Um Juramento de Irmãos . Морган Райс

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Um Juramento de Irmãos  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

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para um pouco além do fosso, do lado de fora dos muros de Maltolis, acompanhada de seu feiticeiro Koolian, de seu assassino Aksan e de Soku, o Comandante das forças Volusianas, e observa o vasto exército Maltolisiano reunido diante dela. Até onde seus olhos podem ver, as planícies do deserto estão tomadas pelos homens de Maltolis, duzentos mil homens, um exército maior do que ela jamais havia visto. Até mesmo para alguém como ela, aquela cena é impressionante.

      O exército sem líder observa Volúsia pacientemente enquanto ela permanece sentada em seu trono e os encara. A tensão no ar é palpável e Volúsia pode sentir que todos estão esperando e pensando, decidindo se devem matá-la ou servi-la.

      Volúsia olha para eles com orgulho, sentindo que seu destino está prestes a ser decidido, e ergue lentamente o cetro dourado acima de sua cabeça. Ela vira seu corpo lentamente em todas as direções para que todos possam vê-la, para que todos vejam o cetro brilhando sob o sol.

      "MEU POVO!" ela grita. "Eu sou a Deusa Volúsia. Seu príncipe está morto. Quem segura o cetro agora sou eu; é a mim que vocês devem seguir. Sigam-me, e todos vocês receberão a glória e todas as riquezas que seus corações desejarem. Fiquem aqui e perecerão e morrerão nesse lugar, sob a sombra dessas paredes e sob a sombra de um líder que nunca os amou. Vocês o serviram na loucura; devem seguir-me na glória e na conquista e finalmente terão a líder que merecem."

      Volúsia ergue o cetro ainda mais alto, olhando para os soldados e encarando os seus olhares, sentindo a força de seu destino. Ela sente que é invencível, que nada poderá detê-la – nem mesmo aqueles duzentos mil homens. Ela sabe que eles, assim como todo o mundo, se curvarão diante dela. Volúsia vê tudo acontecendo em sua mente, afinal ela é uma deusa. Ela vive em um mundo diferente dos homens comuns. Que escolha eles têm?

      Exatamente como ela havia previsto, um leve clangor de armaduras é ouvido e, um por um, todos os homens se ajoelham diante dela.

      "VOLÚSIA," eles entoam suavemente, várias e várias vezes.

      "VOLÚSIA!"

      "VOLÚSIA!"

      CAPÍTULO QUATRO

      Godfrey sente o suor escorrendo pela sua nuca ao caminhar entre o grupo de escravos, esforçando-se para não ficar no meio e para não ser detectado à medida que eles abrem caminho pelas ruas de Volúsia. Outro barulho de chicote corta o ar e Godfrey grita de dor quando a ponta do chicote acerta o seu traseiro. A escrava atrás dele grita ainda mais. O golpe acerta as costas da mulher, que grita e cambaleia para a frente.

      Godfrey estica o braço e ajuda a mulher antes que ela caia no chão, agindo por impulso e sabendo que está arriscando sua própria vida ao agir daquela maneira. Ela ajusta sua postura e, ao olhar para ele com uma expressão de medo, seus olhos se arregalam de surpresa ao vê-lo. Claramente, ela não tinha esperado ver um humano, de pele clara, andando livremente ao seu lado. Godfrey balança a cabeça rapidamente e leva um dedo até a boca, rezando para que ela permaneça em silêncio. Por sorte, ela parece concordar.

      Outro barulho de chicote corta o ar e quando Godfrey olha para trás ele vê o capataz avançando pelo comboio e açoitando escravos sem muito critério, obviamente com o intuito de comunicar sua presença. Ao olhar para trás, Godfrey percebe os olhares assustados de Akorth e Fulton, cujos olhos se movimentam em todas as direções, e também a presença calma e determinada de Merek e Ario. Godfrey fica espantado que os dois garotos demonstrem mais compostura e coragem do que Akorth e Fulton, dois homens adultos, embora bêbados.

      Eles continuam marchando e Godfrey sente que eles estão se aproximando de seu destino, seja ela qual for. Obviamente, ele não pode permanecer com o grupo até que eles cheguem aonde estiverem indo: ele precisa tomar uma atitude logo. Ele tinha conseguido atingir seu objetivo, eles estão dentro de Volúsia, mas agora Godfrey precisa se separar daquele grupo, antes que eles sejam descobertos.

