As Vozes Da Luz. Aldivan Teixeira Torres
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A passos regulares o filho de Deus atravessa a estradinha do sítio e em instantes chega até o perímetro urbano de sua cidade dirigindo-se em sentido Via BR 232.No momento, em seu coração predominavam um misto de expectativa, ansiedade e nervosismo o que era natural porque estava a empreender uma nova aventura e sozinho.
Dentro da cidade, caminha pelo centro cumprimentando os conhecidos em seu caminho, dobra à esquerda caminhando mais duzentos metros e então já está na pista. Agora faltava pouco para chegar ao ponto de lotação com primeiro destino à Arcoverde.
Nesta última parte do trajeto o filho de Deus aproveita para planejar mentalmente os próximos passos que eram deveras importantes. Haviam apenas duas possibilidades no momento: A ida a Jeritacó seria um furo de reportagem que o elevaria aos mais altos patamares ou então seria apenas um momento de distração ao lado do seu novo amigo. Ambas o agradavam e certamente o tirariam da monotonia recente após ter completado a quarta saga da série “O vidente” denominada “O testamento- O Código de Deus” que revelara um Javé diferente da maioria.
Com tudo planejado e nos eixos, Aldivan chega à beira da pista aproximadamente ás 07:00 Hs da manhã. Restava agora orar para que o transporte não demorasse muito pois o tempo urgia.
Quinze minutos depois, com sorte, passa uma besta cor cinza, quatro linhas de poltronas e apesar de vir quase cheia para em meio o aceno do nosso querido personagem. Delicadamente, o motorista chamado Evandro desce, abre a porta da besta e acomoda Aldivan num cantinho. Após, fecha a porta, vai para o seu lugar e retoma a viagem. O destino começava aí a se traçar e com seus complexos meandros poderia mostrar ao vidente novos horizontes. Era pelo menos o que se esperava diante dos esforços do mesmo.
O início de viagem apresenta-se normal, um movimento intenso na Rodovia BR sentido Recife-Sertão pela grande quantidade de pessoas que voltavam aos seus lares, de parentes, amigos ou conhecidos ou até a passeio. Dentro deste tráfego contínuo, Aldivan tenta distrair-se da melhor forma possível: Medita um pouco, observa seus companheiros de viagem e a vegetação exuberante e linda da região que incluía a caatinga, as montanhas, os vales, as fazendas imponentes com seus bois pastando e suas casas coloniais, os sítios, povoados e vilas à beira da Rodovia e não cansa de se encantar. Sem sombra de dúvida aquela era uma região belíssima digna de seu criador Javé, o seu pai por direito.
Quando se cansa deste exercício, puxa conversa com os vizinhos de lugares sobre notícias, futebol, mulheres, política, religião, sexo e relacionamento. Tudo é muito agradável naquele pleno sábado,01 de novembro de 2014.
O tempo passa rápido. Passam pelo povoado riacho do meio, o sítio quinze metros e logo à frente surge a metrópole do sertão, a querida Arcoverde de tantas histórias e tradição no interior de Pernambuco.
Neste momento, a velocidade do carro aumenta e alguns minutos depois já tem acesso à pista que os levaria ao perímetro urbano da cidade. Passando por boa vista, centro, especificamente no ponto de lotação é onde o vidente desce. Paga a passagem, despede-se dos seus novos amigos, atravessa o pequeno muro e se dirige ao ponto de Ibimirim e ao chegar lá tem muita sorte pois o carro completa com sua chegada. Imediatamente entra no carro, também uma besta de mesmo tamanho, mas de cor prata e então é dada a partida. Inicia-se assim a segunda de três partes do trajeto.
Durante este percurso com aproximadamente oitenta quilômetros faz as mesmas coisas do primeiro focando nas conversas e sente-se muito bem. Depois de vivida sua fase de noite escura em que as forças do universo o libertaram tornara-se um ser humano com uma nova visão de vida, mais gentil, humano e simpático diferente de antes em que era muito tímido e isto era realmente um avanço importante. Agora se sentia interligado com o mundo e não via a hora de gravar sua vitória embora fosse um processo bem demorado. Maktub, que assim fosse!
Uma hora e vinte minutos depois da partida a Arcoverde completa o percurso composto por dois trechos asfaltados das pistas BR 232 e 110.Adentram na pequena cidade, percorrem as primeiras ruas e ao chegar ao centro comercial, O vidente pede para descer, paga a passagem, despede-se e atravessa a avenida principal. Eram quase 09:00 Hs da manhã e então ele resolve procurar um restaurante simples a fim de comer alguma coisa e descansar.
Com uns cinco minutos de procura, localiza um local tranquilo chamado Raio de Esperança, composto por um prédio térreo estilo chalé e com terraço circundado de árvores onde ficam também as mesas.
Ao adentrar no estabelecimento o qual estava praticamente lotado, dirige-se a uma mesa disponível localizado do seu lado direito (No canto) e com apenas cinco passos da entrada já a alcança. Senta então na mesa, pega o cardápio disposto na mesa e começa a analisar as possibilidades disponíveis para lanche.
Em cinco minutos decide por pão com queijo acompanhado de suco de goiaba. Chama a atendente, faz o pedido e enquanto espera observa todo o movimento ao seu derredor. No estabelecimento, há casais, pessoas solteiras e grupos de amigos divididos em todas as classes sociais, cor, etnias, opção sexual e provavelmente religiões. Uma mistura comum dum Brasil de todos os povos e ele estava acostumado com isso em todas as suas andanças.
Um instante depois, a atendente volta, entrega-lhe o lanche e a nota do pedido, ele agradece e começa a degustar o lanche com muita vontade pois estava sedento de fome. Enquanto se alimenta, sua imaginação voa pelo passado, presente e principalmente futuro. Tudo podia ou não acontecer e isto encerrava o mistério da aventura atual.
Ao terminar de comer, levanta-se aproxima-se do caixa levando consigo o recibo. Pega uma pequena fila e quando chega a sua hora de pagar, enfia a mão no bolso e abre a carteira tirando uma de suas notas. Dez reais no total e ainda recebe o troco de quatro reais. Pronto. Agora estava liberado para continuar sua viagem.
Dirige-se então novamente à sua mesa, pega sua mala com rodas e finalmente sai do estabelecimento. Ao encontrar a primeira pessoa na rua, pede orientações sobre como conseguir um táxi e gentilmente a pessoa fornece um número de serviço.
Agradece a informação, pega o celular escondido na mochila e começa a discar o número. Tenta uma, duas, três vezes e nada, caindo na caixa de mensagem. Como era insistente, vai para a quarta tentativa e então começa a chamar. Uma pessoa o atende.
—Alô? Quem é?
—Oi, meu nome é Aldivan e estou precisando de um táxi urgente.
—Oi, Aldivan, meu nome é Wellington. Ligou para a pessoa certa. Qual o destino?
—O povoado de Jeritacó? Conhece?
—Sim, sim. Já fui várias vezes lá. Onde você está?
—Estou no centro da cidade, próximo ao Raio de Esperança.
—Ah, eu sei onde é. Espere um instante que já estou indo.
—Ok.
—Até.
—Até.
A ligação cai. O filho de Deus guarda o celular e começa a prestar atenção no movimento das ruas. Quando sua condução chegasse, sinalizaria com as mãos para uma localização mais rápida. Tomara que não demore, pensa com seus botões pois já eram 9:30 Hs da manhã.
O desejo do vidente é atendido pelos deuses. Cerca de dez minutos depois, sua condução chega,