Um Escudo De Armas . Морган Райс

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Um Escudo De Armas  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

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sobre a Travessia do Norte. Aquela ponte precária e oscilante, coberta de gelo, estava feita de cordas e tábuas de madeira e dava a impressão de que não poderia suportar o peso deles. Gwen agachou-se ao dar seu primeiro passo.

      Gwen escorregou, estendeu a mão e agarrou-se a varanda, a qual balançava e era de pouca ajuda. Seu coração ficou apertado ao constatar que aquela ponte precária era seu único caminho para cruzar para o lado Norte, entrar no Mundo Inferior e encontrar Argon. Ela olhou adiante e viu à distância o Mundo Inferior convidando-a, um lençol de neve cegante. A travessia se via cada vez mais nefasta.

      Uma rajada súbita de vento golpeou a ponte e a corda balançou violentamente, Gwendolyn se encontrou agarrada à varanda com ambas as mãos e ajoelhada. Por um momento, ela duvidou que pudesse sustentar-se, ou até mesmo cruzar a ponte. Ela percebeu que a travessia era muito mais perigosa do que tinha pensado e que todos estavam arriscando suas vidas ao tentar cruzá-la.

      “Majestade?” Disse uma voz.

      Gwen se virou e viu Aberthol parado a uma distância curta, ao lado de Steffen, Alistair e Krohn, todos eles esperavam para segui-la. Os quatro compunham um grupo bastante peculiar, equilibrando-se ali na borda do mundo e enfrentando um futuro incerto ou uma provável morte.

      “Nós realmente devemos tentar cruzar isso?” Perguntou ele.

      Gwendolyn virou-se e olhou de volta para a neve e o vento fustigante diante dela; ela enrolou as peles ao redor de seus ombros mais apertadamente enquanto tremia. Secretamente, ela não desejava cruzar a ponte; ela não desejava prosseguir aquela jornada. Ela realmente preferia retirar-se para a segurança do seu lar da infância, a Corte do Rei, permanecer detrás de suas muralhas protetoras diante de um cálido fogo e não ter de contemplar nenhum dos perigos e preocupações que a haviam absorvido desde que ela havia se tornado rainha.

      No entanto, ela já não poderia fazer isso. A Corte do Rei já não existia mais; sua infância havia passado; ela era a rainha agora. Ela estava esperando um bebê, tinha um futuro esposo em algum lugar mundo afora e eles precisavam dela. Por Thorgrin, ela pisaria sobre o fogo se isso fosse preciso. Gwen estava certa de que isso seria realmente necessário. Todos eles precisavam de Argon – não apenas ela e Thor, mas o Anel inteiro. Todos eles estavam lutando, não somente contra Andronicus, mas também contra uma magia poderosa, poderosa o suficiente para prender Thor e sem Argon, Gwen não sabia se eles realmente poderiam combatê-la.

      “Sim!” Ela respondeu. “Nós devemos.”

      Gwen preparou-se para dar mais um passo e dessa vez Steffen se colocou apressadamente diante dela, bloqueando o seu caminho.

      “Majestade, por favor, permita-me ir adiante.” Disse ele. “Nós não sabemos que coisas aterrorizantes nos esperam nesta ponte.”

      Gwendolyn estava comovida com sua oferta, mas ela se aproximou e gentilmente o empurrou para um lado.

      “Não.” Disse ela. Eu irei na frente.

      Ela não perdeu tempo, em vez disso deu um passo à frente agarrando-se firmemente à corda da varanda.

      Quando Gwen deu mais um passo, ela foi invadida pela sensação gélida em sua mão, o frio do gelo penetrou-a, sua sensação fria atingia suas mãos e braços. Ela respirava com dificuldade, sem saber se poderia sequer agarrar-se com firmeza.

      Houve outra rajada de vento, ela fez com que a ponte balançasse para um lado e para outro e forçou Gwen a agarrar-se com muito mais força e suportar a dor causada pelo gelo. Ela lutou com todas as suas forças para manter o equilíbrio quando o seu pé escorregou nas tábuas cobertas de gelo, sob seus pés. A ponte pendeu bruscamente para a esquerda e por um breve instante Gwen esteve segura de que cairia pela tangente. A ponte voltou a sua posição normal e logo depois balançou para a posição contrária.

