Desejo Mortal. Amy Blankenship

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Desejo Mortal - Amy Blankenship Laços De Sangue

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de onde estava pendurado na torneira da banheira e esquentou a água um pouco mais. Para ela, relaxar era uma regalia da qual não tinha sido capaz de usufruir desde quando fugiu de Vincent e da horda de demônios que estavam atrás dela.

      Vincent… até o nome evocava sentimentos de culpa e ela franziu a testa, com tristeza. Ela o havia conhecido alguns dias depois de haver recebido um layout do enorme museu enviado pelo avô. Simplesmente aconteceu que os dois tinham sido enviados por pessoas diferentes para roubar o mesmo artefato.

      Seus lábios se contraíram com a recordação engraçada… o olhar no rosto bonito de Vincent quando ele a pegou na mesma sala secreta que ele foi arrombar. Se eles tivessem tentado discutir sobre qual deles tinha chegado lá primeiro e que merecia o espólio, teriam alertado os guardas fortemente armados, que estavam logo no fim do corredor, e teriam sido dominados ou, pior… mortos a tiros.

      Olhando um para o outro, eles levaram cerca de trinta segundos para chegar à decisão comum de trabalharem juntos a fim de conseguirem a peça. Contudo, repensando sobre isso agora, ela percebeu que Vincent teria concordado de uma forma ou de outra… ele só havia aceitado a parceria porque também queria a peça.

      Uma vez que tinham conseguido sair do museu em segurança, de repente foram rodeados por cinco demônios da escuridão de olhos negros que haviam se incorporado em algumas autoridades locais, possuindo-as.

      Ali parada, diante das luzes intermitentes dos carros dos policiais, com as mãos levantadas e cinco conjuntos de armas apontadas diretamente para eles, ela pensara com certeza que eles não iam conseguir escapar dali com vida. Isso foi até Vincent entregar a um deles o artefato roubado e receber em troca uma enorme mala de dinheiro.

      Depois disso, Vincent tinha se oferecido para dividir o dinheiro com ela e pedido que ela entrasse no negócio com ele. Sem pensar nas consequências, ela concordara com a parceria, decidindo que poderia conseguir ainda mais coisas para seu avô através dos vínculos de Vincent com esses novos colecionadores agressivos.

      Ela ficara empolgada com o fato de finalmente ter um parceiro e tinha visto que ele poderia ser tão dissimulado quanto era. Também não era nada mau que ele fosse extremamente sexy e tivesse um sotaque britânico que dava a impressão de que ele estava flertando com cada frase.

      Lacey balançou a cabeça pelo pensamento ingênuo enquanto ensaboava o cabelo com shampoo. Ela aceitara o acordo por ganância e, como ele era sexy para caramba… suas duas únicas fraquezas.

      Depois de uma noite e a maior parte do dia seguinte de sexo animalesco e sem compromisso, Vincent lhe havia contado um pouco sobre o círculo secreto ao qual pertencia. Não tinha demorado muito para que ela percebesse que fazer uma parceria com ele significava que ela estava se aliando, também, com toda uma rede de poderosos demônios.

      Graças ao avô, ela não tinha ficado completamente desinformada sobre demônios, mas isso não significava que ela algum dia iria compactuar com um deles. Embora a consciência de saber aonde ela estava se metendo a tivesse deixado nervosa, ela havia ignorado o sexto sentido e ficara ansiosa pela emoção que Vincent estava lhe oferecendo.

      Naquela noite, ele tinha levado a moça para conhecer o demônio líder do círculo secreto… um velho que, em todos os aspectos, parecia ter uns cento e dez anos de idade e atendia pelo nome de Masters, que ela achara engraçado na época.

      Quando o velho demônio rejeitara friamente o convite dela para entrar no círculo secreto do roubo e tentara matá-la no local, ela havia perdido todo o senso de humor. Se não fosse Vincent ter passado na frente dela e levado a bala que era direcionada à cabeça dela, agora ela estaria morta. Ela pensara que Vincent estava morto quando ele se virou e gemeu, ao sentir penetração da bala, lançando um jato de sangue no rosto dela.

