Um Escudo De Armas . Морган Райс

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Um Escudo De Armas  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

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pelos ares, dando voltas sobre si mesmo enquanto caía nas profundezas do Canyon. Agora tudo o que ele tinha era o bastão que estava atado às suas costas.

      “O senhor vai estar bem.” Alistair disse calmamente.

      Gwen ficou surpresa ao ver Alistair tão equilibrada, tão confiante.

      “Olhe nos meus olhos.” Alistair instruiu firmemente.

      “O quê?” Aberthol gritou em meio ao vento.

      “Olhe nos meus olhos.” Alistair ordenou com mais firmeza em sua voz.

      Havia algo em seu tom de voz que comandava os homens, Aberthol olhou para ela. Seus olhos se encontraram e assim que isso aconteceu, Gwendolyn observou um raio de luz emanar dos olhos de Alistair e brilhar até os olhos de Aberthol. Ela observou com incredulidade quando o brilho envolveu Aberthol, logo Alistair se inclinou para trás e com um forte puxão, ela arrastou Aberthol de volta para a ponte.

      Aberthol ficou ali, atordoado, respirando com dificuldade, ele olhava para Alistair admirado; em seguida, ele virou-se e imediatamente agarrou a corda da varanda com as duas mãos, antes que outra rajada de vento viesse.

      “Majestade!” Steffen exclamou.

      Ele ajoelhou-se sobre ela, em seguida estendeu a mão, agarrou seus ombros e puxou com toda a sua força.

      Gwen começou a desentalar-se lentamente das tábuas, mas quando ela já estava prestes a se soltar, sua mão escorregou da mão gelada de Steffen; ela caiu novamente ficou ainda mais entalada onde tinha estado. De repente, uma segunda tábua se soltou debaixo de Gwendolyn e ela gritou quando sentiu que começava a despencar.

      Gwendolyn estendeu a mão e agarrou a corda com uma mão e o pulso de Steffen com a outra. Ela tinha a sensação de que seus ombros estavam sendo arrancados de suas articulações, enquanto balançava em pleno ar. Steffen agora pendia também, ele estava inclinado sobre a borda com suas pernas entrelaçadas, arriscando sua vida para impedir que Gwendolyn caísse, as cordas estavam a ponto de quebrar-se atrás dele, elas eram a única coisa que os sustentavam.

      Chegou até eles o som de um rosnado, Krohn saltou para frente e afundou suas presas na pele do manto de Gwen e puxou-a para trás com todas as forças, ao mesmo tempo em que rosnava e gania.

      Lentamente, Gwen foi içada, centímetro a centímetro, até que finalmente ela foi capaz de agarrar-se às tábuas da ponte. Ela arrastou-se para cima e ficou deitada de costas, exausta, respirando com dificuldade.

      Krohn lambeu seu rosto vez após vez, Gwen recuperava o fôlego, muito grata a ele e a Steffen, quem agora estava ao lado dela. Ela estava tão feliz por estar viva, por ter sido salva de uma morte horrível.

      Mas de repente, Gwendolyn ouviu um barulho e sentiu quando a ponte inteira se sacudiu. Seu sangue gelou quando ela se virou e olhou para trás: uma das cordas que sustentava a ponte do Canyon havia se partido.

      Toda a ponte estremeceu, Gwen observou com horror quando a outra corda começou a se partir também, a ponte agora pendia praticamente de um fio.

      Todos eles gritaram quando repentinamente a metade da ponte se desprendeu da parede do Canyon; a ponte balançou todos eles tão rápido que Gwen mal conseguia respirar enquanto todos voavam pelo ar com a velocidade da luz, em direção ao outro lado da parede do Canyon.

      Gwen olhou para cima e viu a parede rochosa que se aproximava em um borrão; ela soube que em alguns momentos todos seriam mortos pelo impacto; seus corpos seriam esmagados e que tudo o que restasse deles despencaria para as profundezas da terra.

      “Rocha, abra passo! Eu lhe ordeno!” Gritou uma voz cheia de autoridade primordial, era uma voz diferente de qualquer outra que Gwen tinha ouvido.

