História Dos Lombardos. Paolo Diacono – Paulus Diaconus

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História Dos Lombardos - Paolo Diacono – Paulus Diaconus

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      O que é a História dos Lombardos

      Uma bela história, em muitas das suas partes emocionantes, infelizmente as exigências nacionais dos dois séculos anteriores não permitiram uma visão objetiva sobre este período. O problema principal é a nacionalidade dos Lombardos, chamados de estirpe Germânica, tentem entender, com os Austríacos em Milão e Veneza, depois em Trento e Trieste, não se podia mesmo olhar o período lombardo com orgulho nacional. Roma também era um problema, perguntem à Garibaldi e Cavour. Por falar em Garibaldi, ele é um nome conhecido entre os Lombardos, não encontrarão igual na História de Paolo, mas encontrarão uma bela sugestão. Enfim, a Itália nasce anti-alemã e por muito tempo isso que os italianos fizeram, e um pouco também a última guerra, condicionaram a imaginação de todos nós. E ainda, foram os Lombardos a romper a unidade da península, o que irá durar até 1918. Mas, algo importante, os estudos sobre suas origens étnicas da Europa demonstraram que a identificação Estado-Nação é artificial, cultural, frequentemente de recente criação e o sangue é tão misturado que talvez a única verdadeira nação europeia é exatamente a Europa, assim desfrutem da história. Às vezes, será um pouco cansativa, imprecisa, manifestadamente pró-católica e pró-Lombarda, inacabada, falta o final porque o autor, desiludido do final pouco glorioso do reino, nega-se a completá-la. Enfim, uma epopeia sem o 'gran finale'.

      â€‹A Obra

      A obra foi escrita por Paolo Diacono no mosteiro beneditino de Montecassino nos dois anos depois do seu retorno da corte francesa de Carlo Magno junto à qual desenvolvia as funções de gramático. A História relata os acontecimentos por parte do povo chamado Winili, que tomará depois o nome de Lombardos depois da heróica e mítica batalha contra os Vândalos. Assim, seguindo os acontecimentos dos vários reis, a história nos leva em Pannonia e de lá para a Itália. A este ponto, o autor nos conta da Itália no momento da conquista Lombarda, de Alboino e Rosmunda, dos dez anos de anarquia aos quais segue a eleição de um rei. Daqui, a História retoma a narrativa dos acontecimentos da corte. Entram em cena Autari, Teodolinda, Rotari, o excitante evento de Grimoaldo e o último rei de quem nos fala Paolo, o famoso Liutprando, aquele da tão discutida doação de Sutri ao Papa, o presumido início do poder temporal dos papas, mas esta doação é, de fato, uma restituição, a verdadeira doação é anterior à Liutprando.

      O autor não falta ao alargar o seu olhar, contando também os casos eclesiásticos do ponto de vista estritamente católico, não deixando de contar-nos sobre os imperadores Bizantinos e dos acontecimentos do próximo e fatal reino Franco. A história é frequentemente imprecisa e, às vezes, claramente errada, mas dá um quadro de conjunto corretamente filo-Lombardo que realça a parcialidade Franco-Papal nos acontecimentos itálicos.

      Uma outra particularidade da ocorrência é a nota friulana, Paolo, originário de Cividale, nos mantém constantemente informados sobre o que acontece no nordeste da Itália, e também em Benevento, seu lugar de residência, Ducado estritamente ligado à Friuli e à coroa Lombarda.

      As fontes históricas de Paolo são: Origo gentis Longobardorum, um antigo canto que narra a lenda da origem escandinava. Segundo Non, Gregorio di Tours, Isidoro de Sevilha, Beda o Venerável e os Anais do Benevento.

      

      

      O livro I (Primeiro) nos conta as origens dos Lombardos, descrevendo-nos as várias etapas de aproximação à Itália, até a vitória de Alboino sobre os Gepidi e a partida para a península, além das ocorrências de San Benedetto.

      

      

      O livro II (Segundo) nos conta a entrada na Itália (com uma descrição da península), a conquista de Pavia por parte de Alboino, a trama da mulher Rosmunda e o assassinato do amador e a morte dos reis.

      

      

      O livro III (Terceiro) começa narrando-nos algumas ocorrências dos dez anos de anarquia do duques. Ele nos narra parte das travessias do Império de Constantinopla, das três invasões francas, de Autari que casa a católica Teodolinda, em segundas núpcias desta com Agilulfo.

      

      

      O livro IV (Quarto) o reino de Agilulfo e Rotari, da seção de Cividale em obra dos Avari, a breve história da família de Paolo, até o golpe de estado de Grimoaldo.

      

      

      O livro V (Quinto) continua com a narrativa detalhada do difícil período do reino, Grimoaldo derrota Francos e Bizantinos, engana os Avari e consolida o Reino. O capítulo termina com a batalha entre os Cuniperto e Alachis.

      

      

      O livro VI (Sexto) reparte de Cuniperto, conta-nos sobre seu reino, mas fala também sobre o reinado Franco, o Império e os Sarracenos. Depois chega o despótico mas capaz Ariperto, a longa luta com o nobre Ansprando, pai de Liutprando, o último de quem o autor nos conta, porque Paolo, desiludido, deixará a obra inacabada.

      Devo acrescentar que o copista, aquele que copiava manualmente o texto original

      provavelmente adicionou muitos erros ao texto já por si só impreciso, ou melhor, a nova cópia de uma cópia produzia um número incontável de erros. Este inconveniente será resolvido com a invenção da imprensa. O mesmo Paolo confunde locais e povos, erra os anos, enfim, não é um texto científico, mas tem a sua importância histórica, porque nos mostra aqueles séculos do ponto de vista Lombardo.

      

      

      â€‹O que é o Origo Gentis Langobardorum

      O Origo é um breve texto que é inserido no Decreto de Rotari, nos conta as origens do Povo Lombardo, em particular, narra a origem do nome "longas barbas". A mesma lenda nos é narrada também por Paolo, onde porém é definida ridícula. Foi também incluída uma lista parcial dos Reis Lombardos.

      

      

      Origens dos Longobardos

      Origo Gentis Langobardorum

      Em nome de Deus, começo aqui a história das origens do povo Longobardo.

      

      

      1. Existe uma ilha nas áreas setentrionais chamada “Scadanan” (Escandinávia), palavra que literalmente tem o significado de "massacre”.

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