Um Escudo De Armas . Морган Райс

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Um Escudo De Armas  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

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eles são excelentes guerreiros do Exército Prata, dos MacGils e dos silesianos, mesmo assim eles não puderam lutar contra os homens do Império. Como você acha que apenas alguns milhares de nossos homens, sob o seu comando, conseguirão fazer isso?”

      Godfrey virou-se para ele, irritado. Ele estava cansado de que duvidassem dele.

      “Eu nunca disse que iria ganhar.” Ele respondeu. “Eu digo apenas que essa é a coisa certa a fazer. Eu não vou abandoná-los. Agora, se você quiser dar a volta e ir para casa, fique à vontade. Eu mesmo vou atacá-los.”

      “Você é um comandante inexperiente.” Disse ele, de cara feia. “Você não tem ideia do que está dizendo. Você vai levar todos esses homens a uma morte certa.”

      “Eu sou.” Disse Godfrey. “É verdade. Mas você prometeu não duvidar de mim novamente. E eu não vou mudar de opinião.”

      Godfrey cavalgou vários metros à frente, até uma elevação, de modo que ele pudesse ser visto por todos os seus homens.

      “HOMENS!” Ele gritou, levantando a voz. “Eu sei que vocês não me conhecem como um comandante real e experiente como Kendrick, Erec ou Srog. E isso é verdade, eu não tenho a competência deles. Mas eu posso ser valente, pelo menos de vez em quando. E vocês também. O que eu sei é que aqueles que estão lá fora, capturados, são nossos irmãos. E eu mesmo preferiria morrer a viver para vê-los sendo levados diante de nossos olhos; preferiria morrer a voltar para casa como um cachorro escorraçado; a voltar para nossas cidade e aguardar que o Império venha e nos mate, também. Estejam certos disto: eles vão nos matar um dia. Todos nós podemos morrer agora, lutando de pé, perseguindo o inimigo como homens livres, ou podemos morrer com vergonha e desonra. A decisão é de vocês. Cavalguem comigo, e vivendo ou não, vocês vão cavalgar para a glória!”

      Ouviu-se um grito entusiasta entre seus homens, um grito tão entusiasmado que surpreendeu Godfrey. Todos eles levantaram suas espadas para o alto, e isso lhe deu coragem.

      Isso também fez Godfrey perceber a realidade do que ele tinha dito. Ele realmente não tinha pensado profundamente em suas palavras antes de dizê-las; ele tinha acabado de se deixar levar pelo momento. Agora, ele percebia que estava comprometido com isso e estava um pouco chocado com suas próprias palavras. Sua própria bravura era assustadora até mesmo para ele.

      Os cavalos empinavam enquanto os homens preparavam suas armas e se aprontavam para o ataque final. Akorth e Fulton surgiram ao lado de Godfrey.

      “Bebida?” Ofereceu Akorth.

      Godfrey olhou para baixo e viu que ele lhe estendia um odre de vinho, ele arrancou o odre das mãos de Akorth, jogou a cabeça para trás e bebeu sofregamente, até quase acabar todo o conteúdo, mal parando para recuperar o fôlego. Finalmente, Godfrey limpou a boca e entregou-lhe o odre de volta.

      O que foi que eu fiz? Ele refletiu. Ele havia comprometido a si mesmo e os outros, a lutar em uma batalha que não podiam ganhar. Ele estava pensando claramente?

      “Eu não conhecia essas suas habilidades.” Disse Akorth, batendo com força nas costas dele depois que ele arrotou. “Que discurso! Muito melhor do que o teatro!”

      “Nós deveríamos ter vendido entradas!” Disse Fulton metendo-se na conversa.

      “Eu creio que você não está totalmente errado.” Disse Akorth. “É melhor morrer de pé, lutando, do que rendidos sobre nossas costas.”

      “Embora sobre nossas costas possa não ser tão ruim, contanto que seja na cama de um bordel.” Acrescentou Fulton.

