A Posse De Um Guardião. Amy Blankenship
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Читать онлайн книгу A Posse De Um Guardião - Amy Blankenship страница 19
O seu tio tinha se voltado para o lado sombrio porque ele tinha sido separado daquela a quem o céu tinha destinado para ser a sua alma gémea. A estátua da jovem Sacerdotisa, a donzela, tinha sido feita à semelhança de... a mesma estátua da donzela que imitava a sacerdotisa deitada abaixo dele neste exato momento. Elas poderiam muito bem ser a mesma mulher... mas o tempo provou que não eram.
Elas eram idênticas em aparência, proclamando Kyoko como um descendente direto da sacerdotisa que o seu tio tinha escolhido para sua companheira de vida. Ele e seu tio eram tão diferentes? O sangue poderoso de Hyakuhei tinha sido a sua queda no final? Hyakuhei estava agora colocando Kyoko por engano no lugar do seu amor perdido? Ele não permitiria isso.
Kyou flutuou para mais perto dela, mergulhando os lábios na sua orelha. Ele não queria que ela temesse isso. Ele queria que ela quisesse. O que ele usava como punição agora era apenas acender o fogo que a manteria com ele... para sempre.
Ele estendeu a mão acariciando o seu cabelo com amor. – A fim de mantê-la segura dos demónios... de Hyakuhei, você tem que me obedecer Kyoko. Eu não quero te magoar, então vou puni-la assim... e mais se você não se comportar.
– Então me deixe ir. – ela sussurrou. – Você diz que não quer me magoar, mas não me trata melhor do que ele. Eu prefiro que ele me toque sabendo que me mataria depois, do que você me tocar sem saber.
– Minha querida Kyoko, não tenho desejo de matar você. Como seu guardião, eu não poderia... iria contra tudo o que eu defendo. Você deve ser protegida pelos guardiões e eu sou um guardião. Deixar você ir apenas a mandaria embora sem a proteção de um guardião. Isso eu não posso permitir. A punição permanece. – Ele agarrou a cabeça dela entre as mãos para mantê-la quieta e pressionou os lábios contra o topo da sua cabeça antes de se virar para deixá-la pensar sobre a sua punição.
– Hyakuhei também é um guardião. – Kyoko sussurrou desafiadoramente sabendo que ele poderia ouvi-la mesmo que ele não reconhecesse isso.
Parte dele sabia que ela estava certa, mas não estava disposto a admitir isso para ela. Ele queria ficar furioso com o mero pensamento de Hyakuhei tocá-la como ele tinha feito, mas se conteve. Ele precisava colocar espaço entre eles, a fim de manter a sua própria paixão sob controle. Ele voltou a sua atenção para a janela.
Ele podia sentir os demónios a se aproximarem das suas terras por todos os lados. Hyakuhei tinha descoberto onde ele estava mantendo a sacerdotisa? Não... ele apenas os tinha enviado em busca dela. Ele olhou para trás em Kyoko não querendo que nada interferisse. Ele iria detê-los antes que chegassem mais perto de suas posses.
Kyou se moveu quase rápido demais para o olho humano e quando Kyoko olhou para ele... ele se foi.
Capítulo 5 – Asas Negras
Toya olhou para o norte enquanto voava. As suas asas de prata translúcidas dançavam à luz da lua, as penas aparentemente delicadas tremulando ligeiramente. Ele precisava encontrar Kyoko o mais rápido que pudesse. Esquadrinhou a área se perguntando onde procurar primeiro, quando a fumaça crescente ao longe chamou a sua atenção.
– Uma vila? – Toya se virou naquela direção se perguntando por que Kyou permitiu que humanos vivessem nas suas terras.
Kyou odeia todos os humanos... Os pensamentos de Toya pararam... Kyoko é humana. Os seus lábios se estreitaram com o ponto discutível.
Ao se aproximar da aldeia, percebeu que havia fumaça demais para sair dos fogões. A aldeia estava com problemas. Ele rapidamente examinou a área, sentindo demónios no meio das chamas que agora via.
