pai, isso mudava tudo. Seu casamento foi o primeiro passo nessa direção, e agora Harrington havia garantido que estaria eternamente preso ao lar. Ele não culpava o amigo. Harrington amava sua esposa e, de certa forma, Gregory tinha ciúmes disso. Ah, ele não queria esposa nem filhos, mas gostava da ideia de amor.

      Ele percebeu desde cedo que algo tão enorme quanto o amor não faria parte de sua vida. Isso seria mais responsabilidade com que Gregory sempre quis se envolver. Ele tinha vários vícios, mas seus favoritos eram um suprimento interminável de conhaque e mulheres devassas. Ele provavelmente teria que desistir do primeiro caso se casasse e, sem dúvida, teria que desistir do segundo. Uma esposa gostaria de um marido que a adorasse. Ele estremeceu com a possibilidade. Claro, havia muitos casamentos na sociedade que não tinham amor, mas se ele alguma vez fosse se acorrentar a uma mulher, queria algo mais do que um acordo comercial. Ele não desejava experimentar uma cama fria com um pouco de infelicidade.

      Gregory olhou para Asthey e o repreendeu: – Não seja grosseiro. – Então ele voltou para sua irmã e a olhou. – Eu posso estar errado, mas esse é provavelmente um segredo que ninguém deveria ter conhecimento ainda.

      Samantha revirou os olhos.

      – Como eu poderia saber que lorde Harrington não confiara em seus próprios amigos as boas notícias.

      Às vezes, ele queria estrangular sua irmã. Se não a amasse, poderia ter estrangulado quando eram crianças. – Talvez – ele começou. – Seria bom se mantivesse para você um segredo que não é seu para contar. – Aspereza marcara todas as palavras faladas.

      Gregory deu um passo em direção a sua irmã, mas Lady Kaitlin Evans ficou na frente dele. – Lorde Shelby – disse ela em um tom trêmulo. – Você gostaria de um pouco de chá?

      – Chá? – Ele a encarou incerto, que jogo era esse? – Não, não quero chá.

      Lady Kaitlin geralmente não falava com ele e também não queria ser rude com ela. Ela era tímida e, infelizmente, permitia que sua irmã a desafiasse para atividades das quais não participaria de outra forma.

      – Por favor, se afaste.

      – Não – ela respondeu desafiadora. – Devo insistir para que você não brigue com sua irmã. A agitação pode ser demais para Marian, e devemos considerar sua condição.

      Gregory encolheu-se interiormente e lutou para se acalmar.

      – Eu nunca machucaria minha própria irmã.

      Lady Kaitlin assentiu.

      – Eu percebo isso, meu senhor, mas vozes elevadas não é novidade entre vocês dois.

      – Ela está certa – disse Asthey. – Testemunhei mais desentendimentos entre você e Lady Samantha do que qualquer pessoa deveria estar sujeita.

      – Aham – Lady Marian pigarreou. – Talvez Kaitlin esteja certa. Se o chá não é do seu agrado, talvez Jonas possa lhe servir um pouco de conhaque.

      Lorde Harrington encontrou o olhar de sua esposa e voltou sua atenção para Gregory e Asthey. – Talvez possamos continuar nossa conversa na minha sala.

      – Não – disse Gregory, descartando a sugestão de Harrington. – Eu gostaria de ficar aqui com as damas. – Ele se virou para Lady Marian. – Se você aceitar minhas desculpas e felicitações por

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