A Vida No Norte. Tao Wong
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Atributos não atribuídos:
1 Regalia Pequena, 1 Regalia Média, 1 Regalia Grande, 1 Regalia Superior.
Gostaria de os atribuir? (S/N)
A segunda janela surge quase imediatamente à frente da primeira. Quero mais tempo para analisar as estatísticas, mas a maior parte da informação parece ser óbvia e é melhor passar à frente. Não é como se tivesse muito tempo. Assim que penso nisso, o S é pressionado e surge uma lista gigante de Regalias.
Não tenho mesmo tempo para isto! Definitivamente, não tenho tempo a perder na criação da personagem. Estar preso numa zona que está muito além do meu nível quando o Sistema se iniciar, é um convite para ser devorado. A lista gigante de regalias é demasiado grande para saber por onde começar, principalmente com os nomes que não fazem grande sentido. Que raio quererá dizer Coloração Ajustável? Pronto, este sistema parece funcionar através do pensamento, reagindo ao que estou a pensar, por isso, talvez consiga organizar as regalias por tipo, reduzir a pequenas regalias para ter um guia ou algum tipo de Companheiro?
Quase instantaneamente, o sistema pisca e apenas aparece a palavra Companheiro. Aceno ligeiramente para mim mesmo e surgem mais detalhes, oferecendo-me duas opções.
IA Espírito
Seleciono a IA, mas surge um novo aviso.
Seleção de IA não está disponível.
Requisitos mínimos:
Não possui Classificação IV na Unidade de Processamento.
Resmungo. Pois, não me digas. Não tenho um computador comigo. Ou dentro de mim? Não há nenhum mundo cyberpunk para mim. Pelo menos, não por agora. Mas ia ser muito fixe ter um computador como cérebro e braços metálicos que não doem por passar demasiado tempo no computador. Não é altura para isto, portanto, escolho Espírito a seguir e aceito a pergunta.
Ganhou um Espírito Companheiro do Sistema
Parabéns! Quarto Mundo. Sendo o quarto indivíduo a ganhar um Espírito Companheiro, o seu Companheiro está agora (Ligado). Os Companheiros Ligados irão crescer e evoluir contigo.
Ao rejeitar as notificações, vejo uma luz a começar a brilhar à minha direita. Viro-me, a pensar em quem ou o que será o meu novo Companheiro.
***
— Fugir, esconder ou lutar. Não é assim tão difícil decidir, miúdo.
Olhem, eu não sou perverso. Não precisava de uma fada gira e atraente como meu Espírito Companheiro do sistema. Claro, uma parte de mim esperava que o fosse. Sou um homem de sangue quente que não se importaria de olhar para algo bonito. Ainda assim, em termos práticos, ter-me-ia contentado com um autómato sem género, que fosse eficiente e respondesse às perguntas com o menor número de palavras possível. Em vez disso, calhou-me ele...
Olho para o meu novo Companheiro e suspiro mentalmente. Mal chega aos 30 cm e parece um jogador de futebol americano com uma barba castanha cerrada e encaracolada. Cabelo castanho, olhos castanhos, pele morena e um fato laranja bastante justo, que realça os sítios errados, complementa o conjunto. Ali, o meu novo Companheiro, só aqui está há dez minutos, a explicar-me o mais importante, e eu, em parte, já me arrependi da minha escolha.
Em parte, porque, apesar de todas as suas críticas, até é bastante útil.
— Fugir — decido finalmente, enquanto parto a barra de chocolate e lhe dou outra dentada. Não vale a pena lutar, não posso utilizar nada que consiga afetar um monstro de Nível 110, segundo o Ali. E apesar de não haver garantias de que um deles se irá reproduzir imediatamente, até os monstros de nível mais baixo, que são as suas refeições, seriam demasiado difíceis para mim.
Esconder-me só atrasa as coisas. Portanto, tenho de me pôr a andar do parque, o que, na verdade, não deve ser assim tão complicado. Demorei meio dia a subir a montanha, com uma caminhada árdua, a partir do parque de estacionamento, que fica mesmo dentro da nova zona. A um bom ritmo, devo chegar lá abaixo em algumas horas, o que significa, se percebi bem as coisas, que não devem existir assim tantos monstros. Assim que sair, parece que Whitehorse tem uma Zona Segura, ou seja, posso abrigar-me e descobrir o que raio se está a passar.
— Já não era sem tempo — resmunga o Ali. Com um movimento das mãos dele, uma série de novas janelas surgem à minha frente. Pouco tempo depois de aparecer, ele pediu acesso total ao meu sistema, o que lhe permite manipular a informação que eu vejo e recebo. É muito mais rápido assim, visto que ele me mostra a informação e me deixa ler as coisas, enquanto faz a pesquisa mais aprofundada. As novas janelas azuis (mensagens do Sistema, segundo ele) são as suas opções para as regalias médias e pequenas.
Prodígio: Habilidade Furtiva
És um espião natural. Os Intrépidos contratar-te-iam imediatamente.
Efeito: Todas as habilidades Furtivas são ganhas 100% mais depressa.
+ 50% de aumento do Nível de Habilidades para todas as habilidades Furtivas.
— Porquê esta? — olho com ar de desagrado, enquanto toco no lado da habilidade Furtiva. Não sou bem o típico miúdo espião, sou mais direto na maioria das minhas interações. Nunca senti muito a necessidade de mentir e certamente não me imagino a esgueirar-me e a entrar à socapa em edifícios.
— São habilidades furtivas. Dão um bónus imediato a todas, o que significa que as ganhas mais depressa. Uma Regalia Pequena iria dar-nos acesso direto à base das habilidades Furtivas. Mas, a este nível, temos de avançar para a categoria principal — responde o Ali e continua. — Se conseguires sobreviver, deve ser útil no futuro, de qualquer maneira.
Manipulador de Física Quântica (MFQ)
O MFQ permite ao seu portador mudar de estado, posicionando-se numa dimensão adjacente à atual.
Efeito: Enquanto estiver ativado, o seu utilizador torna-se invisível e é indetetável através de meios normais e mágicos, desde que o MFQ permaneça ativado. Objetos sólidos podem atravessar, mas gastam energia mais depressa. A energia dura cinco minutos em condições normais.
— Como recarrego a energia do MFQ?
— O MFQ utiliza um Cristal Manipulador de Categoria III. O Cristal aproveita o ambiente e alinha especificamente... — O Ali olha para a minha cara durante algum tempo, antes de me dispensar com a mão. — Recarrega-se automaticamente. Fica completamente carregado num dia, em condições normais.
—Não