      Essa era a primeira vez que ela tinha percebido que Vincent não poderia estar morto… não importa o que tinham feito com ele. Ele arrancou a bala do ombro enquanto discutia com o demônio de olhos negros em nome dela, dizendo que há anos que ele queria um parceiro e que ele a havia escolhido.

      Vendo como Vincent era seu ladrão favorito, Masters concordara relutantemente, mas só se ele pudesse marcá-la como uma de suas subordinadas, concedendo-lhe o direito de matá-la, caso ela algum dia saísse da linha ou tentasse abandonar o grupo.

      Vincent calmamente olhara para ela por sobre o ombro ensanguentado dizendo: “Ou é desse jeito ou ele jamais deixará que você saia viva desta sala. Aceita o pacto?"

      Ela fora orientada pelo avô a nunca fazer pacto com um demônio, mas não era estúpida o bastante para discordar daquele que estava na frente dela. Quando ela olhara dentro de seus frios olhos negros, já soubera que ele realmente deveria matá-la e abandoná-la ali mesmo, sem pestanejar.

      Uma vez que tinham saído do imenso imóvel de Masters, ela havia se voltado para Vincent e o encarava, pensando que ele também fosse um demônio… ou, pelo menos, um híbrido de algum tipo de raça, e que não tinha sido avisada. Ela rapidamente disse ao idiota de boa aparência que estava grata porque ele salvara sua vida ali, mas que ela mantinha a regra de não dormir com demônios.

      Vincent tinha, então, segurado tranquilamente os ombros dela, pedindo-lhe que olhasse de perto a manchas de sangue em sua camisa... era vermelha. Caso ele fosse um demônio, a mancha teria sido preta. Quando ela havia se acalmado, ele continuou a explicar suas… circunstâncias incomuns. Ele lhe informara que era completamente humano, em todos os sentidos da palavra, mas, em um determinado ponto do processo, ele fora amaldiçoado pelos anjos.

      Ela não tinha certeza do que ele queria dizer com “anjos”, pois ele não chegou a detalhar, mas a conclusão era que Vincent simplesmente não poderia morrer. Correção… ele até poderia morrer, mas parecia que jamais permaneceria morto por muito tempo. Ele mesmo desabotoou a camisa, deixando-a ver que o ferimento da bala já havia parado de sangrar e estava cicatrizando em ritmo acelerado.

      Lacey solidarizou-se com a situação dele quando passou a conhecê-lo melhor, entendendo que ele vivera por tanto tempo que tinha ficado entediado, destemido, solitário… e muito irritado porque ainda estava vivo, enquanto todo mundo de quem ele havia cuidado já estava morto.

      Ela e Vincent fizeram vários acordos relativos à sua parceria e amizade. O primeiro foi que ela não tentaria fugir, pois, embora não pudesse morrer, Vincent tinha total certeza de que ela poderia e seria morta, uma vez que Masters a alcançasse. O outro acordo era que eles continuariam com seu relacionamento sem compromisso, que ela tinha curtido imensamente.

      Não que ela não o amasse... ela o amava. Mas era mais como um melhor amigo, o que era uma coisa boa, já que ele alegava ter perdido a capacidade de entregar seu coração há muitas e muitas eras. Para ele, apaixonar-se por alguém só poderia trazer-lhe mágoa, pois ele observava essa pessoa envelhecer e morrer… deixando-o para trás. Ela entendia isso completamente.

      Foi durante a parceria com Vincent que ela conheceu algumas verdades sobre o maior ladrão de sua época… seu avô. Ele recebera o nome de Camaleão e jamais adotou qualquer outro nome. Ele também havia sido tão bom na arte da trapaça que jamais falhara em nenhuma das tarefas que ele havia sido contratado para realizar… e, sem dúvida, em nenhuma das que realizou em segredo.

      Pela

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