Desejo Mortal. Amy Blankenship

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Desejo Mortal - Amy Blankenship Laços De Sangue

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não lhe deixei outra opção. Ou ele me deixava fazer isso sozinha e morrer assassinada ou me ensinava todos os seus truques e esperava pelo melhor”.

      â€œEntendo", Gypsy balançou a cabeça para a prima desonesta e quase sentiu pena do avô dela. “O coitado do Vovô nem teve a chance”.

      â€œCom certeza… eu quase perco a cabeça com este último trabalho", confessou Lacey. “Foi culpa minha e Vovô não deveria ter assumido. Ele sabia que eu era teimosa e fez o melhor que pôde”.

      â€œAh, não”, sussurrou Gypsy fazendo cara feia. "Você estava desaparecida há mais de um ano. O que exatamente aconteceu com você?" Ela estendeu a mão para tocar na bochecha de Lacey com o dorso do polegar, limpando uma mancha da sujeira que havia ali. “É por isso que você está vestida como um menino sujo e se esgueirando pelos cantos? Está fugindo de alguma coisa... ou de alguém?"

      â€œAcho que um pouco das duas coisas. Eu nem deveria estar aqui neste exato momento e, quanto menos você souber sobre o que está acontecendo, melhor”. Ela olhou para a porta, sabendo que deveria seguir o exemplo do avô e proteger a família, mantendo distância deles. "Eu deveria ter entrado e saído daqui, sem que ninguém percebesse, mas seu cão de guarda tinha que aparecer e estragar tudo”.

      Gypsy observou que Lacey começou a inquietar-se e a forma como ela estava olhando agora ansiosamente em direção à porta, como se quisesse sair. Não querendo que ela saísse, Gypsy deixou escapar rapidamente: "Há uma cláusula no testamento do Vovô em relação a você… ele nunca desistiu de fazê-la voltar para casa”.

      Lacey sorriu carinhosamente: “Ele sempre cuidou muito bem de nós”.

      Gypsy concordou sinceramente: "Isso mesmo; e foi por isso que ele deixou metade da loja para você em seu testamento. A Witch's Brew é metade sua e metade minha. Embora você não estivesse por perto, eu ainda mandei corrigir a escritura exatamente como Vovô queria. Somos parceiras de negócios agora e poderemos administrar este estabelecimento juntas, se você resolver ficar”.

      "Eu não sei”, sussurrou Lacey. Seus dias estavam contados. Mesmo que ela tivesse conseguido o livro de magia e danificado o símbolo do demônio… eles ainda a alcançariam finalmente e esse seria o seu fim. Ela começou a afastar sua mão da mão de Gypsy, mas sua prima continuou segurando firme. "Você não sabe o que está pedindo. Se eu ficar… pode ser perigoso para nós duas… não apenas para mim”.

      â€œTenho amigos muito poderosos agora e eles podem ajudá-la... a mantê-la protegida de quem ou do que quer que esteja te causando tanto medo ", disse Gypsy erguendo o queixo. “Depois do que aconteceu por aqui… Eu estou um pouco mais resistente do que você se lembra e posso lidar com isso”.

      Lacey fechou os olhos e respirou fundo. A loja que ela sempre adorou era metade dela… que a alma do avô seja abençoada. Ele sempre disse que ela se parecia com ele quando era mais jovem e finalmente passou a orgulhar-se disso em vez de pensar que era uma coisa ruim. Naturalmente, ela também conseguia se lembrar das longas palestras do avô sobre morrer assassinado. Isso mesmo… se ele pudesse vê-la agora, as primeiras palavras que sairiam de sua boca seriam: eu te avisei.

      Gypsy poderia dizer que ela saiu ganhando e acrescentou: "Você pode até me dizer o que queria retirar do cofre que eu vou pedir a Ren que o devolva para você, se isso vai ajudá-la a se sentir mais segura". Ela tinha ficado tão solitária desde quando Lacey tinha desaparecido e o avô havia falecido. Ela tinha sido convencida de que Lacey estava morta até mesmo havia chorado por ela. Vendo-a aqui agora… a última coisa que queria era perdê-la mais uma vez.

