História Dos Lombardos. Paolo Diacono – Paulus Diaconus
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Desta populosa Germânia, inúmeros grupos de prisioneiros foram levados embora e dispersos, vendidos como escravos junto aos povos do sul. Mas é verdade também que muitas estirpes saÃram dela, porque gera muitas a ponto de não poder nutri-las e deste modo, afligiram partes da Ãsia e, principalmente, a contÃgua Europa. Isto é testemunhado pelas cidades destruÃdas em todo o LÃrico e na Gália, mas sobretudo aquelas da sofrida Itália, que experimentara a crueldade de quase todos aqueles povos. Pela Germânia, uniram-se os Vândalos, os Rugi, os Eruli, os Turcilingi e outros povos ferozes, bárbaros. Do mesmo modo, chegou à estirpe dos Winili, ou seja, os Lombardos, que depois reinou de forma feliz na Itália. Eles também são germânicos, mesmo se muitos narram que eles desceram da ilha Escandinava.
2. Desta ilha, fala também Plinio Segundo nos seus livros sobre a natureza das coisas. Ela, como nos contam aqueles que a visitaram, não é sobre o mar, mas é circundada por ondas marinhas, estas penetram no interior da terra, favorecida pelo baixo nÃvel das suas costas. As populações se estabeleceram ali, muito prolÃficas, não podendo mais habitá-las todas juntas, se dividem, como é contado, em três partes, e com o sorteio escolheram quem devia deixar a terra dos pais.
3. Assim, aquela parte a quem tocou a sorte de ter que abandonar o seu paÃs e procurar terras estrangeiras, foram dados dois chefes, Ibore e Aione. Dois irmãos jovens, florentinos e os mais fortes de todos. Saudaram a todos juntos aos seus caros e a terra dos pais, depois saÃram em marcha para encontrar novas terras para morar e estabelecer a própria base. Entre eles, estava a mãe dos dois lÃderes, se chamava Gambara, mulher de grande talento e que provia a aconselhar e fornecer sabedoria. Nos momentos de incerteza, eles contavam com ela, sempre.
4. Não pretendo me afastar do assunto tratado, se por algum tempo inverto a ordem da narrativa e conto, em breve, até que a minha pena se encontre na Alemanha, por um prodÃgio, que lá é conhecido por todos, além de qualquer outra coisa. Nos extremos territórios da Alemanha, na direção do norte, nas margens do Oceano, sob um alto penhasco, se encontra uma cavidade onde sete homens, não se sabe há quanto tempo, repousam adormecidos em um longo sono, Ãntegros não só no corpo mas também nas roupas, exatamente porque resistem sem serem corrompidos depois de tantos anos, são objeto de veneração, por parte daquelas pessoas incultas e bárbaras. Eles, naquelas roupas, parecem Romanos. De tal forma levados pela ganância, quiseram despir um e pelo que se conta, logo secarem-se os braços. Esta punição apavorou os outros, assim ninguém ousou mais tocá-los. Pode-se imaginar, por qual motivo a divina Providência os conserva intactos por tantas estações, talvez porque um dia, acha-se que por serem apenas cristãos, acordando, com a sua pregação levarão a salvação à queles povos.