      “Apoiado, apoiado!” Disse Fulton. “Ou então, que tal morrer com uma caneca de cerveja em nossas mãos e nossas cabeças inclinadas para trás!”

      “Isso seria muito bom mesmo.” Akorth disse enquanto tomava um gole.

      “Mas eu acho que depois de muito tempo, tudo isso seria entediante.” Disse Fulton. “Quantas canecas alguém pode beber, quantas mulheres um homem pode levar para a cama?”

      “Bem, muitas, se você pensar bem.” Disse Akorth.

      “Mesmo assim, acho que seria divertido morrer de uma maneira diferente. Não seria tão chato.”

      Akorth suspirou.

      “Bem, se nós sobrevivermos a tudo isso, pelo menos nós teríamos realmente uma razão válida para beber. Pela primeira vez em nossas vidas, nós seríamos merecedores!”

      Godfrey se virou, tentando desviar a atenção de Akorth e Fulton com sua tagarelice perpétua. Ele precisava se concentrar. Era chegado o momento de que ele se tornasse um homem e deixasse as brincadeiras e piadas de taverna para trás; o momento de tomar decisões reais que afetassem os homens reais do mundo real. Ele sentia um peso enorme sobre ele; ele não podia evitar imaginar que era assim que o seu pai havia se sentido. De algum modo estranho, por mais que ele o tivesse odiado, Godfrey estava começando a simpatizar com seu pai, e talvez até mesmo, para o seu próprio horror, estava tornando-se igual a ele.

      Godfrey foi invadido por uma onda de confiança, e esquecendo o perigo diante dele, de repente ele esporou seu cavalo e com um grito de guerra, correu em frente, para o vale abaixo.

      Atrás dele ouviu-se o grito de guerra imediato de milhares de homens e o galope dos seus cavalos encheu seus ouvidos, enquanto eles avançavam logo atrás dele.

      Godfrey já se sentia tonto, o vento soprava seu cabelo e o vinho subia-lhe à cabeça, enquanto ele corria em direção a uma morte certa e se perguntava em que raios ele havia se metido.

      CAPÍTULO CINCO

      Thor estava montado em seu cavalo, de um lado estava seu pai e do outro, McCloud, Rafi se encontrava perto. Atrás deles havia dezenas de milhares de soldados do Império, era a principal divisão do exército de Andronicus, bem disciplinada e aguardando pacientemente as ordens de Andronicus. Todos permaneciam ali, no topo de uma colina, olhando para as Highlands e seus picos cobertos de neve. No topo das Highlands estava situada a cidade McCloud, Highlândia. Thor ficou tenso quando ele observou que milhares de soldados saíam da cidade e cavalgavam em direção a eles, preparando-se para a batalha.

      Aqueles não eram homens MacGil; nem soldados do Império. Eles usavam uma armadura que Thor reconhecia vagamente; mas quando ele apertou ainda mais o punho de sua nova espada, ele não tinha certeza de quem eles eram exatamente, ou por que eles estavam atacando.

      “Soldados McCloud. Meus ex-guerreiros.” McCloud explicou a Andronicus. “Todos bons soldados. Todos são homens que eu treinei e que lutaram comigo.”

      “Mas agora eles se viraram contra você.” Andronicus observou. “Eles marcham para batalhar contra você.”

      McCloud fez uma careta, sua aparência era grotesca, lhe faltava um olho e a metade de seu rosto estava marcada com o brasão do Império.

      “Me desculpe, meu senhor.” Ele disse. “Não é minha culpa. Isso é obra de meu filho, Bronson. Ele virou meu próprio povo contra mim. Se não fosse por ele, todos eles se juntariam a mim agora para defender sua grande causa.”

      “Não é por causa de seu filho.” Andronicus corrigiu, sua voz era fria como o aço, voltando-se para McCloud. “É porque você é um comandante fraco e um pai ainda mais fraco. A falha em seu filho é uma falha em você. Eu deveria saber que você seria incapaz de controlar seus próprios homens.

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