Um Escudo De Armas . Морган Райс

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Um Escudo De Armas  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

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desacordo.

      “Tudo isso é irrelevante agora. Suas leis não importam mais. O poder sempre triunfa sobre a lei. São aqueles com poder quem ditam a lei. E agora, como você pode ver, eu sou o mais forte. O que significa que, a partir de agora, eu escrevo a lei. As gerações seguintes não vão se lembrar de nenhuma de suas leis. Tudo o que eles vão lembrar é que eu, Tirus, fui o Rei, e não você, e tampouco sua irmã.”

      “Tronos tomados ilegitimamente nunca perduram.” Kendrick rebateu. “Você pode matar-nos; você pode até convencer Andronicus a conceder-lhe um trono. Mas você e eu sabemos que você não vai governar por muito tempo. Você vai ser traído, sofrerá a mesma traição que nos infligiu.”

      Tirus permaneceu imutável.

      “Então eu vou saborear os breves dias em meu trono enquanto eles durarem, e aplaudirei o homem que puder me trair com a mesma habilidade com a qual eu traí você.”

      “Chega de conversa!” Exclamou o comandante do Império. “Renda-se agora ou seus homens vão morrer!”

      Kendrick olhou para o comandante, furioso, sabendo que precisava se render, mas ele não desejava fazer isso.

      “Baixem suas armas…” Tirus disse calmamente, sua voz era reconfortante. “… E eu vou tratá-lo adequadamente, como um guerreiro trataria outro. Vocês serão meus prisioneiros de guerra. Eu posso não compartilhar suas leis, mas eu honro o código de batalha de um guerreiro. Eu prometo a você, vocês não serão prejudicados sob minha supervisão.”

      Kendrick olhou para Bronson, Srog e Erec, eles olharam de volta para ele. Todos eles permaneciam ali em silêncio, todos eram guerreiros orgulhosos, seus cavalos empinavam sob eles.

      “Por que nós confiaríamos em você?” Bronson perguntou para Tirus. “Você, que já provou que sua palavra não significa nada. Eu estou disposto a morrer aqui no campo de batalha, só para limpar esse sorriso orgulhoso de sua cara.”

      Tirus virou-se e fez uma careta zombeteira para Bronson.

      “Você se atreve a falar e nem sequer é um MacGil. Você é um McCloud. Você não tem direito a interferir nos assuntos dos MacGil.”

      Kendrick saiu em defesa de seu amigo: “Bronson é tão MacGil agora como qualquer um de nós. Ele fala por todos nossos homens.”

      Tirus rangeu os dentes, claramente irritado.

      “A decisão é sua. Olhe ao seu redor e veja nossos milhares de arqueiros prontos para disparar. Você foi superado. Mesmo que vocês cheguem a empunhar suas espadas, seus homens cairão mortos imediatamente. Certamente, até mesmo você pode ver isso. Existe um momento para lutar e um tempo para se render. Se você quiser proteger seus homens, você fará o que qualquer bom comandante faria. Deponha suas armas.”

      Kendrick contraiu os maxilares várias vezes, queimando por dentro. Por mais que ele odiasse admitir, ele sabia que Tirus estava certo. Ele olhou em volta e soube em um instante, que a maioria, ou até mesmo todos os seus homens morreriam ali se eles tentassem lutar. Por mais que Reece quisesse lutar, essa seria uma opção egoísta; por mais que desprezasse Tirus, Reece sentia que ele estava dizendo a verdade e que seus homens não seriam prejudicados. Contanto que eles vivessem, eles poderiam sempre lutar outro dia, em algum outro lugar, em algum outro campo de batalha.

      Kendrick olhou para Erec, um homem com quem ele tinha lutado inúmeras vezes, o campeão do Exército Prata, ele sabia que Erec estava pensando a mesma coisa. Ser um líder era bem diferente de ser um guerreiro: um guerreiro poderia lutar com entrega imprudente, mas um líder devia pensar primeiro nos outros.