      Gwen se ajoelhou novamente. Ela mal havia avançado três metros e seu coração já batia tão descompassado que ela quase não podia respirar, suas mãos estavam tão dormentes que ela quase não podia senti-las.

      Ela fechou os olhos, respirou fundo e pensou em Thor. Ela visualizou o rosto dele, cada ângulo dele. Ela aferrou-se ao amor que sentia por ele, a sua determinação de libertá-lo sem importar o que fosse necessário para isso

      Sem importar o que fosse necessário para isso.

      Gwendolyn abriu os olhos e forçou-se a dar vários passos para a frente, agarrando-se firmemente à varanda, dessa vez disposta a não parar diante de nada. O vento e a neve poderiam arrastá-la para as profundezas do Canyon. Porém ela já não se importava mais. Já não se tratava mais do bem-estar dela. Tratava-se do amor de sua vida. Por ele, ela faria qualquer coisa.

      Gwendolyn sentiu o peso da ponte oscilando detrás dela, ela olhou para trás e viu Steffen, Aberthol, Alistair e Krohn seguindo-a. Krohn deslizava em suas patas e se apressou para passar à frente dos outros, esgueirando-se para um lado e outro até que ele chegou ao lado de Gwendolyn.

      “Eu não sei se eu consigo fazer isso.” Aberthol exclamou com sua voz cansada, depois de dar uns poucos passos vacilantes.

      Ele ficou ali, seus braços tremiam enquanto ele se agarrava à corda, era um homem idoso e fraco que mal podia se aguentar.

      “Sim, você vai conseguir.” Disse Alistair, colocando-se ao lado dele e passando um braço ao redor de sua cintura. “Eu estou aqui. Não se preocupe.”

      Alistair caminhou com ele, ajudando-o a avançar, o grupo prosseguiu sua caminhada e avançava pela ponte dando um passo de cada vez.

      Gwen, mais uma vez, estava admirada com a fortaleza de Alistair diante da adversidade; admirada com sua natureza calma e sua bravura. Ela também irradiava um poder que Gwendolyn não entendia. Gwen não podia explicar porque ela se sentia tão achegada a Alistair, mas no curto tempo que fazia que elas tinham se conhecido, Gwen já a queria como a uma irmã. Ela derivava forças da presença de Alistair e também de Steffen.

      Houve uma calmaria no vento e eles puderam avançar mais rapidamente. Logo eles haviam atravessado a metade da ponte e se moviam mais rápido. Gwen já estava mais prática com as tábuas de madeira escorregadias e eles já podiam avistar o outro lado do Canyon, a cerca de apenas cinquenta metros. O coração de Gwen começou a encher-se de otimismo. Eles iam conseguir chegar, depois de tudo.

      Uma nova rajada de vento os golpeou, ela foi bem mais forte do que as anteriores, tão forte que forçou Gwen a ficar de joelhos e agarrar a corda com as duas mãos. Ela se agarrou com toda a sua alma quando a ponte balançou em um ângulo de quase noventa graus e logo depois balançou novamente com a mesma violência. Gwen sentiu que uma das tábuas se soltou debaixo de seus pés e gritou quando sua perna ficou metida até a coxa, no espaço vazio entre as tábuas de madeira da ponte. Ela se remexia tentando sair, mas não conseguia.

      Gwen se virou e viu quando Aberthol perdeu sua força, se soltou de Alistair e começou a escorregar para a borda da ponte. Alistair reagiu rapidamente, ela estirou o braço e agarrou o pulso dele, segurando-o justo antes que ele caísse pela borda.

      Alistair se inclinou sobre a borda da ponte, segurando firme o pulso de Aberthol enquanto ele balançava abaixo dela, suspendido sobre o nada, nada além do abismo do Canyon. Alistair lutava para sustentá-lo e Gwen rezava para que a corda não cedesse. Ela se sentia tão inútil, presa ali, entalada entre as duas tábuas. Seu coração batia loucamente enquanto ela tentava se soltar.

      A ponte se sacudia violentamente e Alistair e Aberthol sacudiam junto com ela.

      “Solte-me!” Aberthol exclamou.

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