Desejo Mortal. Amy Blankenship
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Читать онлайн книгу Desejo Mortal - Amy Blankenship страница 3
Gypsy impacientou-se com a teimosia persistente de Lacey e virou-se para encarar sua prima. Ela nem ligou em dizer-lhe que os dois homens sabiam destravar a porta que ela tinha acabado de bater na cara deles. Se ela continuasse a contrariar Ren, descobriria isso rapidamente⦠Gypsy tinha certeza disso.
"O que seráâ¦" Gypsy começou a falar, mas teve que calar a boca quando Lacey, de repente, estendeu a mão tocando seus lábios com as pontas dos dedos e fez um gesto pedindo silêncio.
"Onde está o nosso cristal?", Lacey quase sussurrou antes de começar a andar pela sala observando a grande quantidade de cristais que Gypsy mantinha expostos.
Gypsy sorriu, percebendo o que Lacey estava procurando e aproximou-se da mesa de seu computador, chegando até o cristal brilhante de quartzo e rubi que ali se encontrava. Quando eram crianças, elas muitas vezes usavam o cristal do sigilo para guardar segredos entre si que ninguém mais poderia ouvir⦠especialmente os adultos.
Elas tinham mantido o próprio cristal em segredo, que foi presenteado pelo avô para compartilharem. Quando cresceram, o cristal foi esquecido, pois não haveria mais nenhuma razão para usá-lo. Gypsy não sabia por que o cristal continuava com Lacey, em vez de passá-lo adiante, como seria a tendência dos cristais⦠talvez agora ela conseguisse a resposta.
Ren continuou pressionando a porta com a mão, tentando ouvir através da espessura do aço. Seus olhos se estreitaram quando a voz de Gypsy foi subitamente cortada no meio da frase.
Nick estava em pé ao lado dele com o ouvido colado no aço frio. Ele estava tendo um pouco de dificuldade, mas ainda conseguiu ouvir as mesmas coisas que Ren.
Ren franziu a testa quando ouviu Lacey perguntar a Gypsy sobre um cristal, pouco antes que a sala ficasse em total silêncio, exceto pelo som de seus passos.
"O que é que um cristal tem a ver com essa história?", perguntou Nick.
Ren lançou-lhe um olhar que basicamente mandava que ele ficasse calado, antes de fechar os olhos e concentrar-se novamente.
Gypsy e Lacey sentaram-se no sofá uma de frente para a outra e Gypsy segurou o cristal na palma da mão. Lacey colocou a mão sobre a de Gypsy, prendendo o cristal entre suas palmas, antes de dar um forte suspiro.
"Conte-me tudo que eu perdi desde quando fui embora", disse Lacey calmamente.
Ren estava ficando frustrado, esforçando-se para escutar ao mesmo tempo em que tentava aumentar sua distância de súcubo. Apenas fragmentos da conversa delas estavam sendo filtrados agora, como uma má recepção de rádio, e ele de repente percebeu que estava sendo bloqueado por algum tipo de magia. O ar ao redor dele ganhou um pouco de força e sua testa ficou ainda mais franzida, pouco antes que ele desprezasse aquela porta.
Nick afastou-se da porta confuso: "Não consigo ouvir mais nada agoraâ.
"Parece que Gypsy tem algo ali que pode proteger uma conversa pessoal", disse Ren, e seus lábios se comprimiram, agitados. "Elas estão usando magia para nos impedir de ouvi-lasâ.
Nick irritou-se com o fato de que o velho Ren tinha sido ludibriado tão facilmente: "Quer dizer que você, com todo o seu poder, não consegue arrombá-la?".
Ren movia o queixo enquanto atraÃa o poder do cristal e estendeu a proteção até onde ele estava dentro da barreira. "Eu não disse isso. Será preciso mais do que o joguinho bobo e o truque de beleza de uma garota para me deixar do lado de foraâ. Ele se inclinou um pouco mais para perto da porta e olhou para Nick com um sorriso malicioso: "Quer ouvir o que elas estão dizendo?".
"Ora essa, você acha que eu sou idiota⦠claro que quero!", respondeu Nick, também com um sorriso dissimulado. Ele não dispensava de forma nenhuma uma espionagem, quando lhe convinha. Na verdade, normalmente ele era profissional nisso.
Ren acenou-lhe e colocou uma mão no ombro do jaguar, apertando um pouco mais firme apenas por diversão.
Nick encolheu-se com o aperto forte, mas ignorou isso, enquanto levantava as sobrancelhas até o contorno do cabelo, quando, de repente, ouviu as vozes das mulheres tão claramente como se estivesse na mesma sala que elas.
"Ãtimo!", sussurrou ele com hesitação.
Gypsy sentou-se de pernas cruzadas no sofá enquanto contava a Lacey tudo o que havia acontecido, começando pela morte do avô. Não tinha demorado tanto tempo quanto ela pensou que levaria para contar a história e, na verdade, ela realmente se inclinou um pouco para frente quando começou a contar a Lacey sobre Nick, Ren e toda a confusão com Samuel. Ela ficou envergonhada quando admitiu o fato de que tinha tido uma ligeira queda por Nick durante anos.
Do lado de fora da porta, Nick deu um profundo suspiro de satisfação ao ouvir a confissão de Gypsy e fixou o olhar em Ren para ver como ele estava. Foi um pouco decepcionante descobrir que o outro cara estava inabalável.
"Cale a boca", Ren franziu a testa desejando que Nick parasse de fantasiar tanto sobre ele.
Nick sentiu muita vontade de rir, mas se conteve, querendo também ouvir o que estava acontecendo dentro da sala.
No momento em que Gypsy terminou de contar as novidades, Lacey estava esfregando a testa com a mão livre e seu semblante mostrava uma cara fechada, como se ela tivesse uma forte dor de cabeça.
"Tudo isso e você ainda está viva? E é porque vovô achava que tinha me dado a tarefa mais difÃcil. Há mais alguma coisa que eu deva saber?", perguntou Lacey cruzando os dedos para que não houvesse mais nada a dizer.
Gypsy pensou n isso por um momento e, então, lentamente balançou a cabeça: "Não, acho que isso abrange praticamente tudo o que é mais importante".
"à maravilhoso que a poção da bruxa ainda esteja surtindo efeito", sussurrou Lacey, apertando um pouco mais a mão da prima, antes de levantá-la entre as duas garotas. "E você tentou atirar em um demônio com uma bala de madeira", ela balançou a cabeça com admiração e solidariedade. Coragem e ingenuidade pareciam ser caracterÃsticas que ambas tinham em comum. "Estou tão feliz que Michael tenha sido essa pessoa com o poder de curá-la. Eu teria morrido se chegasse em casa e encontrasse você e o vovô⦠mortosâ.
"Estou bem e você está em casa agora. Você vai mesmo ficar⦠bem?", perguntou Gypsy deixando que a esperança brilhasse em seus olhos.
Lacey começou a dizer ânãoâ, mas parou, mordendo o lábio inferior enquanto tentava concentrar-se em algo que sua prima dissera. Erguendo o queixo, ela fixou o olhar em Gypsy, imaginando se ela tinha acabado de encontrar a rede de segurança que estava procurando. Se isso evitasse que os demônios a encontrassem por um pouco mais de tempo, ela não ia reclamar.
"Espere aÃ⦠você estava falando sério quando disse que os demônios não podem entrar neste prédio sem sua permissão?", perguntou ela, sabendo que, quando algo parecia bom demais para ser verdade⦠normalmente era.
"Ã verdade", confirmou Gypsy com entusiasmo.