      A mente de Lacey estava a mil por hora. Ela queria tanto ficar, mas ousaria subestimar os demônios que a perseguiam, deixando baixar a guarda? Acima de tudo, um dos amigos de Gypsy era um demônio… ou um super-homem, ou algo parecido e isso a deixou um pouco trêmula. Foi aí que algo que Gypsy havia dito a fez pensar e um sorriso malicioso espalhou-se em seus lábios.

      "Gypsy", ela começou, cuidadosamente: “você falou do feitiço que tem na loja… que somente o proprietário pode convidar pessoas para entrar… certo? Eu sou coproprietária da loja, então, se eu mandar alguém se retirar… eles têm que sair?"

      "Isso mesmo: você determina quem pode e quem não pode entrar, se não for cem por cento humano", confirmou Gypsy com um aceno rápido de cabeça e, então, ofegou quando, de repente, Lacey inclinou-se para frente e deu-lhe um abraço apertado.

      "Isso significa que posso mandar sair qualquer um que me incomodar, inclusive seu guarda-costas prepotente", disse Lacey com uma risadinha, sentindo-se nervosa agora que tinha se convencido de que o movimento mais inteligente que ela podia fazer era ficar ali mesmo onde havia uma proteção contra demônios ao seu redor. Talvez ela apenas se tornasse reclusa ou, pelo menos, teria uma ideia sobre quando seria o momento de enfrentar os demônios.

      "Ah, por favor, não expulse os rapazes", disse Gypsy e virou-se para trás, quase rindo do beicinho desapontado no rosto de Lacey. "Se não fosse por Ren e Nick, eu estaria morta ou seria escrava de um demônio e você não teria tido uma loja para onde voltar. Eu devo a minha vida aos dois. E, até onde vai o conhecimento de Ren, você não pode usar contra ele o feitiço que ele mesmo ajudou a colocar neste lugar". Ela escondeu um sorriso de culpa, sabendo que já havia feito isso uma vez, ao testar o feitiço.

      Lacey quase revirou os olhos, mas concordou em deixar que a prima soubesse que ela iria se comportar... da melhor forma que pudesse, de qualquer maneira. "Você pode, pelo menos, guardar meu segredo? Quanto menos pessoas souberem o que eu tenho feito, melhor. Para ser honesta, eu não deveria nem ter-lhe contado. Além disso, eu prefiro conviver com seu harém em vez de lutar com eles”.

      Gypsy estava prestes a responder quando ouviu o giro da enorme maçaneta da porta, fazendo com que as duas garotas pulassem de surpresa. Ela suspirou profundamente, sabendo que os meninos tinham decidido que já haviam esperado pelo tempo suficiente ou que tinham ouvido tudo… ela preferia que fosse a primeira opção.

      As garotas observaram atentamente quando a espessa porta de aço se abriu e Ren entrou, seguido de Nick. Ren não parecia nem um pouco feliz, enquanto Nick trazia no rosto calmo uma expressão compreensiva.

      "Suponho que seja um pouco tarde demais para guardar segredos”, afirmou Ren com satisfação. "Nós já ouvimos tudo”.

      Lacey apenas fixou o olhar nele, sabendo que eles só tinham ouvido o que ela acabara de dizer a Gypsy e… isso era apenas a ponta do iceberg. Se eles realmente soubessem de tudo, já a teriam jogado para fora e trancado a porta.

      Nick percebeu o olhar intenso que Ren estava lançando sobre Lacey e imaginou se o idiota ia mesmo recriminar a garota por ser a ladra que ele havia originalmente acusado de ser. Bem no fundo da mente, ele esperava que Ren fizesse algo realmente estúpido para que as garotas pudessem colocá-lo no lugar que ele merecia.

      Decidindo esperar para ver o que aconteceu, Nick deu alguns passos até ficar em pé ao lado do sofá onde Gypsy estava e assistir ao show.

      Sabendo que eles estavam fracassados, Gypsy rapidamente afastou a mão do cristal e

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