Um Escudo De Armas . Морган Райс

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Um Escudo De Armas  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

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aproveitar a chance que ele estava tendo. Ele sabia que era uma espécie de loteria, que aquelas pessoas se vendiam ao melhor comprador. Mas ele pagou-lhes com muito ouro, ouro da melhor qualidade e eles acabaram por ser mais confiáveis do que ele pensava.

      É claro que ele não tinha ideia de quanto tempo aquela divisão das tropas do Império permaneceria leal. Mas pelo menos, ele os tinha desviado de sua batalha original e por enquanto, ele tinha a todos de seu lado.

      “Eu estava errado sobre você.” Disse uma voz.

      Godfrey virou-se para ver o general silesiano chegando ao lado dele com um olhar de admiração.

      “Eu duvidei de você, tenho de admitir…” Ele continuou. “Eu peço desculpas. Eu não poderia ter imaginado o plano que você tinha debaixo da manga. Foi genial. Eu não vou questioná-lo novamente.”

      Godfrey sorriu de volta, sentindo-se vindicado. Todos os generais, todos os tipos militares, haviam duvidado dele durante toda a sua vida. Na corte de seu pai, uma corte de guerreiros, ele sempre havia sido olhado com desdém. Agora, finalmente eles estavam vendo que ele, a sua maneira, poderia ser tão competente quanto eles.

      “Não se preocupe.” Disse Godfrey. “Eu também me questiono todo o tempo. Estou aprendendo enquanto eu sigo. Eu não sou um comandante e eu não tenho nenhum plano mestre, a não ser sobreviver de qualquer maneira que eu puder.”

      “E para onde vamos agora?” Perguntou o general.

      “Vamos nos juntar a Kendrick, Erec e aos outros e fazer o que pudermos para apoiar a sua causa.”

      Eles cavalgavam, milhares deles, formando uma aliança estranha e desconfortável entre os homens do Império e os de Godfrey. Eles avançavam enquanto subiam e desciam colinas e atravessavam as longas planícies áridas e empoeiradas, dirigindo-se ao vale onde Kendrick tinha lhes dito que se encontrariam.

      Enquanto cavalgavam, um milhão de pensamentos dava voltas na cabeça de Godfrey. Ele se perguntava como Kendrick e Erec tinham se saído e qual seria a sua desvantagem numérica; ele se perguntava também, como ele próprio se sairia na próxima batalha, uma batalha real. Não haveria mais como evitá-la; ele não tinha mais truques na manga, nem mais ouro.

      Ele engoliu em seco, nervoso. Ele achava que não tinha o mesmo nível de coragem que todos os outros pareciam ter; o mesmo nível com o qual todos eles pareciam ter nascido. Todos pareciam tão destemidos na batalha e até mesmo na vida. Mas Godfrey tinha de admitir que ele estava com medo. Quando chegasse a ocasião, ele sabia que não iria fugir no meio da batalha. Mas ele era tão atrapalhado e desajeitado; ele não tinha as habilidades dos outros e ele simplesmente não sabia quantas vezes ele seria salvo pelos deuses da sorte.

      Os outros não pareciam se importar se eles morreriam, todos eles pareciam muito dispostos a dar suas vidas pela glória. Godfrey apreciava a glória. Mas ele amava mais a vida. Ele amava sua cerveja e adorava sua comida, mesmo naquele momento, ele sentia seu estômago roncar e uma vontade enorme de estar de volta na segurança de uma taverna, em algum lugar. Ele simplesmente não estava feito para uma vida de batalha.

      Mas Godfrey pensou em Thor, lá fora em algum lugar, no cativeiro; ele pensou em todos os seus parentes lutando pela causa, ele sabia que aquele era o lugar onde sua honra – por mais manchada que pudesse estar – o obrigava a estar.