      Ela olhou para ver Alistair segurando a corda, estendendo a palma da mão, olhando fixamente e sem medo para a falésia que estavam prestes a impactar. Da palma da mão de Alistair emanava uma luz amarela, quando eles chegaram mais perto da parede do Canyon, Gwendolyn preparou-se para o impacto, ela ficou chocada com o que aconteceu depois.

      Diante de seus olhos, a face sólida da rocha do Canyon mudou para a neve. Quando todos eles impactaram, Gwendolyn não sentiu o ruído do rompimento dos ossos que ela esperava. Em vez disso, ela sentiu seu corpo inteiro imerso em uma parede de neve leve e macia. A parede era muito fria e cobriu-a completamente, metendo-se em seus olhos, nariz e ouvidos, no entanto, não a havia machucado.

      Ela estava viva.

      Todos eles balançavam ali, a corda ficou pendurada no topo do Canyon, imersa na parede de neve. Gwendolyn sentiu uma mão forte agarrar-lhe o pulso, era Alistair. Sua mão estava estranhamente quente, apesar do frio. Alistair já tinha de alguma forma agarrado os outros também, logo estavam todos, incluindo Krohn, quem havia sido puxado para cima por ela, enquanto Alistair subia pela corda como se ela fosse nada.

      Finalmente eles chegaram ao alto da parede e Gwen desabou no chão, na terra firme, do outro lado do Canyon. No exato segundo em que eles subiram, as cordas restantes se partiram e o que restava da ponte despencou para baixo, caindo em meio à neblina, para as profundezas do Canyon.

      Gwendolyn ficou ali, respirando com dificuldade, muito grata por estar em terra firme novamente, perguntando-se o que havia acontecido. O chão era gélido, estava coberto de gelo e neve, mas mesmo assim era terra firme. Ela estava fora da ponte e, estava viva. Eles haviam conseguido cruzar, graças a Alistair.

      Gwendolyn se virou e olhou para Alistair com um novo sentimento de admiração e respeito. Ela estava grata por tê-la ao seu lado, muito mais do que poderia expressar. Ela realmente sentia que Alistair era a irmã que ela nunca tinha tido. Gwen tinha a sensação de que ainda não tinha sequer começado a ver a profundidade do poder de Alistair.

      Gwen não tinha ideia de como eles iriam regressar para o Anel quando todos terminassem sua missão ali – se é que eles conseguiriam realizar isso, se eles realmente poderiam encontrar Argon e levá-lo de volta. Enquanto Gwen olhava para a parede de neve ofuscante à sua frente, a entrada para o Mundo Inferior, ela teve a sensação de que os obstáculos mais difíceis ainda estavam por vir.

      CAPÍTULO DOIS

      Reece estava parado ali, na Travessia Oriental do Canyon, agarrando-se ao corrimão de pedra da ponte e olhando para baixo do precipício, horrorizado. Ele mal podia respirar. Ele ainda não podia acreditar no que acabava de presenciar: a Espada do Destino, incrustada em uma pedra, havia caído sobre a borda e agora estava despencando e girando sobre si mesma enquanto era engolida pela névoa.

      Ele ficou ali aguardando por um bom tempo, esperando ouvir o golpe e sentir o tremor do impacto sob seus pés. Mas, para sua surpresa, o barulho nunca se ouviu. Seria o Canyon de fato sem fundo? Esses rumores seriam verdadeiros?

      Finalmente Reece soltou a varanda, os nós dos seus dedos estavam brancos, ele soltou a respiração, virou-se e olhou para seus companheiros da Legião. Todos eles estavam ali: O’Connor, Elden, Conven, Indra, Serna e Krog. Todos eles também olhavam horrorizados. Os sete haviam ficado paralisados no lugar, nenhum deles podia compreender o que havia acabado de acontecer. A Espada do Destino: a lenda com a qual todos eles haviam crescido; a arma mais importante do mundo; propriedade dos reis e a única coisa que mantinha o escudo ativo.

      Ela tinha simplesmente deslizado de suas mãos, e caído no vazio.

      Reece sentia que tinha falhado. Ele sentia que tinha decepcionado não apenas Thor, mas o Anel inteiro. Por que eles não puderam chegar lá apenas alguns minutos mais cedo? Apenas

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