O que os demónios estavam a fazer no território de Kyou? Espalhando os seus sentidos para além da aldeia, Toya percebeu que os demónios cruzavam as fronteiras das terras do norte em vários lugares... não apenas aqui. A cor dos seus olhos se transformou em prata derretida.
– Hyakuhei... ele sabe que Kyoko está aqui em algum lugar. – Toya cuspiu as palavras com raiva ao ouvir o grito do humano abaixo dele. – Droga! Eu não tenho tempo para isto. – ele rosnou enquanto sacava as suas adagas com a intenção de livrar a pequena vila das feras antes que elas pudessem causar mais danos.
Toya voou sobre a aldeia e abruptamente puxou as suas asas para perto... os apêndices emplumados desaparecendo quando ele pousou sobre um joelho no centro do que parecia ser a praça da aldeia. Erguendo a cabeça, ele rosnou para os demónios que se aproximavam dele.
– Parece que a maioria da população humana fugiu. – ele rosnou e se levantou, girando as adagas entre os dedos. – Vamos, suas vadias. Vamos ver como vocês me enfrentam!
Toya sorriu quando dois demónios vieram para ele de lados opostos. Ele esperou até o último momento antes de se esquivar para fora do caminho, forçando os dois a se chocarem, batendo as suas testas na sua animação para apanha-lo. Colocando as mãos no chão, Toya chutou as pernas para cima, acertando cada um no queixo para mandá-los esparramados.
– Tão estúpidos como sempre. – ele murmurou já entediado. Um demónio de aparência horrível voou de cima e Toya rolou para longe, errando por pouco as suas garras afiadas nas suas costas. Levantando-se, ele se inclinou para trás a tempo de perder as garras de outro demónio... perdendo vários fios de cabelo e arrancando a camisa no processo.
Ele mergulhou a sua adaga de gelo no peito do demónio e sentiu uma onda de satisfação quando o monstro se transformou em gelo com o poder da arma. Uma sensação de ardente inflamou o seu lado esquerdo, fazendo-o gritar de dor e raiva. O demónio voador tinha retornado e cravado as suas garras logo abaixo das suas costelas. Puxando a adaga do corpo congelado, ele bateu a adaga de fogo contra os seus lábios e se virou para os demónios que não perceberam que tinham acabado de assinar as suas sentenças de morte.
Os seus lábios se separaram ligeiramente lembrando um beijo e fogo explodiu da sua boca incendiando o demónio alado. Girando graciosamente num pé, o pé direito de Toya deu a volta e atingiu o demónio congelado... quebrando-o.
– Vai ser uma confusão quando descongelar. – Toya disse com um toque de orgulho.
Virando-se para os restantes demónios reunidos, ele ergueu as adagas rapidamente e assumiu uma postura de combate. Os seus sentidos estavam vivos com a emoção da batalha e ele estava tirando algumas das suas frustrações. Cada demónio à volta dele começou a mudar e de repente ele viu Kyou parado no lugar deles.
– Oh, você está apenas PROCURANDO me irritar regiamente! – ele exclamou.
Os demónios restantes atacaram simultaneamente enquanto Toya se agachava, preparando-se para o ataque. Garras e aço se encontraram resultando num banho de sangue que deixou Toya encharcado em poucos instantes. A sua roupa foi rasgada quando o inimigo cravou as garras na sua carne, mas Toya não diminuiu a velocidade.
Se alguém estivesse assistindo, eles teriam testemunhado Toya na sua glória de batalha. Apesar das feridas no seu corpo e do sangue derramado, ele era lindo de se ver... quando as suas asas de prata se estilhaçaram, ele se tornou a essência de um anjo letal.
Os ataques pararam de repente e Toya parou. Ele agora estava ajoelhado sobre um joelho com os braços estendidos para o lado... as adagas firmemente presas nas suas mãos. A sua respiração estava pesada e o seu cabelo de ébano e prata esvoaçava com a brisa. Uma longa franja pendia sobre os seus intensos olhos prateados quase