      Godfrey olha ao seu redor e percebe algo que ele considera importante: os capatazes agora estão se reunindo principalmente na frente do comboio de escravos. Isso faz sentido, é claro. Considerando que todos os escravos estão acorrentados juntos, não há para onde fugir e os capatazes sentem que não há motivos para proteger a retaguarda. Além do único capataz que caminha ao longo das fileiras açoitando-os, não há mais ninguém para detê-los quando eles estiverem prontos para escapar por trás do comboio. Eles podem fugir e escapar silenciosamente para as ruas de Volúsia.

      Godfrey sabe que eles terão que agir rapidamente, mas seu coração bate acelerado simplesmente ao pensar em tomar uma atitude tão audaciosa. Sua mente lhe diz para ir, mas seu corpo hesita e parece nunca ter coragem suficiente para avançar.

      Godfrey ainda não consegue acreditar que está ali e que eles tinham realmente conseguido entrar na cidade. Aquilo tudo é como um sonho, mas um sonho que parece ficar cada vez pior. Quanto mais o efeito da bebida passa, mais ele percebe o quanto aquela ideia é estúpida.

      "Temos que sair daqui," Merek sussurra, aproximando-se dele. "Temos que fazer algo rápido."

      Godfrey balança a cabeça e engole em seco com o suor escorrendo pelo seu rosto. Uma parte dele sabe que Merek em razão, mas outra parte insiste em esperar pelo momento certo.

      "Não," ele responde. "Ainda não."

      Godfrey olha ao seu redor e vê todos os tipos de escravos, acorrentados e sendo arrastados pelas ruas de Volúsia, não apenas homens de pele escura. É como se o Império tivesse conseguido escravizar todos os tipos de raças de todos os cantos do Império, todas as pessoas que não são da raça do Império, pessoas que não têm a pele amarela brilhante, a altura avantajada, os ombros largos e os pequenos chifres atrás das orelhas.

      "O que estamos esperando?" Ario pergunta.

      "Se corrermos para as ruas," Godfrey explica, "chamaremos muita atenção. Podemos ser capturados. Temos que esperar."

      "Esperar o quê?" insiste Merek, a frustração evidente em sua voz.

      Godfrey balança a cabeça, desanimado. Ele sente que seu plano está desmoronando.

      "Eu não sei," ele fala.

      Assim que eles fazem mais uma curva toda a cidade de Volúsia se desdobra diante deles. Godfrey absorve a cena, completamente espantado.

      Aquela é a cidade mais incrível que ele já tinha visto. Godfrey, o filho de um rei, já tinha visitado grandes aldeias e cidades, assim como cidades ricas e fortalezas. Ele já havia conhecido as cidades mais belas do mundo. Poucas cidades podem ser comparadas ao resplendor de Savaria, Silésia e, acima de tudo, da Corte do Rei. Ele não se deixa impressionar por pouco.

      Mas ele nunca tinha visto nada como aquilo. Volúsia é uma combinação de beleza, ordem, poder e riqueza. Acima de tudo de riqueza. A primeira coisa a chamar a atenção de Godfrey são os ídolos. Por toda a parte, esparramadas pela cidade, há estátuas homenageando deuses que Godfrey não reconhece. Um deles parece ser um deus do mar, outro parece ser um deus do céu e outro das montanhas… Ao redor delas, há grupos de pessoas fazendo saudações. À distância, erguendo-se sobre a cidade, há uma enorme estátua dourada de Volúsia. Centenas de pessoas saúdam a estátua.

      A segunda coisa que surpreende Godfrey são as ruas, pavimentadas com ouro e brilhantes, elas são limpas e meticulosamente organizadas. Todos os prédios são feitos de pedras perfeitamente lapidadas e todas elas parecem ter sido feitas para ela. As ruas da cidade estendem-se a perder de vista, dando a impressão de que a cidade continua além do horizonte. O que o deixa ainda mais surpreso são os canais e as hidrovias que cortam a cidade, interligando as ruas em arcos

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