      “Há um tempo para as armas e um tempo para a rendição.” Erec exclamou. “Nós vamos tomar sua palavra de guerreiro, a qual afirma que nossos homens não sofrerão nenhum dano e com essa condição, nós vamos depor as armas. Entretanto, se você violar sua palavra, que Deus se apiede de sua alma, porque eu voltarei do inferno para vingar todos e cada um dos meus homens.”

      Tirus assentiu satisfeito, então Erec estendeu a mão e deixou cair sua espada e a bainha até o chão. Elas atingiram o solo com um estrondo.

      Kendrick seguiu seu exemplo, assim como Bronson e Srog, cada um deles estava relutante, mas todos sabiam que era o mais sábio a fazer.

      Ouviu-se atrás deles o som do choque de milhares de armas, todas caindo e golpeando o chão frio do inverno; todo o Exército Prata, os MacGils e os silesianos se renderam.

      Tirus deu um sorriso largo.

      “Agora desmontem.” Ordenou ele.

      Um de cada vez, eles desmontaram e se colocaram diante de seus cavalos.

      Tirus deu um sorriso de orelha a orelha, saboreando sua vitória.

      “Durante todos esses anos em que eu estava exilado na Ilhas Superiores, eu invejava a Corte do Rei, o meu irmão mais velho e todo o seu poder. Mas agora qual dos MacGil detém todo o poder?”

      “O poder da traição não é poder nenhum.” Retrucou Bronson.

      Tirus fez um gesto zombeteiro e logo fez um sinal com a cabeça para os seus homens.

      Eles correram para a frente e ataram os pulsos de cada um dos homens com cordas grossas. Todos eles começaram a ser arrastados para longe, eram milhares de cativos.

      Enquanto Kendrick estava sendo puxado, de repente ele se lembrou de seu irmão, Godfrey. Todos eles tinham partido juntos, porém ele ainda não tinha visto nem Godfrey ou seus homens em lugar nenhum, desde então. Kendrick se perguntava se de alguma forma, ele teria conseguido escapar. Ele rezava para que Godfrey tivesse um destino melhor do que o deles. De alguma forma, ele estava otimista.

      Com Godfrey, ninguém podia saber ao certo.

      CAPÍTULO QUATRO

      Godfrey cavalgava liderando seus homens, flanqueado por Akorth, Fulton, seu general silesiano e o comandante do Império a quem ele tinha subornado generosamente. Godfrey cavalgava com um largo sorriso no rosto, ele sentiu-se mais do que satisfeito quando ele olhou e viu a divisão do Império, ela estava formada por milhares de homens fortes, os quais cavalgavam ao lado deles, juntando-se a sua causa.

      Ele lembrava com satisfação a recompensa que ele lhes tinha dado, as bolsas intermináveis de ouro, e lembrou-se ainda dos olhares em seus rostos. Godfrey estava exultante ao ver que seu plano havia funcionado. Ele não tinha tido certeza disso até o último momento, e agora, pela primeira vez, ele respirava calmamente. Depois de tudo, havia muitas maneiras de ganhar uma batalha e ele tinha acabado de ganhar uma sem derramar uma gota de sangue. Talvez isso não fizesse dele alguém cavalheiresco ou ousado como os outros guerreiros. Mas ainda assim, ele era exitoso. E afinal de contas, não era esse o objetivo? Ele preferia manter todos os seus homens vivos com um pouco de suborno, a ter de ver metade deles morrer em algum ato imprudente de cavalheirismo. Era assim que ele era.

      Godfrey havia trabalhado duro para conseguir o que ele tinha. Ele usou todas as suas conexões no mercado negro através dos bordéis, becos e tavernas, a fim de descobrir quem estava dormindo com quem, quais bordéis os comandantes do Império frequentavam no Anel e que comandante do Império estava aberto ao suborno. Godfrey tinha mais contatos no baixo mundo do que a maioria, de fato, ele tinha passado toda a sua vida acumulando esses contatos e agora eles tinham vindo a calhar. Ele também não tinha machucado ninguém e tinha pagado cada um de seus contatos muito bem. Finalmente, ele tinha utilizado bem o ouro de seu pai.

      Ainda

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