      Eles cavalgaram por um bom tempo e finalmente, todos alcançaram uma encosta que lhes proporcionava uma vista deslumbrante do vale que se espalhava abaixo. Eles fizeram uma pausa e Godfrey olhou para o sol ofuscante, tentando se adaptar para captar a visão diante dele. Ele levantou a mão para proteger os olhos e olhou ao redor, confuso.

      Então, para seu horror, tudo ficou claro. O coração de Godfrey parou: lá embaixo, milhares de homens de Srog Kendrick e Erec estavam sendo arrastados, preso como cativos. Aquela era a força de combate com a qual se supunha que ele deveria se encontrar. Eles estavam completamente cercados, por dez vezes o número de soldados do Império. Eles estavam a pé, com seus punhos amarrados, todos feitos prisioneiros, todos sendo levados. Godfrey sabia que Kendrick e Erec nunca se renderiam a menos que houvesse um bom motivo. Parecia que eles tinham sido vítimas de uma armadilha.

      Godfrey ficou paralisado, golpeado pelo pânico. Ele se perguntava como isso poderia ter acontecido. Ele estava esperando encontrar todos no calor de uma batalha bem instrumentada; ele esperava poder avançar e juntar forças com eles. Mas agora, em vez disso, eles estavam desaparecendo no horizonte, já estavam a cerca de meio-dia de viagem.

      O general do Império cavalgou ao lado de Godfrey e zombou.

      “Parece que os seus homens perderam.” Disse o general do Império. “Isso não fazia parte do nosso acordo.”

      Godfrey se virou para o general e viu que ele parecia estar bastante nervoso.

      “Eu paguei-lhe bem…” Disse Godfrey nervoso, porém ele tentou fazer com que sua voz soasse mais confiante enquanto sentia que seu acordo estava se desmanchando. “… E você prometeu se juntar a mim, a minha causa.”

      No entanto, o general do Império balançou a cabeça em desacordo.

      “Eu prometi que me juntaria a você em uma batalha, não em uma missão suicida. Meus poucos milhares de homens não subirão contra um batalhão inteiro de Andronicus. Nosso trato mudou. Você pode lutar contra eles em seu próprio país – e a propósito, eu vou ficar com o seu ouro.”

      O general se virou e gritou enquanto esporava seu cavalo e partia em outra direção, seguido por todos os seus homens. Eles logo desapareceram no outro lado do vale.

      “Ele tem nosso ouro!” Disse Akorth. “Nós deveríamos persegui-lo?”

      Godfrey balançou a cabeça enquanto ele os via cavalgar para longe.

      “E de que adiantaria? O ouro é apenas ouro. Eu não vou arriscar a vida por isso. Deixe-o ir. Há sempre mais no lugar de onde esse veio.”

      Godfrey virou-se e olhou o horizonte, ele viu o grupo dos homens de Kendrick e Erec, perdendo-se de vista, aqueles com quem ele mais se importava. Agora ele estava sem um respaldo e se encontrava ainda mais isolado do que antes. Ele sentiu que seus planos estavam indo por água abaixo.

      “E agora?” Perguntou Fulton.

      Godfrey deu de ombros.

      “Não tenho ideia.” Disse ele.

      “Essa não é a resposta que eu esperava ouvir.” Disse Fulton. “Você é um comandante agora.”

      Mas Godfrey simplesmente deu de ombros novamente. “Eu disse a verdade.”

      “Esse negócio de ser guerreiro é muito difícil.” Disse Akorth coçando a barriga enquanto tirava o capacete. “Ele não parece funcionar muito bem como você esperaria, não é?”

      Godfrey ficou ali, montado em seu cavalo, balançando a cabeça, pensando no que fazer. A mesa havia virado sem que ele esperasse e ele não tinha um plano de contingência.

      “Será que nós deveríamos voltar?” Perguntou Fulton.

      “Não.” Godfrey se ouviu dizendo, surpreendendo a si mesmo.

      Os outros se viraram e olharam para ele, chocados. Outros se aproximaram e se amontoaram por perto para ouvir suas ordens.

      “Posso não ser um grande guerreiro…” Godfrey

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