5. Perto deste lugar, moravam os Scritobinos. Assim se chama aquela gente que nem no verão estão livres das neves e das feras. Eles se nutrem apenas de carne crua dos animais selvagens e com as suas peles ásperas tentam se cobrir. Fazem derivar o seu nome de um vocábulo que na sua linguagem bárbara significa âsaltar", de fato, dão a caça à s feras, correndo em saltos, sobre madeiras curvas com uma certa arte em forma de arco. Perto deles, vive um animal parecido com o cervo, eu mesmo vi uma roupa feita com a sua pele, deixada áspera com pelos como era sobre o animal, era semelhante a uma túnica, longa até os joelhos como eles usam da forma que me foi referido. Nestes lugares, nos dias de solstÃcio de inverno, apesar de ter a luz do dia, o sol nunca é visto e os dias são curtÃssimos, mais que em qualquer outro lugar e as noites mais longas. De resto, tanto mais nos afastamos do sol, tanto mais se está mais baixo no horizonte, as sombras se alongam. Na Itália, como escreveram os antigos, no dia de Natal, a sombra do corpo humano mede nove pés, eu na Gália Belgica, em um lugar chamado Villa di Tatone, medindo a minha sombra a encontrei com dezenove pés e meio. Assim, ao contrário, quanto mais nos aproximamos do sol, indo para o sul mais as sombras se tornam curtas, a ponto que durante o solstÃcio de verão, quando o sol está a meio céu, no Egito, em Jerusalém e nas regiões próximas, não se veem sombras. Na Arábia, no mesmo perÃodo, o sol é visto além da metade do céu, no sentido setentrional e, por consequência, as sombras estão voltadas para o sul.
6. Não muito longe da costa do que falamos antes, na direção do ocidente, onde o Oceano se estende sem fim, há aquele profundÃssimo abismo de água que normalmente é chamado "umbigo do marâ, dizem que duas vezes por dia engole as ondas do mar e duas vezes as rejeita, como é demonstrado pela rapidez da maré naquelas praias. Um abismo parecido ou vórtice é chamado, pelo poeta Virgilio, Cariddi; ele o põe no estreito da SicÃlia e o descreve assim:
Ocupa o lado direito da SicÃlia, o esquerdo a inabalável Cariddi e três vezes do profundo vórtice da imensidão engole as grandes ondas em seu abismo e de novo o ar e volta a atirar-se, flagelando com as ondas as estrelas.
Do vórtice que falamos antes, é dito que arrasta violentamente os navios, tão rápido a ponto de igualar o voo das setas através do ar, tanto que à s vezes se perdem sem escapar naquele horroroso abismo. Geralmente, em vez disso, enquanto já estão para serem submersos, são rejeitados para longe da água de forma imprevista e com a mesma velocidade com a qual as sugou. à dito que um outro vórtice semelhante se encontra entre a ilha Britânica e a Gália, isto é confirmado por aquilo que acontece nas praias da Sequania e da Aquitania. Estas duas vezes por dia são submersas inesperadamente, tanto que se alguém é surpreendido um pouco longo da costa, consegue escapar com dificuldade. Podem ser vistas as águas dos rios daquelas regiões subirem rapidamente na direção da fonte por muitas milhas e as águas doces tornarem-se amargas. A ilha de Evodia está a trinta milhas das praias da Sequania, mas os seus habitantes afirmam ouvir o barulho das águas que são descarregadas naquelas de Cariddi. Ouvi falar por uma pessoa que desfruta de grande estima entre os Galeses que muitos navios que foram levados por uma tempestade, acabaram sendo engolidos por este vórtice. Um apenas daqueles homens que se encontrava em um daqueles navios conseguiu se salvar, foi encontrado flutuando ainda vivo, único entre os seus, arrastado pelas violentas correntes na direção do precipÃcio, chegou à beira daquele terrÃvel abismo, já morto de medo, viu aquele buraco enorme profundÃssimo sem fim, quando já tinha perdido a esperança foi jogado contra uma pedra, onde se agarrou. Toda a água tinha fluÃdo no turbilhão deixando descoberto o fundo do mar e enquanto ele esperava angustiado e cheio de medo pelo fim inevitável, inesperadamente, viu aparecer grandes montanhas de água, elas subiam do fundo; em primeiro lugar, viu ressurgir os navios que tinham sido engolidos, assim quando um lhe chegou perto, ele se segurou com todas as forças. Em um instante, rapidamente, ele voou próximo à costa, assim fugiu da cruel sorte e pode em seguida contar o perigo que correu. Ainda no nosso mar, o Adriático,