Por Ruas Empoeiradas E Solitárias E Outras Histórias. Gift Foraine Amukoyo

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Por Ruas Empoeiradas E Solitárias E Outras Histórias - Gift Foraine Amukoyo

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style="font-size:15px;">      – Não me venha com essa de mamãe enquanto você me mata devagar. Devo me tornar uma miserável às custas de você e do seu tolo pai patético?

      – Mamãe, não faça isso. Não me faça perder a calma. Não me provoque a reagir de uma maneira que fará nós dois nos arrependermos.

      – Cale-se. Você pode fazer o que quiser. Agora saia da minha frente. Deixe minha loja neste instante – ela empurrou Tega.

      Tega apertou as mãos, soltou-as e saiu furioso. Ele desatou a gravata enquanto se afastava.

      A mulher da loja de sua mãe andou rápido para alcançá-lo.

      – Oi.

      – Olá – disse Tega. Ele tentou acalmar sua raiva. Droga, estou fora de controle. Ele pensou e se sentiu mais desconfortável. O suor umedeceu sua sobrancelha. – Como posso ajudá-la – ele quase gritou as palavras para ela.

      – Você não me conhece, mas eu sou cliente da sua mãe. Eu testemunhei a saga inteira lá atrás.

      Em um instante, o semblante de Tega ficou na defensiva. Seus lábios mostravam irritação. Ela viu o constrangimento que estava no rosto de Tega.

      – Confie em mim, eu vim como amiga. – Ela deu um sorriso deslumbrante para tranquilizar Tega de que não estava aqui para zombar dele.

      O calor e a compreensão em seus olhos fizeram Tega relaxar:

      – Sim, esse incidente que você testemunhou é o conto da minha família. Eu sei que é patético.

      – Sinto muito por isso.

      – Obrigado senhorita, senhora?

      – Senhorita Clara… Mas é claro, você pode me chamar de Clara.

      – O prazer é meu. Clara, obrigada pela sua preocupação.

      Clara corou ao abrir a bolsa. – De nada. Aqui, pegue isso – ela estendeu um pouco de dinheiro; – Acredito que você terá um longo caminho até a cidade.

      – Uau. Não posso agradecer o suficiente por esse gesto maravilhoso. Deus te abençoe muito bem, Clara. Obrigado.

      – De nada, senhor?

      – Tega, Tega é o meu nome.

      – Tudo bem, Tega, é bom conhecê-lo.

      – Igualmente, apesar de me desculpar pelas circunstâncias em que estamos nos encontrando.

      – Está tudo bem, Tega. Considere isso como providência em ação. É minha esperança que você tenha melhores dias pela frente. Desejo-lhe um dia mais esplêndido e sucesso em todos os seus esforços. Tchau.

      – Obrigado e tchau por agora. – Tega e Clara apertaram as mãos e foram em diferentes direções.

* * * * * *

      Tega e seu pai estavam comendo à mesa quando a senhora Oghenevwede entrou na casa.

      Ela atacou eles.

      – Não me lembro de deixar comida na cozinha.

      – Bem-vinda de volta, mamãe.

      – Mesmo que nosso filho seja uma formiga, eu me tornei um rato?

      Ela olhou arrogante:

      – De onde essa refeição se materializou? Espero que nenhum de vocês tenha tocado meus alimentos?

      – Estou falando com você, mulher. Pelo menos mostre alguma consideração por um homem que carregava vinho por sua causa.

      – E daí se eu não tiver nenhuma consideração por um homem que tenha um barril miserável de vinho da palma para me arrancar do jardim florido de meu pai e me depositar em sua casa para bater em tanques como um escravo?

      Tega ficou furioso. – Como se atreve a falar assim com meu pai? Cristo. Sua atitude é desprezível, mamãe, mostre algum respeito.

      – Você vai ficar quieto, seu jovem idiota covarde. Quando os temperos escaldam em uma panela fumegante, uma refeição não preparada não se vangloria como um cardápio saboroso.

      – Onde nos perdemos? Onde eu errei? – Oghenevwede lamentou e balançou a cabeça com total espanto.

      – Pergunte a si mesma, miserável – a senhora Oghenevwede bufou e se afastou para lavar a louça do freezer.

      Tega parou de comer. A situação doentia de sua família o preocupava. Sua mãe os considerava parasitas. A cegueira do pai o impedia de conseguir um emprego.

      Tega não conseguiu um emprego remunerado para comprar provisões para a casa. O negócio de alfaiataria de sua mãe fornecia necessidades básicas. Isso fez dela a única provedora da casa. Ela os alimentava diariamente com o veneno da boca, em vez de sustento da bolsa. Houve momentos em que Tega pensou que nunca houve amor entre seus pais.

      Ele largou os talheres:

      – Oh, isso é um absurdo. – Ele cerrou os punhos.

      – Acalme-se, meu filho, e por favor termine sua refeição

      – Não papai. Eu perdi meu apetite.

      – Você quer que eu perca meu apetite para comer e viver?

      – Não papai – Tega pegou sua faca e garfo.

      No dia seguinte, Tega e seu pai estavam tomando café da manhã.

      – Papa, em breve não nos faltará nada. Se tudo correr como o planejado, pela graça de Deus voltarei para casa, com um emprego.

      – Desejo e rezo para isso menino. Seu desemprego contínuo cessará neste dia. Aposto com a minha vida.

      – Amém. No entanto, definitivamente não com sua vida, papai, Deus está encarregado disso. Papai, sua vida é mais preciosa para mim do que qualquer emprego que pague um bilhão de nairas.

      – Amém. Esse é o meu filho. Desejo a você a melhor benção de Deus. Vá com cuidado.

      – Obrigado, papai. Eu deveria ir agora. Não quero me atrasar.

      – Mas é cedo. Se eu me lembro bem. Eles agendaram a entrevista para o meio-dia. São apenas oito horas.

      – Sim, papai, mas é melhor eu chegar lá mais cedo do que tarde. Quero evitar o horário de pico e preparativos em cima da hora. Isso me deixa tenso. A espera na via expressa se tornou terrível.

      – Sim, é verdade. É melhor você ir. Antes de sair, coloque meu telefone para carregar, por favor.

      Tega pegou o telefone do pai da mesa e o conectou à caixa de extensão na sala de estar.

      – Papa, está feito.

      – Obrigado, meu filho.

      Tega pegou as louças e foi até a cozinha. A senhora Oghenevwede o abordou. Ela fixou um olhar desdenhoso em seu elegante traje corporativo.

      – Eu

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