O Guarda Florestal. Jack Benton

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O Guarda Florestal - Jack Benton

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Capitulo 53

       Capitulo 54

       Capitulo 55

       Capitulo 56

       Capitulo 57

       Capitulo 58

       Capitulo 59

       Capitulo 60

       Capitulo 61

       Capitulo 62

       epílogo

       Sobre o Autor

      “O guarda florestal” Copyright © Jack Benton / Chris Ward 2019

      Traduzido por Leonardo Oliveira Pestana De Aguiar

      O direito de Jack Benton / Chris Ward de ser identificado como o Autor deste Trabalho foi afirmado por ele de acordo com o Copyright, Designs and Patents Act 1988.

      Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, armazenada em um sistema de recuperação ou transmitida, em qualquer forma ou por qualquer meio, sem a permissão prévia por escrito do Autor.

      Esta história é uma obra de ficção e é um produto da imaginação do autor. Todas as semelhanças com locais reais ou com pessoas vivas ou mortas são mera coincidência.

O guarda florestal

      1

      O chute doeu.

      Se não fosse pela quantidade de álcool que ele havia ingerido, teria doído muito mais, Slim pensou enquanto se dobrava, tensionando o que sobrou dos músculos abdominais estagnados de sua época de exército, quando o próximo chute veio.

      "Fique longe. Eu já te disse. Não vou falar de novo."

      Dedos se fecharam sobre a nuca do colarinho de Slim. Um punho cerrado se ergueu, sua silhueta iluminada por um poste de luz. Slim se preparou para o impacto, mas quando o soco veio não doeu tanto quanto ele esperava. Ele caiu na calçada enquanto seu agressor praguejava, sacudindo a mão.

      Esse é o problema de atingir alguém no rosto. Eles são geralmente mais duros do que os ossos de um punho inexperiente.

      O homem saiu cambaleando pelo beco. Slim sentou-se, apenas para ser atingido na lateral por uma tampa de lixeira de metal, seguido por um saco de lixo que despejou restos de comida fedorenta sobre ele, casca de cenoura e pele de frango grudaram em suas roupas e rosto.

      "Se você quer comer nosso lixo, fique à vontade. Mas se eu pegar você fazendo isso de novo, você vai parar num desses sacos. Entendeu?"

      Slim, cego por um saco de papel com restos de cozinha não identificados, acenou com a cabeça para onde esperava ser a direção certa. Um desejo irresistível de dizer algo sarcástico para irritar ainda mais o homem queimou como uma coceira inalcançável, mas ele resistiu. Alguns segundos depois, não se ouvia mais passos. Slim se levantou e voltou cambaleando para o canal.

      O Riverway Queen, o barco-casa abandonado que ele agora chamava de lar, apareceu à frente. Slim retirou a chave do cadeado que havia comprado com seu último trocado e destrancou a porta, movendo a placa de PERIGO: NÃO ENTRE para o lado, e então colocando-a de volta ao fechar a porta.

      Na penumbra, ele fechou o cadeado pelo lado de dentro e acendeu a pequena lâmpada de parafina pendurada em um gancho no teto.

      Ele levara um tempo para se acostumar com o ângulo de inclinação para baixo e para a esquerda da barcaça. Na extremidade inferior, uma poça de água espirrava ao redor dos pés de uma mesa e cadeiras, subindo e descendo com a mudança de profundidade do canal, mas a maior parte do interior do barco estava intacta. Nada funcionava, mas um sofá-cama dobrável apoiado em alguns livros de capa dura encharcados era confortável o suficiente, e havia muitos armários para estocar bebida.

      Ele tirou as roupas e as jogou no lavatório. Amanhã seria dia de lavagem, especialmente agora que ele tinha sangue na camisa. Havia previsão de chuva para a manhã, o que significava que amanhã à tarde o canal fluiria bem e fresco. Embora estivesse acostumado a cheirar a mofo úmido e plantas mortas—ele lavava suas roupas e a si mesmo no canal, e o sabão era um luxo desnecessário—sempre era bom estar realmente limpo.

      Sua aparência não estava muito boa no pequeno espelho acima da pia. A lamparina de parafina deixava metade de seu rosto na sombra, mas um olho estava muito inchado. Sua barba estava salpicada de sangue e já passava muito da hora de cortá-la ou removê-la. Ele chamava muita atenção, e isso nunca era uma coisa boa.

      Ele se lembrou de uma vez que um velho amigo lhe disse que os sem-teto eram invisíveis, vagando sob os olhos do mundo. Slim descobriu que não era esse o caso. Nos seis meses desde seu despejo, ele foi agredido três vezes, incluindo esta noite. Uma vez foi atacado preguiçosamente por um grupo de garotos que voltava de uma boate sem nada melhor para fazer, e outra vez com mais ferocidade por um grupo de outros sem-teto pelo pecado de dormir na área de alguém. Pés, punhos e até mesmo um pedaço de madeira usado por uma sombra barbada não doeram tanto quanto Slim imaginou que doeriam. Corpos se recuperam, ele descobriu. O coração e suas delicadezas eram muito menos resistentes.

      De uma geladeira que não funcionava, ele pegou uma cerveja que não estava fria e abriu a tampa. Tinha um gosto ruim—fora da validade porque era mais barato—mas aliviava um pouco da dor.

      Talvez amanhã ele parasse de beber novamente. Ele havia parado recentemente—menos de duas semanas atrás, ele havia parado por três dias. Tinha corrido tão bem que ele lavou o terno e foi ao centro de empregos procurar trabalho.

      Então algo aconteceu. Ele tinha visto alguém que se parecia com outra pessoa, ou ouvido uma voz que parecia uma daquelas que o assombravam, e se viu em um bar, bebendo o que restava de seu dinheiro do seguro-desemprego.

      Ele abriu a geladeira novamente, olhando para a linha escura de latas. O fato dele não ter bebido todas elas, de ele poder manter um estoque, era certamente um sinal de controle.

      Não era de todo ruim. Ainda havia esperança.

      Ele se sentou no banco inclinado do sofá, sentindo o rangido desconfortável do barco embaixo dele. Ele já esteve pior do que isso. Ele tinha que permanecer positivo e sonhar, se não esperar, por

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