Destinada . Морган Райс
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As batidas se intensificam, e a porta começa a tremer. Caitlin parte para a ação, correndo entre os bancos, em direção ao altar. Ao chegar lá, ela percebe que estava certa: há alguém ali.
Ajoelhado silenciosamente, de costas para ela, está um padre.
Caitlin se pergunta como ele pode ignorar tudo aquilo, sua presença ali; como ele pode estar tão envolvido em suas orações em um momento como aquele. Ela espera que ele não a entregue aos aldeões.
“Olá?” diz Caitlin.
Ele não se vira para ela.
Caitlin se dirige até o outro lado, de frente a ele. Ele é um homem mais velho, de cabelos brancos e barba feita, e olhos azuis que parecem encarar o vazio enquanto ele reza. Ele não se incomoda em olhar para ela. Há algo a mais também, que ela pode pressentir. Mesmo em seu estado atual, ela sabe que há algo de diferente a respeito deste homem. Ela sabe que ele é como ela, – um vampiro.
As batidas voltam a se intensificar, e quando uma das dobradiças cede, Caitlin olha para trás assustada. O grupo parece determinado, e ela não sabe aonde ir.
“Ajude-me, por favor!” pede Caitlin.
Ele continua suas orações por mais diversos segundos. Finalmente, sem olhar para ela, ele diz: “Como eles podem matar algo que já está morto?”
Há um barulho de madeira partindo.
“Por favor,” ela implora, “Não me entregue a eles.”
Ele se levanta vagarosamente, quieto e com postura, e aponta para o altar. “Ali dentro,” ele fala. “Atrás da cortina. Há um alçapão. Vá!”
Ela segue a direção do seu dedo, mas vê apenas um grande pódio, coberto por um tecido de cetim. Ela corre até ele e, ao erguer o pano, vê o alçapão. Ela o abre, e se enfiar com dificuldade no pequeno espaço apertado.
Enfiada ali dentro, ela espia por uma pequena fresta. Ela vê o padre se apressar até uma porta lateral e abri-la com um chute, com tremenda força.
Assim que faz isso, as portas da frente da igreja são derrubadas pela multidão, e eles avançam entre os bancos.
Caitlin fecha as cortinas depressa, e torce para que não a tenham visto. Ela assiste por uma fresta, e pode ver o suficiente para enxergar o grupo que se encaminha na direção do altar, aparentemente direto para seu esconderijo.
“Por ali!” grita o padre. “A vampira fugiu naquela direção!”
Ele aponta para a porta lateral, e o grupo passa correndo por ele, voltando para a escuridão da noite.
Vários segundos se passam enquanto o fluxo aparentemente infindável de pessoas deixa a igreja, e o silêncio volta a tomar conta do lugar.
O padre fecha a porta, trancando-a em seguida.
Ela pode ouvir os passos dele, andando em sua direção, e Caitlin, tremendo de medo e frio, lentamente abre a porta do alçapão.
Ele abre a cortina e olha para ela, gentilmente estendendo-lhe a mão.
“Caitlin,” ele diz sorrindo. “Estamos esperando você há muito tempo.”
CAPÍTULO DOIS
Roma, 1790
Kyle fica em pé no escuro, com a respiração ofegante. Há poucas coisas que ele deteste mais que espaços restritos, e ao esticar a mão na escuridão e se deparar com a rocha à sua volta, ele começa a transpirar. Preso. Não há como piorar.
Ele cerra o punho e dá um murro que abre um buraco na parede de pedra. Ela quebra em pedaços, e Kyle rapidamente cobre os olhos, protegendo-os da luz do sol.
Se há algo que Kyle odeie mais que estar preso, é ser acertado de frente pela luz do sol, especialmente sem suas proteções de pele. Ele rapidamente salta sobre os escombros da parede e se protege atrás de um muro.
Kyle respira fundo e analisa o seu entorno, desorientado, enquanto retira a poeira dos olhos. Isso é exatamente o que ele mais detestava sobre a viagem no tempo: ele nunca sabia onde iria parar. Ele não havia tentado há séculos e, não teria enfrentado a viagem agora se não fosse pela eterna pedra em seu sapado, Caitlin.
Não muito tempo depois da partida dela de Nova Iorque, Kyle tinha percebido que a Guerra estava somente parcialmente ganha. Com ela ainda à solta, e sua busca pelo Escudo, ele logo havia percebido que não poderia relaxar. Ele estava prestes a ganhar a guerra, e escravizar toda a raça humana, prestes a se tornar o único líder de toda a raça vampira; mas Caitlin, aquela garotinha patética, o estava impedindo. Enquanto o Escudo estivesse desaparecido, ele não poderia assumir o poder absoluto. Ele não teria escolha a não ser rastreá-la e matá-la. E se isso significasse que ele teria que viajar no tempo, era isso que ele faria, e assim o fez.
Quase sem fôlego, Kyle retira uma proteção de pele do bolso e as envolve em torno dos braços, pescoço e torso. Ao prestar mais atenção ao local, ele se dá conta de que está em um mausoléu. As marcações na parede parecem escritas em romano. Roma.
Ele não visitava Roma há anos. Ele tinha levantado poeira demais ao estourar a parede de mármore, e era possível ver a poeira suspensa no ar contra a luz, e ele não consegue ter certeza de onde está. Respirando fundo, ele se prepara e caminha até a saída.
Ele estava certo: É Roma. Ele olha para fora, vê os Ciprestes Italianos, e tem certeza de sua localização. Ele percebe estar no Fórum Romano, com seu gramado, colinas, vales esparramados à sua frente em uma leve descida. As lembranças não demoram a aflorar; ele havia matado muitas pessoas aqui, quando ainda se costumava fazer isso. Ele mesmo quase havia sido morto, sorri Kyle ao lembrar, – era exatamente o seu tipo de lugar.
É o lugar perfeito para estar. O Partenon não é muito longe, e dentro de minutos, ele estaria diante dos juízes do Grande Conselho Romano, e seu poderoso coven, – e conseguir as respostas que tanto quer. Ele logo saberia onde Caitlin está e, se tudo corresse bem, conseguiria a permissão deles para matá-la.
Não que ele precisasse de permissão, seria uma questão de cortesia – de etiqueta – seguir a milenar tradição. Sempre se pede permissão para matar no território de outro coven.
Mas se eles recusassem, ele dificilmente desistiria. Isso poderia tornar sua vida mais difícil, mas ele mataria qualquer pessoa que tentasse impedi-lo.
Kyle respira o ar romano, sentindo-se em casa. Há muito tempo ele não visitava aquele lugar. Ele tinha se envolvido demais em Nova Iorque, com a política da era moderna. Isso é mais seu estilo; ele pode ver cavalos à distância e estradas de terra, e supõe que esteja em algum momento do século XVIII. Perfeito. Roma é urbana, mas ainda inocente, ainda tem 200 anos de aprendizado pela frente.
Ao analisar seu estado, Kyle percebe ter sobrevivido relativamente bem à viagem no tempo. Em outras viagens, ele tinha chegado bem destruído, havia precisado de mais tempo para se recuperar. Mas não desta vez. Agora ele se sente mais forte do que nunca, pronto para qualquer situação, como se suas asas pudessem brotar a qualquer momento; sentindo como se pudesse voar